A oportunidade de construir cidades do futuro

Ao longo da história, nenhum país conseguiu atingir a prosperidade econômica sem urbanização. Em sua superfície, então, a tendência de urbanização dominar o século 21 deve ser uma boa notícia - não só para os países que experimentam este crescimento, mas a economia global. Após a análise mais aprofundada, no entanto, podemos ver que padrões de urbanização atuais são em grande parte insustentável - socialmente, economicamente e ambientalmente.

Cidades, hoje o lar de 55% da população global, agora respondem por 70% do PIB global. Mas eles também são responsáveis ​​por uma parte crescente das emissões de gases com efeito de estufa e os níveis de ampliação da desigualdade. O modelo de urbanização atual que favorece em grande parte arranjos de baixa densidade e uma dependência excessiva em formas industrializadas de transporte está a contribuir para a poluição e expansão.


Quando 62% das pessoas vivem em favelas

A pesquisa da UN-Habitat mostra que o número absoluto de população favelada do mundo, na verdade, tem vindo a aumentar ao longo dos últimos 25 anos, de 650 milhões em 1990 para quase 1 bilhão hoje. Na África, que tem a maior taxa de urbanização no mundo, 62 por cento das pessoas vivem em bairros degradados sem acesso a água potável, saneamento e outros serviços humanos básicos.


No entanto, como este relatório observa com propriedade, embora o ritmo de urbanização traz inúmeros desafios, também apresenta uma oportunidade de geração de re-definir o tecido social, económico e ambiental das nossas cidades, assim como re-pensar o papel do setor privado em áreas urbanas investimento e de prestação de serviços.

Urbanização não deve ser vista apenas como um risco, mas sim como uma fonte de transformação de prosperidade e desenvolvimento sustentável de todos os assentamentos humanos. Quando cuidadosamente organizados e geridos, o próprio processo de urbanização pode ser uma forma de inovação disruptiva que fornece soluções para os desafios globais mais importantes de nossa época - desde a pobreza e a desigualdade, à mudança climática e segurança.

Para muitas cidades, no entanto, o ritmo de urbanização é capacidades nacionais e locais esmagadora para capitalizar as oportunidades antes deles. Os desafios mais comuns incluem a expansão não planeada urbano, governação ineficaz e enquadramentos legais, e uma escassez de mecanismos de geração de receitas a nível local. Cidades com as maiores necessidades de infra-estrutura muitas vezes não têm a capacidade e conhecimento para desenvolver projectos financiáveis. Esta situação é agravada pelo acesso limitado ao crédito e capacidade insuficiente para tirar proveito de fontes endógenas de finanças, que, por exemplo, poderia ser usado para investir em infra-estrutura básica como água, esgoto e energia.

A oportunidade para o futuro

Um elemento-chave para a construção de cidades apto para o futuro é a promoção do espaço utilizado mista, que combina residencial, comercial, industrial, escritório, ou outro uso da terra, com espaço adequado reservado para uso público. configurações mistas contribuir para a produtividade urbana, fazendo uso eficiente dos recursos de uma cidade, o que, por sua vez, impulsionar o crescimento econômico (local e nacional), em última análise, contribuir para a melhoria dos padrões de vida e prosperidade.

De uso misto espaço também fomenta a geração de receitas a nível local, adicionando valor à propriedade pública e facilitar o estabelecimento e sustentabilidade de pequenas e médias empresas. Isto é especialmente importante para as pequenas e empresas do sector informal, que dominam em desenvolvimento economias dos países.

A maior oportunidade é nos países onde a forma de uma cidade ainda não está "travado". Globalmente, cerca de 60% da área prevista para ser urbana até 2030 continua a ser construída. O Fórum Econômico Mundial estima que o investimento de infra-estrutura correspondente necessário eleva-se a US $ 3,7 trilião por ano até 2050. O que ainda não é contado é a quantidade de valor urbana que podem ser gerados por esses investimentos.


parcerias público-privadas (PPP) são um requisito para soluções viáveis ​​para resolver futuras demandas urbanas. PPPs são uma fonte crescente de financiamento para projetos de infra-estrutura de grande escala em toda a energia, os transportes e outros setores. Mas, claramente, o valor gerado deve ser muito maior do que os custos. Portanto, um sistema de partilha de valor é necessário para atender às necessidades de investimento.

A privatização dos lucros ", publification" das despesas

Projetos atuais do projeto frequentemente ignoram os princípios básicos de financiamento urbano. No final, poucos percebem o valor de novos investimentos, com o setor público muitas vezes deixados segurando um guia manutenção a longo prazo eles raramente podem pagar. Este é um exemplo da privatização dos lucros e a "publification" das despesas.

Precisamos ver uma mudança radical no comportamento do investimento e abordagens para as PPP. desenhos do projeto devem levar em consideração os encargos financeiros de longo prazo para as autoridades municipais, bem como as oportunidades de geração de receitas a nível local que impactam positivamente na riqueza e meios de subsistência, bem como a redução da pobreza.

Por seu lado, o sector público deve adoptar quadros legais que criam um ambiente ideal para negócios, proporcionando aos investidores um nível de previsibilidade nas políticas e planos, tanto a nível nacional e local públicas. Como visto em muitos países em desenvolvimento, o financiamento fornecido pelos bancos do setor e desenvolvimento públicos é insuficiente e deve ser emparelhado por financiamento privado. A este respeito, são urgentemente necessárias novas, flexíveis e inovadores mecanismos de PPP.

Quarta-feira 06 de abril de 2016
Forum Económico Mundial