O turismo e os moradores "de Lisboa e do Porto"

Barcelona já começou a tomar medidas para limitar os efeitos negativos do turismo. Por cá, as câmaras de Lisboa e do Porto parecem atentas ao problema.

Como se sabe - se vê -, o turismo cresce em Portugal. E tudo indica que assim irá continuar, até pelas más razões: países como a Turquia, o Egipto e a Tunísia, além de outros, recebem agora menos visitantes estrangeiros, por medo do terrorismo.

O “boom” turístico português tem inúmeros efeitos positivos, desde logo nas contas externas nacionais. Mas começam a surgir alguns efeitos negativos: certas zonas urbanas estão tão cheias de turistas que os habitantes locais não gostam. Há o risco de as cidades, ou partes delas, se descaracterizarem. E multiplicam-se estabelecimentos que incomodam os moradores com excesso de ruído, sobretudo à noite.

Barcelona já começou a tomar medidas para limitar os efeitos negativos do turismo. Por cá, as câmaras de Lisboa e do Porto parecem atentas ao problema. Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, disse recentemente que recomendara a operadores turísticos de visitas de autocarro pela cidade que diversificassem os locais visitados. É preciso conciliar a afluência de turistas com o bem-estar dos habitantes. Não é fácil.

19 Jan, 2016
FRANCISCO SARSFIELD CABRAL
Rádio Renascença