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Diz-me com quem andas...
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Diz-me com quem andas...
O FMI, esse papão que acabamos por chamar depois de períodos iluminados de governação socialista, acaba de publicar na sua última avaliação que Portugal irá divergir negativamente da Europa nos próximos cinco anos.
Nos últimos dias pudemos assistir à mais significativa visita de Estado de António Costa. Depois de anos de sacrifícios dos portugueses para recuperar o crédito e a credibilidade perdidos na governação socialista de Sócrates, António Costa vai à Grécia declarar que o alinhamento de Portugal não é com quem cumpre e se desenvolve, preferindo para parceiro o Sr. Tsipras e tudo o que representa.
Depois de anos duros a afirmar que Portugal não é a Grécia, por motivos mais do que justificados, Costa aparece ao lado de Tsipras a assinar uma carta à União Europeia (UE), onde basicamente se exige a quem gere bem que cubra os desmandos socialistas do sul. Na tal carta não se assume a necessidade de reformas, não se prometem contrapartidas de correcção de trajectória, nada. A esquerda luso-helénica limita-se a exigir mais, a fazer demagogia e a alienar credibilidade.
Deste tristíssimo espectáculo, onde só faltou a mascote do falecido Chávez, o Podemos, não resultou ainda resposta da UE, mas já se fez sentir a resposta da realidade, essa grande bloqueadora do processo socialista em curso.
Draghi é presidente do Banco Central Europeu (BCE), não é aquilo que a esquerda resolveu chamar um “ressabiado da direita derrotada”. As preocupações e avisos sérios que veio trazer ao Conselho de Estado, o sublinhado que fez da necessidade de não abandonar as políticas correctas empreendidas pelo anterior governo, suscitaram indignação balofa de Louçã a Jerónimo e a habitual displicência no PS. Definitivamente, não encaixam no “helenismo costista” e importa referir também um pequeno detalhe: é o BCE que tem o dinheiro.
O FMI, esse papão que acabamos por chamar depois de períodos iluminados de governação socialista, acaba de publicar na sua última avaliação que Portugal irá divergir negativamente da Europa nos próximos cinco anos. O FMI não terá tido em conta as virtualidades da governação socialista ou as exigências formais de Costa e Tsipras a Bruxelas, ou se calhar foi isso mesmo que teve em conta.
A OCDE, não sei o que lhe chamará agora a esquerda, tornou público que dos 30 países que a integram, Portugal é aquele que apresenta pior desempenho em termos de combate ao desemprego, com um agravamento de duas décimas após um longo período de melhoramento sustentado. Ah, e não podem queixar-se da conjuntura internacional.
A taxa dos títulos da dívida portuguesa a 10 anos não pára de subir e já ultrapassou os 3,2%. Os investidores estão a exigir mais garantias e a manifestar uma acentuada perda de confiança em Portugal. Os investidores não são do PSD ou do CDS, não fazem jeitinhos, limitam-se a analisar a realidade objectivamente e a colocar o seu dinheiro onde é mais seguro, exigindo juros comedidos, ou a arriscar, exigindo juros que compensem o risco. Ora, Portugal representa cada vez mais risco.
A DBRS, a única agência de ‘rating’ que vai dando algum oxigénio a Portugal, já fez avisos muito sérios, logo desvalorizados pelos do costume. A Bloomberg faz uma análise arrasadora da dívida pública portuguesa, como a de pior comportamento europeu, fruto da instabilidade governativa que a solução engendrada encerra.
Não é do argumentário da oposição ao Governo que falamos, é tão-só da avaliação daqueles de quem de facto dependemos. Ou melhor dito, nós dependemos em primeiro lugar de nós próprios e, depois, da confiança que inspiramos nos outros. É essa confiança que Costa delapida em tempo recorde. Com políticas erradas e erráticas, com um Orçamento atabalhoado em que ninguém finge sequer acreditar, com o regresso em força dos piores vícios do socialismo, com uma política externa de alinhamento com a Grécia, tão estúpida quanto prejudicial a todos os portugueses.
No final, Costa e os seus estarão apenas preocupados em encontrar em quem pôr a culpa. Os portugueses, esses sim, sem culpa nenhuma, terão inexoravelmente a factura para pagar.
