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MSC - 25 anos em Portugal “Seria melhor ter uma visão e uma estratégia para os portos”
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MSC - 25 anos em Portugal “Seria melhor ter uma visão e uma estratégia para os portos”
A MSC Portugal comemorou, no passado dia 21 de maio, 25 anos de presença em Portugal, num jantar realizado na Estufa Fria, em Lisboa.
Com a presença de centenas de convidados, entre clientes, parceiros, entidades e colaboradores, a data foi realçada por Carlos Vasconcelos, diretor da MSC Portugal, numa intervenção onde relembrou o caminho de continuo crescimento e investimento da companhia no País desde 1991, ano em que se estabeleceu com marca própria, quinze anos depois de ter começado a trabalhar em Portugal.
No primeiro ano de atividade, a MSC Portugal movimentou 1.813 TEUs,. Passados 25 anos, a companhia ultrapassou o milhão de TEUs, entre contentores cheios e de transhipment.
Desde 2005, a MSC Portugal, é líder de mercado e conta com 942 colaboradores, distribuídos pelas cinco empresas (MSC Portugal, MSC Terminal do Entroncamento, MSC Terminal de Aveiro, MSC Logistics, e Medlog (ex-CP Carga).
Na sua intervenção, Carlos Vasconcelos, aproveitou para explanar algumas das preocupações com o futuro do sector em Portugal, afirmando que “seria melhor para o Pais se decidisse, de uma vez por todas, em ter uma visão e uma estratégia para os portos, que não tem. Não podemos andar permanentemente a mudar, sem rumo e sem saber o que queremos.”
Salientando haver questões em que o País tem de encontrar um caminho e tomar opções, Carlos Vasconcelos referiu que “as comunidades portuárias não podem ser afastadas da gestão da política e da estratégia dos portos. As comunidades portuárias têm de ser chamadas a participar na definição da estratégia, na definição da política e inclusivamente a participar na gestão dos portos. Não pode ser o Governo e a Administração Pública, isoladamente, a definir o que é que é melhor para os portos. Não queremos que os portos sejam entregues às comunidades portuárias, mas queremos ter uma palavra na gestão e na definição política”.
A competitividade do sistema portuário nacional foi outra das preocupações referidas, onde lembrou que “o País não pode esquecer o fenómeno da globalização, esquecendo o que se passa à nossa volta. Não podemos esquecer os nossos concorrentes e não podemos estar a brincar e a querer reduzir os prazos das concessões, numa área onde os investimentos são maciços, quando os nossos concorrentes estão a aumentar os prazos, onde Espanha já se fala em 50 anos, quando Marrocos já tem prazos ainda mais extensos e quando o norte da Europa até 90 anos tem nas concessões.”. Neste particular, Carlos Vasconcelos chamou a atenção de que “Portugal tem de perceber que está inserido numa competição global e ou consegue competir com os demais ou então se começamos a ser inovadores e originais, arruinamo-nos ainda mais.” .
Na linha das preocupações demonstradas, relembrou que os navios, os terminais, e todos os que exercem a sua atividade no transporte marítimo, trabalham 24 horas por dia, 365 dias por ano, apelando a que “Precisamos que os portos, no seu conjunto também, também trabalhem com estes horários. Não tanto as Administrações Portuárias mas outras entidades, por exemplo a alfandega que ainda hoje constituem um problema que afetam fortemente as operações.”, rematando “O País tem de entender que Alfandega pode ser um fator competitivo, no mundo em que vivemos.”.
Referindo-se à atual situação de paralisação nos portos de Lisboa, Setúbal e Figueira da Foz, o responsável afirmou “O País tem de perceber que não se pode permitir que pequenos grupos corporativos têm posições dominantes possam por em cheque toda uma economia com largos postos de trabalho e largas centenas de empresas. A possibilidade de cada um defender os seus direitos tem de ser limitada pelo interesse geral do coletivo. Não podemos permitir esta anarquia, de um pequeno grupo de indivíduos possa por em causa toda uma economia de uma região e de um País. Ou o País entende isto e temos uma política e uma estratégia ou então continuaremos neste marasmo e a ver os outros a passar-nos à frente e o nosso futuro mais comprometido.”
Não perdendo a oportunidade de afirmar o optimismo que caracteriza a MSC Portugal e relembrando o ditado usado pelos homens do mar - “a seguir à tempestade, vem a bonança” - Carlos Vasconcelos, referiu que ainda assim acredita no futuro, suportado pelo dinamismo e confiança da família Aponte, proprietária da MSC Shipping Company, da qual faz parte a MSC Portugal, pela confiança dos Clientes e parceiros, são razões suficientes para acreditar que continuarão a crescer. Aliás a este propósito referiu que até dia 15 de Junho passado o crescimento foi de 24%, face ao período homologo do ano passado.
Preparando o futuro, Carlos Vasconcelos, referiu que desde há dois anos a gestão da empresa tem vindo a ser partilhada pela geração mais nova, no caso com o seu colega, Marco Vale, a quem aproveitou para o convidar ao palco para, juntamente com todos os participantes, brindar ao futuro da MSC Portugal.
por: José Monteiro Limão
23-05-2016
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