Ministra do Mar espera que a serenidade impere nas negociações entre estivadores e operadoras

Depois da ruptura da paz social precária que se viveu no arranque de 2016 entre os estivadores e as operadoras portuárias, no contexto do antagonismo vivido principalmente no Porto de Lisboa, a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, espera que a serenidade impere na discussão do Contrato Colectivo de Trabalho, para que seja possível uma célere resolução do diferendo. A informação foi avançada pelo Jornal de Negócios, citando fontes próximas do Ministério.

Recorde-se que, depois de ter vigorado, desde Janeiro, uma paz social mediada e patrocionada pelo novo Ministério do Mar, o Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul avançou, no passado dia 6 de Abril, com um novo pré-aviso de greve (entre 20 de Abril e 5 de Maio), acusando as operadoras portuárias de não cooperarem nas negociações do novo Contrato Colectivo de Trabalho. Mais de 3 meses depois, o cenário de instabilidade volta a pairar sobre o Porto de Lisboa.

Apesar de encontradas algumas plataformas de entendimento (tais como o estabelecimento um acordo sobre prestação de trabalho suplementar, um acordo sobre o ingresso no sector, e compromissos em termos de tabelas salariais e fixação de cláusulas pecuniárias acessórias), como fez questão de lembrar o Ministério do Mar na semana passada, "não foi possível obter um acordo entre as partes quanto à forma de progressão na carreira (se baseada no mérito ou efectuada de forma automática), nem sobre a organização e o planeamento da actividade portuária (se feita por trabalhadores portuários ou pelos responsáveis pela gestão portuária)".

12/04/2016
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