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E o melhor investimento para 2016 é…
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E o melhor investimento para 2016 é…
Paradoxalmente, temos, por um lado, um elevado desemprego jovem mas temos também muitas empresas que procuram novos funcionários
A escassez global de trabalhadores qualificados e o crescente “gap” entre competências oferecidas e procuradas é um problema grave e galopante para qualquer negócio. Formar e desenvolver comportamentos tornou-se, pois, uma questão central e um investimento prioritário, se queremos atingir resultados que nos permitam ter futuro. A OCDE relata que, nos seus países membros, 1 em cada 5 trabalhadores são sobrequalificados. Simultaneamente, uma proporção semelhante não possui as qualificações necessárias. Em 2013, 35% (a maior taxa desde 2007) de 35.000 empresas pesquisadas globalmente relataram dificuldade em preencher posições por estes motivos, enfatizando a importância de uma correta política de formação e desenvolvimento para a estabilidade do negócio.
Paradoxalmente, temos, por um lado, um elevado desemprego jovem mas temos também muitas empresas que procuram novos funcionários. O défice de competências é o motivo pelo qual as organizações são incapazes de encontrar os candidatos com o conhecimento, competências e habilidades necessárias para as posições em aberto.
Só nos EUA, 84% das organizações dizem que experienciam atualmente um défice de competências e os dados e tendências auscultadas em 2015 e 2016, suportam essa mesma questão. Em 2013, existiam 10 milhões de desempregados com 3,8 milhões de postos de trabalho disponíveis. Em 2020, existirão 85 milhões de posições para preencher para colaboradores devidamente qualificados, em simultâneo com 95 milhões de pessoas desempregadas, por não possuírem as competências necessárias.
Mais do que os “gaps” de competências técnicas específicas, os empregadores estão preocupados com a profunda falta de habilidades críticas – as soft skills – tais como a comunicação, colaboração, criatividade e pensamento crítico, na força de trabalho atual. Segundo 2.000 executivos, numa pesquisa em 2010 da American Management Association, 9 em cada 10 executivos afirmam que a melhoria das soft skills é crucial para apoiar a expansão dos negócios, mas menos de metade desses executivos avaliaram os seus colaboradores preparados.Recentemente no Reino Unido, a MacDonald’s estimou em cerca de 88 mil milhões de libras o impacto das softs skills na economia, sendo responsáveis por 6,5% do valor acrescentado da mesma. Em 2025, representarão 127 mil milhões. De acordo com a Universidade de Harvard, a Fundação Carnegie e Centro de Pesquisa de Stanford, 85% do sucesso no trabalho provém de soft skills bem desenvolvidas e apenas 15% vem do conhecimento e habilidades técnicas (hard skills).
James Heckman, economista laureado com o Prémio Nobel de Ciências Económicas em 2000, ajudou a lançar também estas questões para a ribalta, com o galardão atribuído à sua pesquisa sobre aquilo que ele apelidou de “questões invisíveis determinantes”, das quais as competências fazem parte, tendo apelando veementemente ao seu estudo e desenvolvimento. Estes dados e relações de interdependência transformam qualquer projeto de desenvolvimento, num verdadeiro investimento, com tudo o que lhe é inerente, exigindo conhecimento, análise de riscos e impactos, preparação e orçamentação a vários níveis, monitorização, entre outros.
É, assim, essencial reconhecer e compreender que se tratam de iniciativas de profunda importância e impacto para qualquer organização, capazes de alavancar ou detonar o futuro do negócio. Mas não tenhamos qualquer dúvida: são o investimento que mais paga, seja hoje ou amanhã.
Filipe Ferreira
Partner SFORI
Publicado em: 22/01/2016 - 0:02:25
OJE.pt
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