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Olhar para o sítio certo
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Olhar para o sítio certo
O primeiro-ministro colocou o dedo na ferida. É decisivo aumentar o financiamento às empresas e à economia e assim criar emprego.
Esta semana, o Primeiro-Ministro colocou o dedo na ferida. É decisivo aumentar o financiamento às empresas e à economia e assim criar emprego. Para tal, é preciso responder ao obstáculo central à recuperação da nossa economia: a natureza sobretudo privada das dificuldades de financiamento de Portugal.
Muita dessa dívida terá resultado, à época, de decisões racionais, quer das famílias e das empresas, quer do setor financeiro. Em 2008, porém, a crise global de financiamento da economia tudo precipitou. Em Portugal, o primeiro sinal foi o corte de financiamento aos bancos e, depois, ao Estado português. Mas por motivos de natureza estritamente política e ideológica, o Governo anterior decidiu olhar para o sítio errado, insistindo na ideia de que o País tinha sobretudo um problema de dívida pública e de défice e que, por isso, era necessário cortar no Estado, e na dimensão dos serviços públicos.
O que veio a seguir é conhecido: o Governo "emagreceu" o Estado, e em termos de dívida privada pouco se fez. Basta lembrar que metade do dinheiro destinado à recapitalização da banca nacional, disponibilizado no âmbito do Memorando de Entendimento com a Troika celebrado em 2011, não foi usado até 2015. Não era preciso mexer nesses seis mil milhões, diziam-nos à época, porque tínhamos garantido a estabilidade do sistema financeiro – um dos pilares essenciais do Memorando de Entendimento.
O resultado dessa política foi o que se viu. Hoje temos em Portugal um sistema financeiro relativamente bloqueado. Parte importante do nosso tecido económico está endividada, ou mesmo sobre-endividada. Ou seja, é muito pequeno o conjunto de empresas em Portugal com capacidade para recorrer ao crédito bancário e com isso crescer, pelo que a banca nacional não só não tem economia para receber essa liquidez, como, se nada for feito, não conseguiremos quebrar este ciclo vicioso e reanimar a economia nacional.
Esteve bem, o Primeiro-Ministro António Costa. Tal como aconteceu em países como a Espanha ou a Irlanda, também Portugal deve lidar com este problema, para que assim se possa concretizar a tão desejada reanimação da economia.
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/fernando_medina/detalhe/olhar_para_o_sitio_certo.html
13.04.2016 01:45
FERNANDO MEDINA
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Correio da Manhã
Esta semana, o Primeiro-Ministro colocou o dedo na ferida. É decisivo aumentar o financiamento às empresas e à economia e assim criar emprego. Para tal, é preciso responder ao obstáculo central à recuperação da nossa economia: a natureza sobretudo privada das dificuldades de financiamento de Portugal.
Muita dessa dívida terá resultado, à época, de decisões racionais, quer das famílias e das empresas, quer do setor financeiro. Em 2008, porém, a crise global de financiamento da economia tudo precipitou. Em Portugal, o primeiro sinal foi o corte de financiamento aos bancos e, depois, ao Estado português. Mas por motivos de natureza estritamente política e ideológica, o Governo anterior decidiu olhar para o sítio errado, insistindo na ideia de que o País tinha sobretudo um problema de dívida pública e de défice e que, por isso, era necessário cortar no Estado, e na dimensão dos serviços públicos.
O que veio a seguir é conhecido: o Governo "emagreceu" o Estado, e em termos de dívida privada pouco se fez. Basta lembrar que metade do dinheiro destinado à recapitalização da banca nacional, disponibilizado no âmbito do Memorando de Entendimento com a Troika celebrado em 2011, não foi usado até 2015. Não era preciso mexer nesses seis mil milhões, diziam-nos à época, porque tínhamos garantido a estabilidade do sistema financeiro – um dos pilares essenciais do Memorando de Entendimento.
O resultado dessa política foi o que se viu. Hoje temos em Portugal um sistema financeiro relativamente bloqueado. Parte importante do nosso tecido económico está endividada, ou mesmo sobre-endividada. Ou seja, é muito pequeno o conjunto de empresas em Portugal com capacidade para recorrer ao crédito bancário e com isso crescer, pelo que a banca nacional não só não tem economia para receber essa liquidez, como, se nada for feito, não conseguiremos quebrar este ciclo vicioso e reanimar a economia nacional.
Esteve bem, o Primeiro-Ministro António Costa. Tal como aconteceu em países como a Espanha ou a Irlanda, também Portugal deve lidar com este problema, para que assim se possa concretizar a tão desejada reanimação da economia.
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/fernando_medina/detalhe/olhar_para_o_sitio_certo.html
13.04.2016 01:45
FERNANDO MEDINA
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