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Sumidades e (in)competências
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Sumidades e (in)competências
As sumidades, reconhecidas pelo seu elevado grau de competência e saber, vão cada vez mais dando lugar àqueles que têm outras capacidades, a de “sumir” o mérito dos que os rodeiam.
Muito se fala do mérito, sem devidamente valorizá-lo. Ao mérito está associada a competência. E sem competência não se chega ao mérito!
A nova economia globalizada, com base na inovação e no conhecimento, exige nas organizações contemporâneas pessoas talentosas, comprometidas, inovadoras e empreendedoras (LANA; FERREIRA, 2007).
Competência passa a ser entendida como o somatório de bens individuais intangíveis como conhecimento, atitudes, habilidade, experiências que se traduzem num determinado comportamento frente a dado contexto organizacional e que resulta em realizações que beneficiem indivíduos e empresas, agregando valor económico e social. A competência, dessa maneira, pode ser mensurável, não importando somente atributos como conhecimento e habilidade, mas a maneira como são aplicados diante das exigências corporativas, das diversas circunstâncias do mercado e das inesperadas variáveis, gerando vantagens competitivas (A importância da Gestão por Competências e a sua aplicabilidade nas organizações contemporâneas, REGIS AUGUSTO, 2013).
A globalização tornou evidentes todas as ineficiências das organizações e das economias. E com a concorrência existente entre todos - organizações, regiões e países -, as ineficiências de uns são as vantagens e oportunidades de outros.
Nos últimos tempos, temos vindo a ser confrontados com situações que nos espantam pela sua dimensão. E deveríamos perguntarmo-nos: será mesmo culpa da globalização? E da crise mundial?
Globalização apenas significa que estamos todos interligados e a rapidez dos acontecimentos é de tal ordem que se torna difícil de controlar qualquer medida. Crise mundial existe, mas existem certos países a crescer e economicamente saudáveis.
Se olharmos para os responsáveis governativos e das instituições financeiras dos maiores “buracos”, veremos que eram sumidades. Ganhavam milhões em troca da boa gestão. Mas estas sumidades afinal eram craques a “sumir” dinheiro. Para onde?
“Cunha” sem competência conduz a estes resultados. E sem competência, estamos a condenar-nos a uma falência contínua. Dentro dessas instituições acredito que existem funcionários competentes que, de certeza, alertaram para muitos riscos. Mas não foram ouvidos, porque normalmente as “sumidades” têm a capacidade de ostracizar os competentes.
Governos e instituições precisam de ter o mérito e competência entranhados no seu funcionamento. Caso contrário, teremos sumidades sem competência e nunca sairemos desta situação difícil.
Quando se fala com a população sobre a competência, todos a valorizam. O problema está na percepção que se está a ter sobre estas questões. As gerações mais novas chegam ao ponto de se desmotivarem para os estudos porque o que as espera é o desemprego – com ou sem estudos. Porque o que mais vale é ter uma “cunha”, favorecendo somente determinadas pessoas. E quando se avalia o resultado do trabalho, todos se apercebem da falta ou pouca competência. E assim se vai criando uma nova “onda de valores”.
Enquanto não privilegiarmos o mérito e a competência, arriscamo-nos continuamente a pagar dívidas que saltam que nem pipocas. Se calhar, este é o preço a pagar pelas más escolhas ou por deixarmos outros escolherem por nós no dia das eleições.
Fátima Ascensão
Diário de Notícias da Madeira
Domingo, 7 de Fevereiro de 2016
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