Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!
Olhar Sines no Futuro
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Procurar
 
 

Resultados por:
 


Rechercher Pesquisa avançada

Entrar

Esqueci-me da senha

Palavras-chaves

2019  cais  cmtv  2023  2016  tvi24  2010  2014  2018  2011  2015  2017  2013  2012  

Últimos assuntos
» Sexo visual mental tens a olhar fixamente o filme e ouvi fixamente
Os limites do capitalismo com características comunistas EmptyQui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin

» Apanhar o comboio
Os limites do capitalismo com características comunistas EmptySeg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin

» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Os limites do capitalismo com características comunistas EmptySeg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin

» A outra austeridade
Os limites do capitalismo com características comunistas EmptySeg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin

» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Os limites do capitalismo com características comunistas EmptySeg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin

» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Os limites do capitalismo com características comunistas EmptySeg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin

» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Os limites do capitalismo com características comunistas EmptySeg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin

» Pelos caminhos
Os limites do capitalismo com características comunistas EmptySeg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin

» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Os limites do capitalismo com características comunistas EmptySeg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin

Galeria


Os limites do capitalismo com características comunistas Empty
novembro 2024
DomSegTerQuaQuiSexSáb
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

Calendário Calendário

Flux RSS


Yahoo! 
MSN 
AOL 
Netvibes 
Bloglines 


Quem está conectado?
89 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 89 visitantes :: 2 motores de busca

Nenhum

O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm

Os limites do capitalismo com características comunistas

Ir para baixo

Os limites do capitalismo com características comunistas Empty Os limites do capitalismo com características comunistas

Mensagem por Admin Sex Mar 18, 2016 1:00 pm

A iminente visita de Obama a Cuba deve ser recebida como um sinal do fim da inadequada política de isolamento dos Estados Unidos. Mas seria um enorme erro assumir que a abertura da economia cubana irá, necessariamente, conduzir a uma nova era política em Cuba.

Numa altura em que o presidente dos Estados Unidos Barack Obama prepara uma visita histórica a Cuba, o futuro da ilha tem sido alvo de muita especulação. Alguns observadores esperam que a transicção para o capitalismo, que tem ocorrido gradualmente ao longo dos cinco anos de presidência de Raul Castro, leve, naturalmente, à democracia. Mas a experiência sugere o contrário.

De facto, a liberalização económica está longe de ser uma via segura para a democracia. Para ilustrar esta evidência, nada melhor do que a maior e mais antiga autocracia do mundo, a China, onde o Partido Comunista Chinês mantém o monopólio do poder, apesar de todas as reformas pró-mercado (o principal beneficiário deste processo tem sido o sistema militar chinês).

A crença de que o capitalismo leva, automaticamente, à democracia exige uma ligação ideológica entre os dois. Mas o domínio do Partido Comunista Chinês – que conta actualmente com 88 milhões de membros, mais do que toda a população alemã – já nada tem a ver com ideologia. O partido, representado por uma oligarquia, resiste por utilizar uma série de instrumentos – coercivos, organizacionais e remuneratórios – para travar uma oposição organizada.

Em 2013, uma circular do partido conhecida como "documento nº9" apresentava sete ameaças à liderança do Partido Comunista Chinês que o presidente Xi Jinping pretendia eliminar. Entre as ameaças constavam a adopção da "democracia constitucional ocidental", a promoção dos "valores universais" dos direitos humanos, o encorajamento da "sociedade civil", as críticas "niilistas" ao passado do partido e o apoio aos "novos valores ocidentais".

Em resumo, o partido está hoje menos focado no que é – ou seja, na sua ideologia – e mais no que não é. Os seus representantes estão, acima de tudo, comprometidos em manter o poder político – e a prosperidade económica, gerada com o apoio do capitalismo, teve aqui um papel importante já que ajudou a evitar exigências populares por mudanças.

