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O encanto da burguesia

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O encanto da burguesia Empty O encanto da burguesia

Mensagem por Admin Sex Mar 04, 2016 11:19 am

Hoje à tarde, o candidato socialista à chefia do governo de Espanha, Pedro Sánchez, será derrotado no Congresso dos Deputados ao não reunir os votos necessários para tomar posse. A maioria absoluta requer 176 assentos parlamentares e o Partido Socialista conta apenas com 90, tendo conseguido adicionar mais 40 através de um acordo, que é um nado-morto, com a formação de centro-esquerda Ciudadanos. O Partido Popular de Mariano Rajoy, a direita equivalente à portuguesa de Passos Coelho e que foi a que ganhou as eleições, está contra e o partido antissistema Podemos, o equivalente ao Bloco de Esquerda que é dirigido por Pablo Iglesias, também recusa um pacto que lhe é hostil, pois não reúne as condições necessárias para a mudança de rumo que os radicais desejam.

Haverá muitas interpretações sobre este fiasco e tempo pela frente para que Sánchez volte a tentar - aproximando-se do Podemos -, ou para que, inclusive, o próprio Rajoy se decida a saltar para a arena. A minha interpretação é de que a derrota de Sánchez é um resultado fantástico. Para quem acredita que os governos, sejam eles da cor que forem, em vez de trabalhar para o bem comum criam com frequência problemas onde não existem, o vazio de poder parece-nos excelente. Pouparemos dinheiro no Boletim Oficial do Estado, pois deixam de se promulgar normas e regulações - na sua maioria inconvenientes, mas que temos infelizmente em grande quantidade -, a possibilidade de fazer asneira desaparece durante uns tempos e a economia segue o seu próprio ritmo, que é muito elevado. É certo que já começaram a aparecer sintomas preocupantes como a paralisação de alguns investimentos e o facto de muitas empresas terem decidido acelerar os seus processos de reestruturação, mas estas circunstâncias não têm tanto que ver com a ausência de um governo com plenos poderes mas com a sensação de que o próximo, quando finalmente se constituir, será pior.

Creio que a derrota de Sánchez é fantástica porque penso, ao contrário dele, que os alicerces sobre os quais se deve construir uma nação próspera são um Estado com poderes limitados, garante das liberdades individuais, dos direitos de propriedade, do cumprimento dos contratos e da manutenção de uma rede mínima de segurança para os que não são conseguem satisfazer as suas necessidades básicas no mercado. Mas já sabemos desde há décadas o que pensam e oferecem os socialistas: querem aumentar a despesa pública, aumentar os impostos e construir uma espécie de Arcádia feliz à custa da generalização de subsídios, que só favorecem os parasitas. O diagnóstico que os socialistas fizeram quer em Espanha quer em Portugal é que os dois países estão numa situação de emergência social. Mas a realidade é que a Espanha está a crescer a um ritmo superior a 3% - é um dos grandes país da União Europeia com a taxa mais elevada - e criou 60% do emprego em toda a zona euro. Portugal está a meio caminho, mas seria infâmia não reconhecer que o senhor Passos Coelho deixou um legado muito notório em relação à situação que encontrou.

Claro que há pessoas em situação difícil nos dois países! Claro que há que procurar ajudar os cidadãos em dificuldades! Mas com uma condição fundamental: que a ajuda seja para os que estão em situação verdadeiramente grave, para os que não podem valer-se a si próprios. E estes, acreditem, são muito menos do que a esquerda nos quer fazer crer. Um amigo economista, Lorenzo Bernaldo de Quirós, costuma dizer que centrar a atenção nos que passam mal, nas pessoas mais desfavorecidas da sociedade, é um exercício de solidariedade natural, de simpatia pelos que têm dificuldades, mas que tende a confundir um problema minoritário com o estado geral da nação. Esta distorção da realidade provocada por razões ideológicas ou partidárias ignora os que trabalham afincadamente e ganham o seu dinheiro graças ao seu talento e ao seu esforço, tratando-os como ativos exploráveis em benefício dos outros. Era isto que acontecia no acordo programático entre o PSOE e o Ciudadanos felizmente derrotado ontem no Parlamento. Em vez de pôr a ênfase na competitividade, que só aparece mencionada uma vez nas 60 páginas do documento, a esquerda diz que há que centrar a atenção numa redistribuição arbitrária da riqueza que não está destinada a combater a pobreza, antes a consolidá-la. Não está orientada para melhorar as oportunidades e as condições de vida dos que passam dificuldades, antes a persuadi-los de que já não têm de se preocupar com a sua sorte, pois lá estará o Estado para os tirar do atoleiro. É a promoção de uma segurança doentia. Entre as ideias brilhantes da esquerda, em Espanha, está a de instituir um rendimento mínimo vital e um complemento salarial para os que ganhem menos. Também querem acabar com a chamada pobreza energética, que é uma falácia colossal, pois 99% dos espanhóis podem pagar o euro diário de média que custa a luz no meu país ou eliminar o copagamento dos medicamentos para os pensionistas. Parece-me um erro terrível, que vai na linha do "totalmente gratuito" que é o santo-e-senha da esquerda. Os meus pais são pensionistas, mas eu sou um filho pouco misericordioso. Parece-me muito bem que paguem a quota correspondente dos medicamentos que lhes prescrevem, que é ridícula para eles, mas muito importante para o erário público.

Para tornar possível esta explosão de despesa, que poderia ultrapassar os 20 mil milhões de euros, a opção escolhida pelo candidato Pedro Sánchez é a de empobrecer, à base de impostos, as classes média e média alta, que são as que levam um país para diante em Espanha e em Portugal. Aumentar a tributação sobre o aforro e o capital, estabelecer um imposto sobre as grandes fortunas ou aumentar a pressão fiscal sobre as corporações empresariais, cujo efeito de tração sobre as pequenas empresas é importantíssimo, são algumas das receitas da nova esquerda que quer subir ao poder.

Estou satisfeito com a derrota de Sánchez porque em vez de pôr a ênfase na competitividade da economia, na produtividade dos trabalhadores, na melhoria das condições das empresas, num quadro fiscal e laboral mais propício ao desenvolvimento económico e ao progresso das pessoas o socialista põe o foco no lado contrário. Não em criar e promover riqueza, mas antes em redistribuir os escassos recursos através de ajudas, de subsídios e do fortalecimento de um sistema de bem-estar insustentável. E, assim, ninguém parece preocupar-se com a burguesia, uma referência que se tornou anacrónica mas que tem um significado essencial. A burguesia agrupa esses milhões de espanhóis - os portugueses são um pouco menos - que encarnam os valores e as virtudes que tornaram possível a criação de uma sociedade aberta, livre e próspera e que mostram uma clara predileção por uma agenda reformista orientada para emagrecer o setor público e aumentar a liberdade individual. Esses que no setor privado suportam sobre os seus ombros o peso de um Estado elefantíaco e ineficiente.

04 DE MARÇO DE 2016
00:03
Miguel Angel Belloso
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