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Bruxelas critica reversão da privatização da TAP, salário mínimo e alerta para a dívida pública
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Bruxelas critica reversão da privatização da TAP, salário mínimo e alerta para a dívida pública
São várias as críticas a Portugal, reveladas esta sexta-feira num relatório da Comissão Europeia: à reversão da privatização da TAP, ao aumento do salário mínimo e ao elevado nível da dívida pública
O relatório que avalia a situação macroeconómica portuguesa diz que o país até fez vários progressos, mas há são várias as áreas que merecem crítica. Por exemplo, os técnicos de Bruxelas dizem que “a inversão parcial da privatização da TAP pode implicar riscos orçamentais suplementares”.
A crítica estende-se também à reversão das concessões dos transportes urbanos de Lisboa e Porto. “Existe o risco de um retrocesso no processo de transição para um mercado competitivo dos transportes urbanos, com base em procedimentos de adjudicação de contratos públicos”, diz o documento.
No ano passado, a Comissão Europeia tinha recomendado a Portugal que o aumento dos salários deveria estar alinhado com a produtividade. Agora o relatório vem esclarecer, que houve progressos nesta área mas não no que toca ao aumento do salário mínimo.
“O salário mínimo aumentou de 505EUR para 530EUR em janeiro de 2016, num contexto de baixa inflação e de desemprego elevado, aumentando a pressão sobre a estrutura salarial geral, com o risco de afetar as perspetivas de emprego e de competitividade”, avaliam os técnicos.
DÍVIDA PÚBLICA “MUITO ELEVADA”
Outra preocupação de Bruxelas diz respeito à dívida pública portuguesa que continua muito elevada, a rondar os 130% do PIB.
Neste ponto, os técnicos deixam críticas também ao anterior governo. Dizem que “o esforço de consolidação orçamental até 2014 foi substituído por um relaxamento pró-cíclico da política orçamental em 2015”, levando a uma deterioração do saldo estrutural. E adiantam que sem esforços adicionais de consolidação orçamental e reformas estruturais será muito difícil reduzir a dívida.
O relatório que avalia a situação macroeconómica portuguesa diz que o país até fez vários progressos, mas muitas áreas merecem também críticas. Por exemplo, os técnicos de Bruxelas dizem que “a inversão parcial da privatização da TAP pode implicar riscos orçamentais suplementares”.
A crítica estende-se também à reversão das concessões dos transportes urbanos de Lisboa e Porto. “Existe o risco de um retrocesso no processo de transição para um mercado competitivo dos transportes urbanos, com base em procedimentos de adjudicação de contratos públicos”, diz o documento que começou a ser elaborado ainda antes das decisões do governo socialista.
“Devido a uma alteração das prioridades políticas, o governo pondera agora inverter estas medidas. A fim de garantir a sustentabilidade financeira das empresas públicas, tal decisão deverá implicar planos concretos para compensar um potencial impacto orçamental negativo”, adianta ainda.
“NÃO HOUVE PROGRESSOS NO QUE TOCA AO SALÁRIO MÍNIMO”
No ano passado, a Comissão Europeia tinha recomendado a Portugal que o aumento dos salários deveria estar alinhado com a produtividade. Agora o relatório vem esclarecer, que houve progressos nesta área mas não no que toca ao aumento do salário mínimo.
“O salário mínimo aumentou de 505 euros para 530 euros em janeiro de 2016, num contexto de baixa inflação e de desemprego elevado, aumentando a pressão sobre a estrutura salarial geral, com o risco de afetar as perspetivas de emprego e de competitividade”, avaliam os técnicos.
SEM ESFORÇOS ADICIONAIS A DÍVIDA NÃO BAIXA
Outra preocupação de Bruxelas diz respeito à dívida pública portuguesa que continua muito elevada, a rondar os 130% do PIB. Numa avaliação dos desequilíbrios macroeconómicos, a dívida pública surge a vermelho tal como as dívida privada.