00:05 h
Raul de Almeida, Consultor
Económico
Nos últimos dias pudemos assistir à mais significativa visita de Estado de António Costa. Depois de anos de sacrifícios dos portugueses para recuperar o crédito e a credibilidade perdidos na governação socialista de Sócrates, António Costa vai à Grécia declarar que o alinhamento de Portugal não é com quem cumpre e se desenvolve, preferindo para parceiro o Sr. Tsipras e tudo o que representa.
Depois de anos duros a afirmar que Portugal não é a Grécia, por motivos mais do que justificados, Costa aparece ao lado de Tsipras a assinar uma carta à União Europeia (UE), onde basicamente se exige a quem gere bem que cubra os desmandos socialistas do sul. Na tal carta não se assume a necessidade de reformas, não se prometem contrapartidas de correcção de trajectória, nada. A esquerda luso-helénica limita-se a exigir mais, a fazer demagogia e a alienar credibilidade.
Deste tristíssimo espectáculo, onde só faltou a mascote do falecido Chávez, o Podemos, não resultou ainda resposta da UE, mas já se fez sentir a resposta da realidade, essa grande bloqueadora do processo socialista em curso.
Draghi é presidente do Banco Central Europeu (BCE), não é aquilo que a esquerda resolveu chamar um “ressabiado da direita derrotada”. As preocupações e avisos sérios que veio trazer ao Conselho de Estado, o sublinhado que fez da necessidade de não abandonar as políticas correctas empreendidas pelo anterior governo, suscitaram indignação balofa de Louçã a Jerónimo e a habitual displicência no PS. Definitivamente, não encaixam no “helenismo costista” e importa referir também um pequeno detalhe: é o BCE que tem o dinheiro.
O FMI, esse papão que acabamos por chamar depois de períodos iluminados de governação socialista, acaba de publicar na sua última avaliação que Portugal irá divergir negativamente da Europa nos próximos cinco anos. O FMI não terá tido em conta as virtualidades da governação socialista ou as exigências formais de Costa e Tsipras a Bruxelas, ou se calhar foi isso mesmo que teve em conta.
A OCDE, não sei o que lhe chamará agora a esquerda, tornou público que dos 30 países que a integram, Portugal é aquele que apresenta pior desempenho em termos de combate ao desemprego, com um agravamento de duas décimas após um longo período de melhoramento sustentado. Ah, e não podem queixar-se da conjuntura internacional.
A taxa dos títulos da dívida portuguesa a 10 anos não pára de subir e já ultrapassou os 3,2%. Os investidores estão a exigir mais garantias e a manifestar uma acentuada perda de confiança em Portugal. Os investidores não são do PSD ou do CDS, não fazem jeitinhos, limitam-se a analisar a realidade objectivamente e a colocar o seu dinheiro onde é mais seguro, exigindo juros comedidos, ou a arriscar, exigindo juros que compensem o risco. Ora, Portugal representa cada vez mais risco.
A DBRS, a única agência de ‘rating’ que vai dando algum oxigénio a Portugal, já fez avisos muito sérios, logo desvalorizados pelos do costume. A Bloomberg faz uma análise arrasadora da dívida pública portuguesa, como a de pior comportamento europeu, fruto da instabilidade governativa que a solução engendrada encerra.
Não é do argumentário da oposição ao Governo que falamos, é tão-só da avaliação daqueles de quem de facto dependemos. Ou melhor dito, nós dependemos em primeiro lugar de nós próprios e, depois, da confiança que inspiramos nos outros. É essa confiança que Costa delapida em tempo recorde. Com políticas erradas e erráticas, com um Orçamento atabalhoado em que ninguém finge sequer acreditar, com o regresso em força dos piores vícios do socialismo, com uma política externa de alinhamento com a Grécia, tão estúpida quanto prejudicial a todos os portugueses.
No final, Costa e os seus estarão apenas preocupados em encontrar em quem pôr a culpa. Os portugueses, esses sim, sem culpa nenhuma, terão inexoravelmente a factura para pagar.
00:05 h
Raul de Almeida, Consultor
Económico
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