A história é semelhante no Laos e no Vietname. Os dois países descentralizaram as suas economias e encorajaram a iniciativa privada no final dos anos 80. Estão agora entre as economias asiáticas com mais rápido crescimento. O Vietname é também um dos 12 membros da recente Parceira Transpacífica. Mas os dois partidos continuam a ser governados por apenas um partido, que mantém uma considerável repressão política.

Nada indica que esta situação se altere em breve. No Vietname, Nguyen Tan Dung, o primeiro-ministro reformista, falhou, recentemente, a sua tentativa de se tornar secretário geral do partido comunista (o líder supremo do país); o 12º congresso nacional reelegeu o incumbente Nguyen Phú Trong.

Além de garantir ganhos materiais suficientes para manter a população satisfeita, o capitalismo reforçou a capacidade do Estado comunista de aumentar a repressão interna e controlar a informação. Um exemplo é o famoso "Great Firewall of China", uma operação governamental que avalia e bloqueia conteúdos da internet, criando um domínio de informação politicamente correcta para os cidadãos. A China é o único grande país do mundo cujo orçamento oficial para segurança interna é maior do que o da defesa nacional.

Perante a turbulência económica que o país vive actualmente, o controlo da informação tornou-se mais importante do que nunca. De forma a evitar potenciais problemas, a liderança chinesa tenta, cada vez mais, silenciar a imprensa, limitando, em particular, notícias e comentários que possam afectar negativamente os preços das acções e a moeda. Xi pediu aos jornalistas "absoluta lealdade" com o Partido Comunista Chinês e o acompanhamento da sua liderança, "pensamento, política e acção". Um jornal estatal alertou que a "legitimidade do partido poderia estar em declínio" e defendeu que os "meios de comunicação social da nação são essenciais para a estabilidade política".

Claramente, onde os comunistas controlam o poder, o desenvolvimento de um mercado livre de bens e serviços não leva, necessariamente, ao aparecimento de um mercado de ideias.

Mesmo o Nepal, um país comunista que realiza eleições, tem sido incapaz de traduzir a liberalização económica numa transicção democrática credível. Em vez disso, as políticas do país continuam num estado de transicção, e as crises política e constitucional estão a abalar a sua reputação de Shangri-La e ameaçam transformar o país num estado falhado.

A democracia e o comunismo são mutuamente exclusivos. O mesmo não acontece com o capitalismo e o comunismo – e isso pode ser muito perigoso.

O casamento entre o capitalismo e o comunismo, liderado pela China, criou um novo modelo político que representa o primeiro desafio directo à democracia liberal desde o fascismo: o capitalismo autoritário. Com a sua espectacular subida para se tornar numa das principais potenciais globais em pouco mais de uma geração, a China convenceu os regimes autocráticos de todo o mundo que o capitalismo autoritário – ou como os líderes chineses lhe chamam, o "socialismo com características chinesas" – é a via mais rápida e harmoniosa de alcançar a prosperidade e estabilidade, muito superior à confusa política eleitoral. Isto pode ajudar a explicar porque é que, ultimamente, a expansão da democracia estagnou.

A iminente visita de Obama a Cuba deve ser recebida como um sinal do fim da inadequada política de isolamento dos Estados Unidos – um acontecimento que pode levar ao fim de um embargo comercial de 55 anos. Mas seria um enorme erro assumir que a abertura da economia cubana, promovida pela iniciativa de reaproximação de Barack Obama, irá, necessariamente, conduzir a uma nova era política em Cuba.
 
Brahma Chellaney, professor de Estudos Estratégicos no Centro de Pesquisa Política em Nova Deli e membro da Academia Robert Bosch em Berlim, é autor de nove livros, incluindo Asian Juggernaut, Water: Asia’s New Battleground, e Water, Peace, and War: Confronting the Global Water Crisis.
 
Direitos de Autor: Project Syndicate, 2016.
www.project-syndicate.org
Tradução: Ana Luísa Marques 

BRAHMA CHELLANEY | 17 Março 2016, 21:00
Negócios
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 16761
Pontos : 49160
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/12/2013
Idade : 37
Localização : Sines

http://olharsinesnofuturo.criarforum.com.pt

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos