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Tubarões & mexilhões
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Tubarões & mexilhões
Parece que o sonho de muito boa gente é ver Portugal ajoelhado.
Esta fúria à volta do Orçamento de Estado para 2016 ilustra bem a Europa de filhos e enteados, primogénitos e deserdados em que vivemos. Vejamos: Bruxelas acha muito bem dar ordens a Portugal para que ofereça o Banif ao Santander e gaste 3 mil milhões de euros, mas está muito preocupada com o défice e com a reposição de salários ou pensões (ainda por cima dos mais baixos da Europa).
Aliás, de uma maneira geral, a Comissão Europeia postula que a crise deve ser paga pelo mexilhão e poupar o tubarão. Da mesma maneira, previsões do défice irrealistas mas assentes nessa ideologia são aceites. Já se os princípios forem outros, são recusadas. E isto mesmo que a austeridade tenha falhado em toda a linha.
Por outro lado, uns países têm que cumprir à risca as normas europeias. Outros podem, literalmente, aldrabar e escapar quer à perda de soberania quer da sua economia.
Mesmo assim, parece que o sonho de muito boa gente é ver Portugal ajoelhado perante Bruxelas, cabisbaixo e de "mão estendida".
Querem que rasguemos as vestes e sangremos dos olhos. Isto já não é o complexo do bom aluno. É o complexo do bajulador. Ou será mesmo o do medricas?
JOANA AMARAL DIAS
Professora universitária
30.01.2016 00:38
Correio da Manhã
Esta fúria à volta do Orçamento de Estado para 2016 ilustra bem a Europa de filhos e enteados, primogénitos e deserdados em que vivemos. Vejamos: Bruxelas acha muito bem dar ordens a Portugal para que ofereça o Banif ao Santander e gaste 3 mil milhões de euros, mas está muito preocupada com o défice e com a reposição de salários ou pensões (ainda por cima dos mais baixos da Europa).
Aliás, de uma maneira geral, a Comissão Europeia postula que a crise deve ser paga pelo mexilhão e poupar o tubarão. Da mesma maneira, previsões do défice irrealistas mas assentes nessa ideologia são aceites. Já se os princípios forem outros, são recusadas. E isto mesmo que a austeridade tenha falhado em toda a linha.
Por outro lado, uns países têm que cumprir à risca as normas europeias. Outros podem, literalmente, aldrabar e escapar quer à perda de soberania quer da sua economia.
Mesmo assim, parece que o sonho de muito boa gente é ver Portugal ajoelhado perante Bruxelas, cabisbaixo e de "mão estendida".
Querem que rasguemos as vestes e sangremos dos olhos. Isto já não é o complexo do bom aluno. É o complexo do bajulador. Ou será mesmo o do medricas?
JOANA AMARAL DIAS
Professora universitária
30.01.2016 00:38
Correio da Manhã
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