“A economia portuguesa caracteriza-se por fortes desequilíbrios em termos de dívida externa, e interna, pública e privada, num contexto de desemprego elevado. O grau de endividamento das famílias baixou, mas a dívida das empresas ainda pesa fortemente no seu desempenho, com a forte proporção de crédito vencido a colocar em risco os balanços dos bancos”.
Mais, os serviços da Comissão consideram que “sem esforços adicionais de consolidação orçamental e reformas estruturais favoráveis ao crescimento para salvaguardar a sustentabilidade das finanças públicas será muito difícil reduzir significativamente os níveis de dívida”, deixando um aviso para que haja firmeza na disciplina orçamental.
Ao olhar para 2015, os técnicos deixam também uma crítica ao anterior governo. Dizem que “o esforço de consolidação orçamental até 2014 foi substituído por um “relaxamento pró-cíclico da política orçamental em 2015”, levando a uma deterioração do saldo estrutural.
Assim, estimam que o saldo estrutural se tenha deteriorado em 0,5 % do PIB em 2015. O problema é que também não veem melhoras para este ano: “o saldo estrutural deverá agravar-se em cerca de 1,0 % do PIB em 2016. Por conseguinte, considera-se que a atual estratégia orçamental é menos sustentável do que a prevalecente no final do Programa de Ajustamento Macroeconómico”.
Ao longo do mês de março, a Comissão vai estar em diálogo com os estados-membros para discutir os relatórios por país divulgados hoje. As conclusões deverão ser tidas em conta por Portugal e pelos restantes países quando elaborarem o Programa de Estabilidade que deverá ser entregue a Bruxelas em abril.
Dentro de duas semanas, a Comissão deverá também divulgar as decisões sobre o Procedimento por Desequilíbrios Macroeconómicos, e a categoria que caberá a cada país.
Portugal está atualmente no segundo nível mais grave que implica “monitorização específica e políticas conclusivas”, devido aos desequilíbrios macroeconómicos considerados “excessivos”.
Um agravamentos na apreciação da Comissão poderia levar à abertura de um Procedimento por Desequilíbrios Excessivos - nível que até agora nunca foi ativado para nenhum país.
26.02.2016 às 15h05
SUSANA FREXES, CORRESPONDENTE EM BRUXELAS
Expresso
O relatório que avalia a situação macroeconómica portuguesa diz que o país até fez vários progressos, mas há são várias as áreas que merecem crítica. Por exemplo, os técnicos de Bruxelas dizem que “a inversão parcial da privatização da TAP pode implicar riscos orçamentais suplementares”.
A crítica estende-se também à reversão das concessões dos transportes urbanos de Lisboa e Porto. “Existe o risco de um retrocesso no processo de transição para um mercado competitivo dos transportes urbanos, com base em procedimentos de adjudicação de contratos públicos”, diz o documento.
No ano passado, a Comissão Europeia tinha recomendado a Portugal que o aumento dos salários deveria estar alinhado com a produtividade. Agora o relatório vem esclarecer, que houve progressos nesta área mas não no que toca ao aumento do salário mínimo.
“O salário mínimo aumentou de 505EUR para 530EUR em janeiro de 2016, num contexto de baixa inflação e de desemprego elevado, aumentando a pressão sobre a estrutura salarial geral, com o risco de afetar as perspetivas de emprego e de competitividade”, avaliam os técnicos.
DÍVIDA PÚBLICA “MUITO ELEVADA”
Outra preocupação de Bruxelas diz respeito à dívida pública portuguesa que continua muito elevada, a rondar os 130% do PIB.
Neste ponto, os técnicos deixam críticas também ao anterior governo. Dizem que “o esforço de consolidação orçamental até 2014 foi substituído por um relaxamento pró-cíclico da política orçamental em 2015”, levando a uma deterioração do saldo estrutural. E adiantam que sem esforços adicionais de consolidação orçamental e reformas estruturais será muito difícil reduzir a dívida.
