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Autárquicas 2017
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Autárquicas 2017
Janeiro ainda só vai a meio, mas o país político começa já a agitar-se em torno das eleições autárquicas que vão acontecer no final do verão. As datas mais prováveis são o dia 24 de setembro ou 1 de outubro, mas até que esta seja marcada definitivamente, responsabilidade que cabe ao primeiro-ministro, ainda muitos nomes serão avançados, muita tinta se derramará nas páginas dos jornais - nacionais, locais e regionais - e muitos sonhos se hão de apregoar. O poder local, cada vez mais importante, cada vez com mais responsabilidades e orçamentos maiores, vai este ano a votos. 2017 é ano de autárquicas.
Mas estas autárquicas não são apenas palco de batalhas do poder local. As eleições deste ano - as segundas depois da "geringonça" - trazem aos seus protagonistas desafios maiores do que é habitual.
Primeiro, porque acontecem num quadro político nacional nunca visto até agora; o partido que ganhou as eleições está na Oposição e a esquerda radical apoia o Governo.
Segundo, porque o Partido Socialista, partindo de uma situação de grande vantagem (em 2013 o PS , então de António José Seguro, ganhou 150 câmaras) dificilmente poderá repetir o resultado, o que será sempre uma derrota, sobretudo para António Costa que apeou do poder o antigo líder, num processo complicado que deixou no PS feridas, rancores e ressentimentos que só esperam oportunidade de vingança.
Terceiro, e o mais importante, por causa do cenário nacional, os autarcas correm o risco de ver as suas ideias e projetos ultrapassados por questões que, sendo importantes para as lideranças nacionais dos partidos, são irrelevantes e até contraproducentes para os seus municípios. É aconselhável que os autarcas saibam diferenciar entre o que é o interesse do seu terreiro e os interesses do Terreiro do Paço.
Até às eleições do final do ano, é preciso que os autarcas - e candidatos a autarcas - saibam explicar às pessoas que, o futuro de cada município, apesar de estar ligado com o futuro do país, pertence a uma dimensão diferente. Na era da globalização, os projetos e decisões locais são desenhados de forma autónoma e, por via da tecnologia, podem estar em contacto direto com o todo Mundo, obtendo sucesso global, sem ter de passar pelas bênçãos Lisboa.
* ESPECIALISTA EM MEDIA INTELLIGENCE
José Manuel Diogo *
Hoje às 00:07
Diário de Notícias
Mas estas autárquicas não são apenas palco de batalhas do poder local. As eleições deste ano - as segundas depois da "geringonça" - trazem aos seus protagonistas desafios maiores do que é habitual.
Primeiro, porque acontecem num quadro político nacional nunca visto até agora; o partido que ganhou as eleições está na Oposição e a esquerda radical apoia o Governo.
Segundo, porque o Partido Socialista, partindo de uma situação de grande vantagem (em 2013 o PS , então de António José Seguro, ganhou 150 câmaras) dificilmente poderá repetir o resultado, o que será sempre uma derrota, sobretudo para António Costa que apeou do poder o antigo líder, num processo complicado que deixou no PS feridas, rancores e ressentimentos que só esperam oportunidade de vingança.
Terceiro, e o mais importante, por causa do cenário nacional, os autarcas correm o risco de ver as suas ideias e projetos ultrapassados por questões que, sendo importantes para as lideranças nacionais dos partidos, são irrelevantes e até contraproducentes para os seus municípios. É aconselhável que os autarcas saibam diferenciar entre o que é o interesse do seu terreiro e os interesses do Terreiro do Paço.
Até às eleições do final do ano, é preciso que os autarcas - e candidatos a autarcas - saibam explicar às pessoas que, o futuro de cada município, apesar de estar ligado com o futuro do país, pertence a uma dimensão diferente. Na era da globalização, os projetos e decisões locais são desenhados de forma autónoma e, por via da tecnologia, podem estar em contacto direto com o todo Mundo, obtendo sucesso global, sem ter de passar pelas bênçãos Lisboa.
* ESPECIALISTA EM MEDIA INTELLIGENCE
José Manuel Diogo *
Hoje às 00:07
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