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Uma galinha na Queima
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Uma galinha na Queima
O cortejo da Queima das Fitas do Porto já foi ontem, mas para esta crónica inspirei-me nesse modelo para fazer desfilar por aqui um autêntico cortejo de ideias muito diversas, mas em que descobri um ponto de ligação. Que lhes dá a união pretendida e as enfileira no tal cortejo.
Como os carros alegóricos são todos iguais, todos diferentes, como os seres humanos de varias raças e origens, são todos diferentes, todos iguais, também eu arranjei hoje um cortejo que mete Passos Coelho num carro, António Costa noutro, vários répteis ancestrais ainda num diferente e ainda um ovo e uma galinha, em duas viaturas distintas. Quem apareceu primeiro? Foi o ovo e a galinha, claro. Mas... o ovo... ou a galinha?
Até ontem, a discussão (e a crónica) poderiam acabar neste ponto, porque essa magna questão de saber o que nasceu primeiro, se o ovo que a galinha põe, se a galinha que sai do ovo, era considerado o problema insolúvel por excelência.
Até ontem, sempre que queríamos dizer em relação a algum problema ou polémica pública, que não valia a pena perder tempo a discuti-la ou a tentar que dessa discussão nascesse a luz necessária, dizíamos que era como discutir exatamente essa questão de saber quem apareceu primeiro, se o ovo se a galinha.
1 . O ovo de Colombo
Tudo até ontem, porque soube-se precisamente ontem que um fantástico professor universitário de Manchester veio provar-nos que este imbróglio de saber quem nasce primeiro entre o ovo e a galinha afinal... é um ovo de Colombo! Este agora famoso professor de Biologia Evolutiva, na cidade onde também um português de seu nome Cristiano evoluiu muito bem, explicou num gráfico hipersimples que como os répteis são animais com registo na Terra, anterior ao registo conhecido da primeira galinha e se reproduzem através de ovos, este problema, posto ao nível dos galináceos, é um falso problema: claro que foi o ovo que nasceu primeiro que a galinha, que por sua vez nasceu de dentro desse primeiro ovo.
Aqui chegados, é evidente que existem dois caminhos, como quando queremos saber de um copo com água até meio, se está meio cheio, ou meio vazio.
Quem gosta de complicar há de desvalorizar a descoberta, criticar este ovo de Colombo e partir para a nova magna questão de saber quem nasceu primeiro, se o ovo... se o primeiro desses répteis de que fala o professor James McInerney.
Quem gosta de problemas resolvidos (como eu) aproveita para lembrar a Passos Coelho e ao PSD, que não há problemas insolúveis e que vale sempre a pena discutir, apresentar contrapropostas, não desistir de levar a sua avante. Sobretudo quando o interlocutor é António Costa que já descobrimos capaz dos maiores esforços, para não se zangar com ninguém e que também já tem um ovo de Colombo no currículo, a partir do dia em que demonstrou como é que se faz (e mantém...) um Governo com maioria parlamentar depois de perdidas as eleições.
2. A galinha da Queima
O meu escritório é ao lado do Queimódromo. Nesta semana estou habituado a achar que a galinha da Queima é a galinha mais bonita que a de qualquer outra vizinha e é com alguma nostalgia que antes das 8 da manhã lá passo acordado, a caminho do trabalho, por vários zombies que também por lá cambaleiam, a caminho da cama.
Conheço muita gente que engalinha com a Queima, que acha que é uma semana perdida e que a juventude está também no rumo da perdição. Bem ao contrário, eu gosto muito do espírito da Queima, acho muito bem que exista antes dos exames uma semana para alguns exageros e quando alguns passam das medidas ou ultrapassam os limites do bom gosto, isso é problema deles, não é culpa da Queima. Como me gabo de não ser do tipo, olha para o que eu digo, mas não olhes para o que eu faço, ainda não disseram dois doutores que não irei ver um dos espetáculos do cartaz da Queima uma noite destas.