O relatório que avalia a situação macroeconómica portuguesa diz que o país até fez vários progressos, mas muitas áreas merecem também críticas. Por exemplo, os técnicos de Bruxelas dizem que “a inversão parcial da privatização da TAP pode implicar riscos orçamentais suplementares”.
A crítica estende-se também à reversão das concessões dos transportes urbanos de Lisboa e Porto. “Existe o risco de um retrocesso no processo de transição para um mercado competitivo dos transportes urbanos, com base em procedimentos de adjudicação de contratos públicos”, diz o documento que começou a ser elaborado ainda antes das decisões do governo socialista.
“Devido a uma alteração das prioridades políticas, o governo pondera agora inverter estas medidas. A fim de garantir a sustentabilidade financeira das empresas públicas, tal decisão deverá implicar planos concretos para compensar um potencial impacto orçamental negativo”, adianta ainda.
“NÃO HOUVE PROGRESSOS NO QUE TOCA AO SALÁRIO MÍNIMO”
No ano passado, a Comissão Europeia tinha recomendado a Portugal que o aumento dos salários deveria estar alinhado com a produtividade. Agora o relatório vem esclarecer, que houve progressos nesta área mas não no que toca ao aumento do salário mínimo.
“O salário mínimo aumentou de 505 euros para 530 euros em janeiro de 2016, num contexto de baixa inflação e de desemprego elevado, aumentando a pressão sobre a estrutura salarial geral, com o risco de afetar as perspetivas de emprego e de competitividade”, avaliam os técnicos.
SEM ESFORÇOS ADICIONAIS A DÍVIDA NÃO BAIXA
Outra preocupação de Bruxelas diz respeito à dívida pública portuguesa que continua muito elevada, a rondar os 130% do PIB. Numa avaliação dos desequilíbrios macroeconómicos, a dívida pública surge a vermelho tal como as dívida privada.
“A economia portuguesa caracteriza-se por fortes desequilíbrios em termos de dívida externa, e interna, pública e privada, num contexto de desemprego elevado. O grau de endividamento das famílias baixou, mas a dívida das empresas ainda pesa fortemente no seu desempenho, com a forte proporção de crédito vencido a colocar em risco os balanços dos bancos”.
Mais, os serviços da Comissão consideram que “sem esforços adicionais de consolidação orçamental e reformas estruturais favoráveis ao crescimento para salvaguardar a sustentabilidade das finanças públicas será muito difícil reduzir significativamente os níveis de dívida”, deixando um aviso para que haja firmeza na disciplina orçamental.
Ao olhar para 2015, os técnicos deixam também uma crítica ao anterior governo. Dizem que “o esforço de consolidação orçamental até 2014 foi substituído por um “relaxamento pró-cíclico da política orçamental em 2015”, levando a uma deterioração do saldo estrutural.
Assim, estimam que o saldo estrutural se tenha deteriorado em 0,5 % do PIB em 2015. O problema é que também não veem melhoras para este ano: “o saldo estrutural deverá agravar-se em cerca de 1,0 % do PIB em 2016. Por conseguinte, considera-se que a atual estratégia orçamental é menos sustentável do que a prevalecente no final do Programa de Ajustamento Macroeconómico”.
Ao longo do mês de março, a Comissão vai estar em diálogo com os estados-membros para discutir os relatórios por país divulgados hoje. As conclusões deverão ser tidas em conta por Portugal e pelos restantes países quando elaborarem o Programa de Estabilidade que deverá ser entregue a Bruxelas em abril.
Dentro de duas semanas, a Comissão deverá também divulgar as decisões sobre o Procedimento por Desequilíbrios Macroeconómicos, e a categoria que caberá a cada país.
Portugal está atualmente no segundo nível mais grave que implica “monitorização específica e políticas conclusivas”, devido aos desequilíbrios macroeconómicos considerados “excessivos”.
Um agravamentos na apreciação da Comissão poderia levar à abertura de um Procedimento por Desequilíbrios Excessivos - nível que até agora nunca foi ativado para nenhum país.
26.02.2016 às 15h05
SUSANA FREXES, CORRESPONDENTE EM BRUXELAS
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