Marítimos podem vir a ser insuficientes para o mercado

Um relatório da BIMCO (Baltic and International Maritime Council) e ICS (International Chamber of Shipping) apresentado na Organização Marítima Internacional (IMO, sigla em inglês) refere que se a formação de marítimos não crescer, em breve poderá verificar-se uma grave falta de profissionais no sector do transporte marítimo, adianta o World Maritime News.

De acordo com o relatório, actualmentre existe um défice de 2,1% de marítimos e estima-se que em 2025 serão necessários 147.500 oficiais adicionais. Embora se preveja que ocorra um aumento da oferta destes profissionais, também se prevê que seja ultrapassada pela procura, que está em crescimento.

“Sem esforços continuados para promover as carreiras no mar e melhorar os níveis de recrutamento e retenção, o relatório sugere que não está garantido que venha a registar-se uma oferta abundante de marítimos no futuro”, refere o jornal, citando o Secretário-Geral da ICS, Peter Hinchliffe.

De acordo com o World Maritime News, a China pode ter ultrapassado as Filipinas como principal fonte de marítimos qualificados para o comércio internacional. Mas refere-se também que relatórios de companhias de navegação sugerem que a oferta de marítimos chineses é limitada e que as Filipinas e a Rússia são igualmente vistas como fontes importantes, logo seguidas pela Ucrânia e pela Índia.

No sector, porém, há quem considere que embora seja indubitável que são necessários mais marítimos, também é verdade que as exigências cada vez maiores da formação ministrada aos novos profissionais constituirá um teste à própria indústria do transporte marítimo, que terá que fornecer condições apropriadas ao treino prático desses elementos.

Jornal da Economia do Mar