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Porno-imobiliário
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Porno-imobiliário
Há uma nova moda no Reino Unido a que o Times chama porno-imobiliário: milhares de britânicos passam pelo menos um par de horas todos os dias a ver ao pormenor as casas mais luxuosas de Londres que conseguem encontrar nos sites que as têm em catálogo para venda. Não é que as queiram, ou possam, comprar. É mesmo curiosidade pelo que não podem ter. Com os preços no centro a atingir preços proibitivos - um T1 varia entre 400 mil (500 mil euros) e 900 mil libras (1,1 milhões de euros) -, já quase qualquer casa ou apartamento londrinos entram na categoria do porno-imobiliário. Lisboa está ainda longe deste patamar. Porém, à escala, entre a perda de poder de compra, a escassez de empregos, os aumentos de impostos e a crescente procura de casas por estrangeiros com dinheiro, muitos lisboetas não tiveram outro remédio senão procurar um apartamento nos arredores da cidade - onde pagam bem menos do que os cerca de quatro mil euros por metro quadrado em zonas como as Avenidas Novas ou o Parque das Nações. Travar a saída de famílias de Lisboa é, mais do que uma prioridade, uma necessidade. E o projeto de rendas assistidas anunciado por Fernando Medina pode ser um caminho para assegurar esse objetivo. Sobretudo porque implica financiamento privado - em vez de subsidiação local ou estatal - e vincula os investidores a obras de reabilitação que vão melhorar, modernizar e valorizar a cidade. Ou seja, criam-se condições para que as famílias possam voltar a Lisboa, os edifícios antigos são recuperados e o risco de manter os preços artificialmente controlados é minimizado porque parte das casas é disponibilizada para habitação com rendas assistidas mas noutra parte serão praticados os valores ditados pelo mercado. Não serão apartamentos de superluxo no topo da Avenida da Liberdade. Para a maioria de nós, esses continuarão a só estar acessíveis através da janela de um site imobiliário. Mas são casas no centro de Lisboa. Já conta alguma coisa.
Editorial
04 DE ABRIL DE 2016
00:30
Joana Petiz
Diário de Notícias
Editorial
04 DE ABRIL DE 2016
00:30
Joana Petiz
Diário de Notícias
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