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Consequências da nova linguagem política portuguesa
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Consequências da nova linguagem política portuguesa
O PSD, no domínio dos costumes, tem uma grande identificação com os valores protagonizados pela Igreja Católica. No domínio da economia, defende o respeito pela iniciativa privada
“A União Europeia é o arauto do
neoliberalismo?”
Tiago Fernandes
Já aqui se abordou o poder da linguagem política portuguesa contemporânea, sobretudo o seu impacto negativo para o sistema político, para o sistema de partidos, com as perceções erradas que transmite, porque desconformes com a realidade.
Com a sua assimilação, assistimos ao contrário da tradicional adjetivação política corrente portuguesa, à simplificação errónea de que apenas temos dois “lados” políticos: a direita e a esquerda. Em detrimento da anterior linguagem política, assente na diferenciação dos nomes dos partidos políticos, a atual distinção linguística somente entre direita e esquerda é um ganho político sobretudo para o BE e para a CGTP. Porque para partidos políticos como o BE e o PCP e para organizações sindicais de protesto como a CGTP, no seu tempo e no seu espaço de intervenção, que é o caso da rua por via do protesto, a tarefa fica mais facilitada no combate político quotidiano. O país real que há décadas faz Portugal funcionar, cria riqueza e assegura emprego não se revê nesta nova linguagem porquanto é perigosa e bloqueadora não só política, mas também económica e socialmente. Porque põe em causa o modelo económico e social português. Partidos como o PS e o PSD, no curto prazo e sobretudo no médio e longo prazo, vão ser quem mais se prejudicará na sua relação com os portugueses. É que esta obsessão e espécie de captura da linguagem política pelos extremos cria várias ilusões. Ilusões, por exemplo, de que somos um país de gente nova, com pouca diversidade ideológica e programática, mas que em simultâneo tem uma clivagem política que faz o país recuar ao período do PREC e do pós-PREC. Uma total contradição.
Entendo que esta situação deverá ser invertida. E desde logo por um partido político como o PSD. Que não pode deixar-se acantonar, no debate político, parlamentar e mediático, à direita.
Antes pelo contrário. E tem de fazê-lo com inteligência e direi mesmo paciência, e sem soberba. Não chega afirmar--se social-democrata quando a maioria dos seus principais protagonistas no espaço público e mediático participa no jogo redutor da dialética entre a esquerda e a direita. E também de pouco serve ter alguns dos seus novos protagonistas a fazerem afirmações do tipo “o PSD é de direita porque o seu eleitorado é de direita”. Nada de mais errado. Pela sua história e pelos serviços prestados a Portugal e aos portugueses, quer no governo do país, quer na oposição parlamentar, quer na governação autárquica, quer na construção e solidificação de grandes causas nacionais, como a criação do Estado de direito, da democracia representativa, do Estado social, da opção europeia e políticas públicas em várias áreas o comprovam. O PSD não é de direita. Mas também tem eleitores de direita. O PSD, no domínio dos costumes, não é liberal mas tem alguns liberais. O PSD tem o Estado como garante da concretização não só dos direitos, liberdades e garantias, mas sobretudo da democracia política, económica, social e cultural. O PSD é defensor da subordinação do poder económico ao poder político.
O PSD, no domínio da responsabilidade social, foi quem, com Sá Carneiro e sobretudo com Cavaco Silva, mais contribuiu para a criação de uma rede nacional de apoio social permanente aos deserdados do desenvolvimento, aos mais desfavorecidos e aos que não têm voz em lado nenhum, mas que existem e têm de ser protegidos. Nasci no distrito de Leiria, que foi e é um território onde o PSD sempre teve e tem uma identificação muito grande com as suas populações e onde continua a vencer de forma consolidada todo o tipo de atos eleitorais. Tal sucede porque os seus principais protagonistas conhecem e se identificam com os problemas e as expectativas dos cidadãos e praticam a social--democracia de forma coerente.
Neste território, o PSD, no domínio dos costumes, tem uma grande identificação com os valores cristãos protagonizados pela Igreja Católica; no domínio da economia, assume o respeito e o incentivo para que seja a iniciativa privada determinante para a criação de riqueza, o dinamismo económico e a criação e manutenção de emprego. Ser-se social-democrata pelo território de Leiria é, acima de tudo, criar todas as condições para que a igualdade de oportunidades esteja na linha da frente da intervenção política, social e económica.
