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As ameaças da banca Portuguesa!
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As ameaças da banca Portuguesa!
As oscilações e a instabilidade dos mercados Europeus aumentam os desafios dos bancos nacionais.
A subida do prémio de risco que é pago pela banca Portuguesa pode dificultar o regresso ao mercado para cumprir novas exigências.
O principal factor de pressão sobre o sector financeiro nacional, deverá vir do aumento do prémio de risco da dívida pública portuguesa e a consequente desvalorização das obrigações do tesouro que a banca portuguesa tem em carteira.
Tendo em conta as novas regras europeias sobre a resolução bancária, e o seu novo enquadramento que vai exigir que os bancos tenham um novo mínimo de títulos de dívida elegível para absorver choques futuros, deverá levar algumas instituições a fazerem emissões no mercado. Escusado será dizer que, quanto maior for o prémio de risco da dívida portuguesa, mais elevados serão os custos que os bancos portugueses terão de pagar por estes financiamentos.
Como resposta à crise financeira de 2008 e à económica de 2011, a Europa lançou uma terapia financeira a pensar na recuperação. Contudo, os efeitos secundários desta política estão a colocar a banca sob pressão.
A reduzida rentabilidade do sector financeiro europeu é a face mais visível dos efeitos secundários da actual política europeia de resposta à crise financeira e económica.
A rentabilidade do capital da banca europeia é hoje inferior a 0,5%, um nível que reflete não apenas a quebra de proveitos resultantes do abrandamento da economia e da descida das taxas de juro, mas também a necessidade de registar imparidades para o crédito mal parado que disparou com a crise económica.
A recuperação económica tímida da Europa e as crescentes necessidades de capital não são as melhores notícias para a rentabilidade da banca.
Na Zona Euro o principal instrumento usado para relançar a economia foi a redução das taxas de juro, tendo este alcançado valores negativos, o que transformou o remédio da economia europeia, na “dor” do sector financeiro. É que com a redução das taxas de juro, esta situação penalizou a principal fonte de receita da banca.
Desta forma, as margens financeiras caíram e tiveram maior impacto nos bancos com mais crédito habitação, devido aos baixos “spreads” dos empréstimos concedidos até 2008.
A recuperação da economia europeia faz-se de forma demorada e tímida, e tal situação tem impacto e custos para a banca.
Num ambiente de débil crescimento económico, a banca tem sentido maiores dificuldades em encontrar procura de crédito que alimente o seu negócio. Esta situação parece que se irá arrastar, uma vez que as previsões de crescimento para a economia euro são de revisão em baixa.
Grande parte da procura de crédito que existe deixou também de ser viável. Isto porque, as exigências da supervisão levaram os bancos a serem mais restritivos nos seus critérios de concessão de financiamentos, inviabilizando o aumento da exposição a empresas com baixos níveis de autonomia financeira que representam uma grande percentagem do sector empresarial europeu.
Com as dificuldades dos principais bancos portugueses como BCP, BPI, CGD e Novo Banco, as pequenas e médias empresas portuguesas terão igualmente dificuldades de financiamento, sendo que esta situação poderá por em causa o crescimento económico do país e a recuperação do mesmo. Desta forma o próprio orçamento de estado de 2016, poderá conter vários riscos, uma vez que as contas apresentadas pelo actual Governo contemplam um forte crescimento do PIB, e uma forte componente das exportações e do aumento do consumo interno.
Fábio Bastos Economista
Diário de Notícias da Madeira
Sábado, 9 de Abril de 2016
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