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Desportajar
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Desportajar
Já não é primeira vez que abordo o tema, mas este torna-se incontornável quando somos confrontados com as longas filas de automobilistas que entram em Portugal vindos de Espanha e não sabem bem como e onde pagar as portagens das estradas que não possuem portagens físicas clássicas.
Como já disse e escrevi, trazer estrangeiros a esta ponta ocidental da Europa, a esta periferia do Velho Continente, que alguns europeus julgam já em África ou noutras geografias do mundo já era tarefa difícil sem aquelas portagens, quanto mais com portagens de pagamento verdadeiramente kafkiano.
Se para nós, portugueses, os pagamentos dessas utilizações, das utilizações das estradas que, inicial e ironicamente adoptaram o nome de SCUT (Sem Custos para o Utilizador), foram e ainda são difíceis, o que não será para os condutores estrangeiros? O que se ganha com tais cobranças não compensa o que se perde em desistências de visitas.
As portagens virtuais nas estradas anteriormente classificadas como sem custos para o utilizador afugentam os turistas estrangeiros que entram de carro em Portugal, movimento que em certas épocas do ano, como na Páscoa, é significativo. O país, para ganhar uns tostões, pode perder alguns milhões.
Teremos o direito de criar constrangimentos aos estrangeiros que nos visitam porque nos escolheram como país de destino turístico, só para arrecadar uns quantos euros? Euros que sendo “perdoados” são sempre compensados pelo valor do que esses visitantes deixam em Portugal durante a visita.
O que poderão deixar de pagar ficará seguramente na primeira estação de serviço em que parem para um simples café. Mas será que isto não é evidente para toda a gente? Será que ninguém percebe que esta teimosia é um perturbador grão de areia na engrenagem que gera o crescimento e o desenvolvimento económicos?
Desportajar, pelo menos em certas alturas do ano, as estradas – que têm maior fluxo turístico – com portagens virtuais para os veículos de matrícula estrangeira é um acto de elementar inteligência. Mesmo que beneficie quem, não sendo turista, possui um veículo registado no estrangeiro.
00:05 h
Luís Lima
Económico
Como já disse e escrevi, trazer estrangeiros a esta ponta ocidental da Europa, a esta periferia do Velho Continente, que alguns europeus julgam já em África ou noutras geografias do mundo já era tarefa difícil sem aquelas portagens, quanto mais com portagens de pagamento verdadeiramente kafkiano.
Se para nós, portugueses, os pagamentos dessas utilizações, das utilizações das estradas que, inicial e ironicamente adoptaram o nome de SCUT (Sem Custos para o Utilizador), foram e ainda são difíceis, o que não será para os condutores estrangeiros? O que se ganha com tais cobranças não compensa o que se perde em desistências de visitas.
As portagens virtuais nas estradas anteriormente classificadas como sem custos para o utilizador afugentam os turistas estrangeiros que entram de carro em Portugal, movimento que em certas épocas do ano, como na Páscoa, é significativo. O país, para ganhar uns tostões, pode perder alguns milhões.
Teremos o direito de criar constrangimentos aos estrangeiros que nos visitam porque nos escolheram como país de destino turístico, só para arrecadar uns quantos euros? Euros que sendo “perdoados” são sempre compensados pelo valor do que esses visitantes deixam em Portugal durante a visita.
O que poderão deixar de pagar ficará seguramente na primeira estação de serviço em que parem para um simples café. Mas será que isto não é evidente para toda a gente? Será que ninguém percebe que esta teimosia é um perturbador grão de areia na engrenagem que gera o crescimento e o desenvolvimento económicos?
Desportajar, pelo menos em certas alturas do ano, as estradas – que têm maior fluxo turístico – com portagens virtuais para os veículos de matrícula estrangeira é um acto de elementar inteligência. Mesmo que beneficie quem, não sendo turista, possui um veículo registado no estrangeiro.
00:05 h
Luís Lima
Económico
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