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Cooperação num mundo em mudança
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Cooperação num mundo em mudança
As mudanças a que se assiste atualmente estão enquadradas num contexto específico, a globalização
Estamos a assistir a mudanças rápidas em diversas partes do mundo. Sabe-se que a mudança é uma constante da vida, sendo até consagrada em poema e canção. No entanto, as mudanças a que se assiste atualmente estão enquadradas num contexto específico, a globalização. O ser e viver global entrou na vida de todos os indivíduos.
Nunca tantas pessoas estiveram conectadas e com a capacidade de reagir em simultâneo a fenómenos geograficamente distantes mas que a tecnologia aproximou. Pela primeira vez, temos tantas empresas a funcionar em formato multinacional ou mesmo transnacional, agregando investidores espalhados por todo o mundo e tendo a possibilidade de fixar sedes em qualquer parte do planeta. Também as epidemias (como agora a do vírus zika), as alterações climáticas e os seus impactos contribuíram para essa consciência de globalização e de partilha de um mesmo espaço.
Assim, parece que se vai estando cada vez mais ligado ao que se passa noutras geografias. Se os indivíduos e as instituições coletivas privadas se adaptaram a esta realidade, também os Estados têm tentado fazê-lo. Nunca houve tantas iniciativas de cooperação multilateral como hoje nem tanta consciência da importância da procura de soluções comuns para problemas idênticos. É interessante verificar, por exemplo, como se critica facilmente a morosidade da resposta dos Estados a situações emergentes. Contudo, raramente percecionadas entre a opinião pública algumas necessidades, às quais a cooperação tenta antecipar soluções. Algumas das áreas de cooperação tornaram-se quase invisíveis. Uma dessas áreas é a do plano educativo e científico. Apesar de muito importante para a mobilidade de alunos, professores e investigadores e determinante para que se crie um conhecimento partilhado entre várias regiões do mundo, raras vezes estes esforços são reconhecidos publicamente.
Nos passados dias 1 e 2 de fevereiro, decorreu, no ISCTE-IUL, uma reunião do Conselho Académico Birregional, do Fórum Académico Permanente da América Latina e Caraíbas – União Europeia. No segundo dia, houve mesmo uma sessão académica aberta para que os presentes pudessem debater a construção de um espaço comum entre estas duas áreas regionais. E por que são a América Latina e as Caraíbas tão importantes para a União Europeia e, em particular, para Portugal? Para além dos laços históricos e linguísticos entre as duas regiões, também se trata de espaços complementares em termos económicos, sociais e políticos. Próximos cultural, política e socialmente, são dois blocos que podem interagir facilmente, reconhecendo a paridade entre ambas regiões e a importância de cimentar a circulação de conhecimento e tecnologia entre as duas margens do Atlântico.
Num contexto em que o Oceano Pacífico ganha importância em termos geoeconómicos e políticos, é muito importante fazer do Atlântico um oceano de diálogo e de interconexão do conhecimento. É certo que concertados estes países poderão melhor responder ao clima de mudança permanente. Ter parte dessa resposta baseada no conhecimento revela maturidade da parte de ambas regiões e a consciência de que, através da partilha, se consegue mais do que pela imposição de soluções.
Cátia Miriam Costa
Investigadora do Centro de Estudos Internacionais, ISCTE – IUL
Publicado em: 05/02/2016 - 0:03:28
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