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Consultora defende fusões no transporte marítimo
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Consultora defende fusões no transporte marítimo
Consolidação do sector depende do crescimento de escala
A tendência para uma consolidação que se verifica no transporte marítimo de contentores, pela primeira vez numa década, deve manter-se em 2016, segundo um relatório da empresa de consultoria AlixPartners, citado pelo World Maritime News.
Depois de afectado por problemas financeiros em 2015, o sector poderá conhecer um crescimento de capacidade na ordem dos 4,6% em 2016 e de 4,7% em 2017, embora os preços nas maiores rotas tenham caído substancialmente no último ano devido à diminuição da procura.
Para fazer face a esta realidade, os transportadores devem aumentar de escala para atingirem a eficiência operacional necessária à sua rentabilidade, apesar da queda de receitas, sugere a consultora. “Os transportadores que demorarem a atingir tal eficiência correm o rico de absorção por outros, ser marginalizados ou caírem na bancarrota”, refere a AlixPartners, citada pelo World Maritime News.
Muitos deles têm dívidas há longos anos. O pico da dívida do sector foi em 2013 (104 mil milhões de euros), impulsionado por fortes investimentos em tonelagem, mas esse valor já terá diminuído para menos de 82 mil milhões de euros, graças a redução de custos e desinvestimento em activos exteriores ao seu core business, entre outros motivos.
A consultora considera que uma integração pós-fusões é o caminho a seguir para que os transportadores, combinados em soluções empresariais, possam reduzir custos e aumentar as receitas. Serão esses que estarão em condições de comandar a consolidação, à medida que o sector se regenera.
Para enfrentarem com êxito essa transição, devem tomar diversas medidas, como escrutinar os seus balanços, reduzir compromissos, desinvestir naquilo que não corresponder ao seu core business, prosseguir a redução de custos para aumentar margens de lucro e descobrir novas oportunidades de negócio.
Aos que não integrarem o universo das fusões, a consultora recomenda que encontrem “nichos de mercado – em termos de rotas e especialização na carga – para sobreviverem de forma independente”.
A consultora recomenda, enfim, que a receita a seguir é a mesma que já foi seguida pela aviação: controle apertado sobre a capacidade, combinado com uma gestão disciplinada e sofisticada. “Mas as armadilhas são dolorosamente claras, como se nota nos prolongados desafios enfrentados pelos maiores grupos de aviação” no plano tecnológico e laboral, refere a consultora no seu relatório.
Jornal da Economia do Mar
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