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Maior que a soma das suas partes
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Maior que a soma das suas partes
Numa entrevista dada pela investigadora Julia Rozovsky no programa GPS do escritor e jornalista Fareed Zakaria, tomei conhecimento do Projeto Aristóteles da Google, cujo o tema principal está relacionado com o trabalho em equipa, mais concretamente como criar equipas perfeitas. É fácil perceber que para a Google, como para muitas outras empresas, conseguir formar boas equipas não é tarefa fácil, mesmo sabendo que as equipas são constituídas pelos melhores dos melhores. Durante anos a Google recolheu e mediu vários aspetos relacionados com a vida dos seus colaboradores e estudou centenas de equipas sem conseguir identificar nenhum padrão (tendo por base as personalidades, as competências e as experiências anteriores dos seus colaboradores) que estivesse diretamente relacionado com o sucesso dessas equipas. Sem grandes surpresas, as conclusões deste projeto apontam no sentido da importância das normas de grupo em detrimento das características dos elementos que constituem as equipas. Além disso, as normas que permitem criar uma sensação de segurança psicológica na equipa, isto é, “a existência de uma crença partilhada de que cada elemento pode expressar a sua opinião sem ser hostilizado pelo grupo” (tradução livre da definição apresentada pela Professora Amy Edmondson da Harvard Business School), são, recorrentemente, determinantes no sucesso das equipas.
Suportado na minha própria experiência, constato que a presença da segurança psicológica quer nos grupos de investigação, quer nos grupos ligados a iniciativas de empreendedorismo, está intimamente relacionada com a produtividade e resiliência das equipas. Aprender a trabalhar em equipa é mais do que nunca uma competência fundamental, que contrasta com a necessidade de individualizar as avaliações no ensino em geral. Mais do que mudanças radicais de todo o sistema, é essencial complementar a formação com atividades que propiciem oportunidades de colaboração entre os nossos alunos. Iniciativas como o rs4e Universitários e o StartWeb do CEIM e a própria AAUMa, são bons exemplos do que pode e deve ser feito. Seguramente, por muitas e boas razões a Universidade da Madeira é diferente, mas tal diferença só é útil se for devidamente aproveitada. Por mim, a diversidade de cursos e a inerente diversidade de áreas cientificas, juntamente com a partilha do mesmo espaço físico, é um dos nossos principais valores. Conseguir ter na mesma equipa alunos das Humanidades, do Design, da Informática, da Psicologia e de outras áreas, a trabalhar num projeto comum é muito interessante e exige um enorme esforço de aproximação, o estabelecimento de uma base comum de comunicação, a conciliação de métodos de trabalho e muito respeito pelas competências e qualidades de cada um. Provavelmente, somos das poucas universidades que pode proporcionar este tipo de experiências e dessa forma usar as nossas diferenças para conseguir algo pouco usual. Não acredito que isto possa acontecer de forma espontânea e sem que a instituição inclua deliberadamente este objetivo na sua estratégia. Avizinham-se momentos de reflexão sobre a Universidade e por mim seria interessante ver este tema debatido. Se tivermos uma perspetiva holística e aceitarmos a máxima atribuída a Aristóteles – o todo é maior que a soma das suas partes – talvez sejamos no futuro maiores”.
Leonel Nóbrega
Diário de Notícias da Madeira
Quinta, 12 de Maio de 2016
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