Ministra do Mar espera que estivadores e operadores voltem à negociação

Ana Paula Vitorino apela às partes para quem voltem às negociações para chegarem a uma solução. Para bem do porto de Lisboa, dos trabalhadores e das empresas.

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, tem "a expectativa de que haja serenidade" e o Sindicato dos Estivadores e os representantes das associações patronais que operam no porto de Lisboa "voltem a sentar-se à mesa das negociações", sublinhou ao Negócios fonte oficial do Ministério.

Numa altura em que o Sindicato dos Estivadores entregou um novo pré-aviso de greve para 20 de Abril, o Ministério do Mar sublinha a necessidade de ser encontrada uma solução "para bem do porto de Lisboa e das partes (trabalhadores e empresas)".

Terça-feira, numa nota à comunicação social, o gabinete de Ana Paula Vitorino deu conta que dos 95 dias de negociações foi possível estabelecer um acordo de paz social, estabelecer um acordo sobre prestação de trabalho suplementar , alcançar um acordo sobre o ingresso no sector assim como compromissos em matérias como o reingresso no sector, as tabelas salariais, bem como as cláusulas pecuniárias acessórias.

"Contudo, não foi possível obter um acordo entre as partes quanto à forma de progressão na carreira (se baseada no mérito ou efectuada de forma automática), nem sobre a organização e o planeamento da actividade portuária (se feita por trabalhadores portuários ou pelos responsáveis pela gestão portuária)", explicou.

Face à falta de entendimento, o Sindicado dos Estivadores voltou a entregar um pré-aviso de greve de greve à prestação de trabalho entre 20 de Abril e 5 de Maio.

Num comunicado enviado esta quinta-feira à agência Lusa, esta estrutura indicou que o pré-aviso de greve abrange todos os trabalhadores que exercem a sua actividade profissional na área do porto de Lisboa e também nos portos de Setúbal e da Figueira da Foz.

O sindicato declarou greve à prestação de trabalho naqueles portos a partir das 00:00 do dia 20 de Abril e até às 8:00 de 5 de Maio devido à falta de entendimento com os operadores do porto de Lisboa em fechar um novo contrato colectivo de trabalho.
 
A partir de 14 de Novembro do ano passado, o Sindicato dos Estivadores entregou sucessivos pré-avisos de greve, que se prolongaram até 31 de Janeiro.

Em Janeiro, com a intermediação da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, e da Administração do Porto de Lisboa, os operadores e o sindicato aceitaram reatar as conversações com vista a chegar a um acordo que permitisse pôr fim à instabilidade laboral, o motivo que levou à suspensão de escala de grandes armadores, como a Maersk. Os pré-avisos foram então retirados.

O novo pré-aviso de greve levou já a AGEPOR - Associação dos Agentes de Navegação de Portugal a mostrar-se indignada, condenando "a continuação do atentado ao porto de Lisboa".

"Esta greve e este processo não servem os interesses dos trabalhadores", sublinhou num comunicado.

NEGÓCIOS | jng@negocios.pt | 07 Abril 2016, 20:20
Negócio 

A nota: O porto de Lisboa e de terminal no Barreiro é o porto perdido para os contentores, na razão os Estivadores de Lisboa e de Centro País, a ser espaciais e superiores os seus direitos a defense do trabalho para os outros Estivadores Portugueses e Internacionais nos direitos como mais, estão a pensar a concorrência é a igual de Roterdão ou de Los Angeles a ganhar acima de outros trabalhadores portuários, o fato estão deixar pensar o risco o porto de Lisboa a contra da concorrência de terminais em Sines, Valencia, Barcelona, Leixões e etc e nos ibéricos são mais de 30 terminais de contentores.