*EMPRESÁRIO
MANUEL SERRÃO*
04 Maio 2016 às 00:11
Jornal de Notícias
Como os carros alegóricos são todos iguais, todos diferentes, como os seres humanos de varias raças e origens, são todos diferentes, todos iguais, também eu arranjei hoje um cortejo que mete Passos Coelho num carro, António Costa noutro, vários répteis ancestrais ainda num diferente e ainda um ovo e uma galinha, em duas viaturas distintas. Quem apareceu primeiro? Foi o ovo e a galinha, claro. Mas... o ovo... ou a galinha?
Até ontem, a discussão (e a crónica) poderiam acabar neste ponto, porque essa magna questão de saber o que nasceu primeiro, se o ovo que a galinha põe, se a galinha que sai do ovo, era considerado o problema insolúvel por excelência.
Até ontem, sempre que queríamos dizer em relação a algum problema ou polémica pública, que não valia a pena perder tempo a discuti-la ou a tentar que dessa discussão nascesse a luz necessária, dizíamos que era como discutir exatamente essa questão de saber quem apareceu primeiro, se o ovo se a galinha.
1 . O ovo de Colombo
Tudo até ontem, porque soube-se precisamente ontem que um fantástico professor universitário de Manchester veio provar-nos que este imbróglio de saber quem nasce primeiro entre o ovo e a galinha afinal... é um ovo de Colombo! Este agora famoso professor de Biologia Evolutiva, na cidade onde também um português de seu nome Cristiano evoluiu muito bem, explicou num gráfico hipersimples que como os répteis são animais com registo na Terra, anterior ao registo conhecido da primeira galinha e se reproduzem através de ovos, este problema, posto ao nível dos galináceos, é um falso problema: claro que foi o ovo que nasceu primeiro que a galinha, que por sua vez nasceu de dentro desse primeiro ovo.
Aqui chegados, é evidente que existem dois caminhos, como quando queremos saber de um copo com água até meio, se está meio cheio, ou meio vazio.
Quem gosta de complicar há de desvalorizar a descoberta, criticar este ovo de Colombo e partir para a nova magna questão de saber quem nasceu primeiro, se o ovo... se o primeiro desses répteis de que fala o professor James McInerney.
Quem gosta de problemas resolvidos (como eu) aproveita para lembrar a Passos Coelho e ao PSD, que não há problemas insolúveis e que vale sempre a pena discutir, apresentar contrapropostas, não desistir de levar a sua avante. Sobretudo quando o interlocutor é António Costa que já descobrimos capaz dos maiores esforços, para não se zangar com ninguém e que também já tem um ovo de Colombo no currículo, a partir do dia em que demonstrou como é que se faz (e mantém...) um Governo com maioria parlamentar depois de perdidas as eleições.
2. A galinha da Queima
O meu escritório é ao lado do Queimódromo. Nesta semana estou habituado a achar que a galinha da Queima é a galinha mais bonita que a de qualquer outra vizinha e é com alguma nostalgia que antes das 8 da manhã lá passo acordado, a caminho do trabalho, por vários zombies que também por lá cambaleiam, a caminho da cama.
Conheço muita gente que engalinha com a Queima, que acha que é uma semana perdida e que a juventude está também no rumo da perdição. Bem ao contrário, eu gosto muito do espírito da Queima, acho muito bem que exista antes dos exames uma semana para alguns exageros e quando alguns passam das medidas ou ultrapassam os limites do bom gosto, isso é problema deles, não é culpa da Queima. Como me gabo de não ser do tipo, olha para o que eu digo, mas não olhes para o que eu faço, ainda não disseram dois doutores que não irei ver um dos espetáculos do cartaz da Queima uma noite destas.
*EMPRESÁRIO
MANUEL SERRÃO*
04 Maio 2016 às 00:11
Jornal de Notícias
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