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Desformatados
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Desformatados
Sentar 25 pré-adolescentes numa sala e obrigá-los a ouvir um discurso, quietos e em silêncio, durante uma hora e meia. Só a ideia dá vontade de rir. Mas é esta a fórmula que a disciplina impõe nas escolas portuguesas. Aulas de 45 minutos, sempre que possível juntando dois tempos para fazer render o ramerrame da matéria desfiada a metro. Com todas as alterações que o ensino português sofreu nos últimos 40 anos, seria de esperar que tivesse sido permeável a alguma adaptação aos tempos que vivemos. No entanto, a base mantém-se igual: um professor a debitar informação, a testar a capacidade dos miúdos para decorar. Quase nenhuma preocupação com a necessidade de ensiná-los a pensar pela própria cabeça, a dar-lhes ferramentas para que desenvolvam talentos, a procurar despertar-lhes curiosidade e interesse. Não há ideologia nisto: é lógica pura e simples. Numa sociedade em que crianças de 3 anos não se entretêm mais que uns minutos com um brinquedo ou a ver desenhos animados, em que aos 5 sabem ligar um tablet e procurar o que querem, em que os adolescentes têm acesso permanente e em segundos a todo o tipo de informação, que sentido faz prendê-los num modelo educativo da década de 1950? É importante que haja regras, sim, e têm de existir programas e linhas condutoras para garantir que as matérias importantes são passadas às novas gerações. Mas em vez de impor teoria, era melhor que se questionasse, que se exemplificasse, que se mostrasse e sobretudo que se desse margem aos alunos para refletirem e entenderem, mais do que decorarem. Formar as crianças não pode ser sinónimo de formatá-las. Devia, aliás, ser exatamente o oposto: dar-lhes estrutura para que consigam afirmar-se e tirar partido daquilo que têm de diferente. No tempo de vida de uma geração, esses talentos podem ser determinantes para o desenvolvimento do país.
Editorial
31 DE JANEIRO DE 2016
00:07
Joana Petiz
Diário de Notícias
Editorial
31 DE JANEIRO DE 2016
00:07
Joana Petiz
Diário de Notícias
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