Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!
Olhar Sines no Futuro
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Procurar
 
 

Resultados por:
 


Rechercher Pesquisa avançada

Tópicos semelhantes
Entrar

Esqueci-me da senha

Palavras-chaves

2017  2015  2019  2014  2011  cais  2012  tvi24  2016  2013  2023  2010  cmtv  2018  

Últimos assuntos
» Sexo visual mental tens a olhar fixamente o filme e ouvi fixamente
   Nó górdio EmptyQui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin

» Apanhar o comboio
   Nó górdio EmptySeg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin

» O que pode Lisboa aprender com Berlim
   Nó górdio EmptySeg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin

» A outra austeridade
   Nó górdio EmptySeg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin

» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
   Nó górdio EmptySeg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin

» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
   Nó górdio EmptySeg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin

» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
   Nó górdio EmptySeg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin

» Pelos caminhos
   Nó górdio EmptySeg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin

» Alta velocidade: o grande assunto pendente
   Nó górdio EmptySeg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin

Galeria


   Nó górdio Empty
novembro 2024
DomSegTerQuaQuiSexSáb
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

Calendário Calendário

Flux RSS


Yahoo! 
MSN 
AOL 
Netvibes 
Bloglines 


Quem está conectado?
187 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 187 visitantes :: 1 motor de busca

Nenhum

O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm

Nó górdio

Ir para baixo

   Nó górdio Empty Nó górdio

Mensagem por Admin Qua maio 14, 2014 3:43 pm

   Nó górdio Alexandreabreu-8405


A crise da economia portuguesa não é uma só; são várias. E é necessário compreendê-lo para que possamos começar a sair da situação em que nos encontramos.



Em meados dos anos '90, a economia portuguesa encontrava-se em processo de convergência real face à média europeia, ainda que a sua estrutura produtiva fosse bastante mais frágil do que as das economias do centro europeu. Optou-se então por um processo de exposição internacional súbito e insensato, que incluiu a perda de autonomia monetária e cambial. O resultado foram défices externos crónicos, endividamento privado externo galopante e uma estrutura produtiva adicionalmente fragilizada pelos incentivos perversos criados ao investimento nos sectores de bens não-transaccionáveis.
Então, na sequência da eclosão da crise financeira internacional de 2007-2008, esta crise latente de inserção internacional e endividamento externo transmutou-se em crise de dívida pública, em parte devido à adopção de uma resposta contra-cíclica activa, mas sobretudo por via da acção dos estabilizadores automáticos (menos receitas e mais despesas em resultado da própria crise). E esta crise de dívida pública, ao abrir a porta à adopção de um programa de austeridade pro-cíclica, somou a camada final à nossa crise actual: uma recessão económica de grandes dimensões, com fortíssimas contracções do investimento e do emprego.
A crise portuguesa é, por isso, pelo menos quatro crises sobrepostas: uma recessão de dimensões históricas em cima de uma crise de dívida pública, que por sua vez é uma transmutação de uma crise de endividamento privado externo, provocada por uma contradição insanável entre a estrutura produtiva e o regime de inserção económica internacional. Com a agravante de cada dimensão adicional não atenuar, antes reforçar, as dimensões subjacentes.
Se compreendermos isto, percebemos que insistir na austeridade é o grau zero da inteligência económica; que advogar simplesmente uma alternativa contra-cíclica, sem mais, esbarra imediatamente nos limites do endividamento acumulado no passado; e que mesmo o repúdio da dívida acumulada, sem mais, ignora os constrangimentos colocados pelo contradição fundamental entre a nossa estrutura produtiva e o nosso regime de inserção internacional.
Decididamente, trata-se de um nó górdio de que não nos veremos livres tão depressa. Já não será nada mau se pelo menos começarmos aos poucos a perceber o que está verdadeiramente em causa.


Alexandre Abreu |
7:00 Quarta feira, 14 de maio de 2014



Expresso
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 16761
Pontos : 49160
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/12/2013
Idade : 37
Localização : Sines

http://olharsinesnofuturo.criarforum.com.pt

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos