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Mensagem por Admin Sex Mar 25, 2016 1:17 pm

Opinião – Deixemos as mulheres bonitas para os homens sem imaginação Bruno-Paix%C3%A3o-novo

Um alentejano de Arraiolos dizia-me esta semana que “a cultura é como uma moça de cabelos ténues, nariz duro e olhos encarniçados: sem emprego precisará de muito empenho na maquilhagem para se promover e captar interesse”.

Lendo o Orçamento do Estado recentemente aprovado fica-se a pensar que criatividade restará à cultura, essa rapariga de exíguos recursos. Ainda por cima quando traz tão maus antecedentes.

A cultura, reduzida a Secretaria de Estado na anterior legislatura e agora reconsagrada a Ministério, acumulou nódoas negras na carreira: foi a autorização de venda em leilão dos 85 quadros de Miró, o falhanço do “ano zero do cinema” sem abertura de concursos, a perniciosa lei da cópia privada que até a Cavaco meteu impressão, a discriminação fiscal a produtores e realizadores na nova lei do cinema, a demissão em dezembro de 2012 de membros da administração da Casa da Música que não resistiram aos cortes, a renúncia em novembro de 2013 de dois diretores do Instituto do Cinema e Audiovisual que não aguentaram mais o atraso das contribuições, a destituição em novembro de 2011 de Diogo Infante do Teatro Nacional Dona Maria II, a não recondução de Maria João Seixas ao cargo de diretora da Cinemateca, entre muitas outras mazelas que agora precisam de ser tratadas.

Mas nada disto apaga a nuance de que o setor terá recursos escassos para gerir a promessa de medrança, relevo e concretização. Embora haja um incremento orçamental que importa assinalar – a despesa consolidada do Programa Cultura ascende a quase 420 milhões de euros –, ele é em boa parte absorvido pela dotação à RTP.

Pela primeira vez, salvo alguns episódicos meses entre 2001 e 2003, a área dos media sob tutela do Estado passa a estar na dependência do Ministério da Cultura. E esta foi uma das melhores notícias para o setor, dado que a Lusa e a RTP são instrumentos primordiais para o desenvolvimento de uma política cultural séria. Contudo, esta importante medida não pode servir apenas para entreter-nos o olhar por entre as frestas da claridade animada.

Nem pode sequer permitir à jovem maquilhada ficar sentada no rebato vendo a vida passar. Ela terá de significar mais. Todavia, permitam-me este parêntesis que aqui abro (a questão do financiamento não pode ser fulcral na avaliação da criatividade dos governantes, como bem diz o ministro João Soares. Muitas outras iniciativas são necessárias e a subsidiodependência é um vício ocioso que traz atavismos costumeiros, muitas pedras e pouco caminho).

Olhando para os sinais que vêm sendo dados pelo novo ministério, as entidades gordas de fazer inveja às mais esguias serão reestruturadas. Os mesmos sinais apontam para uma primazia da democratização no acesso à cultura, facilitando a entrada em museus e monumentos nacionais de população jovem ou mais carenciada, promovendo o livro e a leitura, a música e o cinema.

Todavia, o mais estimulante é a promessa do trabalho em rede entre a administração central e a local, bem como entre os agentes públicos e a sociedade civil, permitindo a recuperação de património cultural edificado e estimulando as artes performativas: uma exposição de um mecenas privado pode circular por várias salas do País, gerando articulação entre o Ministério da Cultura e as autarquias, estando acessível a mais cidadãos, enchendo salas do norte ao sul, do interior ao litoral. Não carece de estar confinada a uma galeria nem precisa de temer sair de Lisboa. Isto fomentará uma literacia cultural mais ampla e proporcionará mais público e assim um natural aumento dos acervos artísticos, dada a procura.

Mas como dar uma possibilidade de subsistência a todas as moças de cabelos ténues, nariz duro e olhos encarniçados? A questão do sustento tem estado no cerne das preocupações dos profissionais, que vivem na precariedade, com sazonalidade e a recibo verde.

Não cabe aos governos garantir estabilidade, mas sim gerar políticas que a incentivem continuamente. Parece-me que o caminho é a procriação de uma esfera cívica cultural, com mais públicos e uma procura mais ampla, assente num certo cross-selling intergovernamental, onde o turismo tem de ser chamado a participar, mas também a economia, a ciência, a tecnologia e a educação. A cultura tem hoje assento assíduo no conselho de ministros.

Ganhou influência e tem nas mãos a possibilidade de mostrar como fazer mais com menos. Como diz o povo, se isto fosse fácil não era para nós. Ou, como ironizou Marcel Proust, deixemos as mulheres bonitas para os homens sem imaginação.

Bruno Paixão
25 Março, 2016 at 12:17
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