Escreve à segunda-feira
23/05/2016
Feliciano Barreiras Duarte
opiniao@newsplex.pt
Jornal i
“A União Europeia é o arauto do
neoliberalismo?”
Tiago Fernandes
Já aqui se abordou o poder da linguagem política portuguesa contemporânea, sobretudo o seu impacto negativo para o sistema político, para o sistema de partidos, com as perceções erradas que transmite, porque desconformes com a realidade.
Com a sua assimilação, assistimos ao contrário da tradicional adjetivação política corrente portuguesa, à simplificação errónea de que apenas temos dois “lados” políticos: a direita e a esquerda. Em detrimento da anterior linguagem política, assente na diferenciação dos nomes dos partidos políticos, a atual distinção linguística somente entre direita e esquerda é um ganho político sobretudo para o BE e para a CGTP. Porque para partidos políticos como o BE e o PCP e para organizações sindicais de protesto como a CGTP, no seu tempo e no seu espaço de intervenção, que é o caso da rua por via do protesto, a tarefa fica mais facilitada no combate político quotidiano. O país real que há décadas faz Portugal funcionar, cria riqueza e assegura emprego não se revê nesta nova linguagem porquanto é perigosa e bloqueadora não só política, mas também económica e socialmente. Porque põe em causa o modelo económico e social português. Partidos como o PS e o PSD, no curto prazo e sobretudo no médio e longo prazo, vão ser quem mais se prejudicará na sua relação com os portugueses. É que esta obsessão e espécie de captura da linguagem política pelos extremos cria várias ilusões. Ilusões, por exemplo, de que somos um país de gente nova, com pouca diversidade ideológica e programática, mas que em simultâneo tem uma clivagem política que faz o país recuar ao período do PREC e do pós-PREC. Uma total contradição.
Entendo que esta situação deverá ser invertida. E desde logo por um partido político como o PSD. Que não pode deixar-se acantonar, no debate político, parlamentar e mediático, à direita.
Antes pelo contrário. E tem de fazê-lo com inteligência e direi mesmo paciência, e sem soberba. Não chega afirmar--se social-democrata quando a maioria dos seus principais protagonistas no espaço público e mediático participa no jogo redutor da dialética entre a esquerda e a direita. E também de pouco serve ter alguns dos seus novos protagonistas a fazerem afirmações do tipo “o PSD é de direita porque o seu eleitorado é de direita”. Nada de mais errado. Pela sua história e pelos serviços prestados a Portugal e aos portugueses, quer no governo do país, quer na oposição parlamentar, quer na governação autárquica, quer na construção e solidificação de grandes causas nacionais, como a criação do Estado de direito, da democracia representativa, do Estado social, da opção europeia e políticas públicas em várias áreas o comprovam. O PSD não é de direita. Mas também tem eleitores de direita. O PSD, no domínio dos costumes, não é liberal mas tem alguns liberais. O PSD tem o Estado como garante da concretização não só dos direitos, liberdades e garantias, mas sobretudo da democracia política, económica, social e cultural. O PSD é defensor da subordinação do poder económico ao poder político.
O PSD, no domínio da responsabilidade social, foi quem, com Sá Carneiro e sobretudo com Cavaco Silva, mais contribuiu para a criação de uma rede nacional de apoio social permanente aos deserdados do desenvolvimento, aos mais desfavorecidos e aos que não têm voz em lado nenhum, mas que existem e têm de ser protegidos. Nasci no distrito de Leiria, que foi e é um território onde o PSD sempre teve e tem uma identificação muito grande com as suas populações e onde continua a vencer de forma consolidada todo o tipo de atos eleitorais. Tal sucede porque os seus principais protagonistas conhecem e se identificam com os problemas e as expectativas dos cidadãos e praticam a social--democracia de forma coerente.
Neste território, o PSD, no domínio dos costumes, tem uma grande identificação com os valores cristãos protagonizados pela Igreja Católica; no domínio da economia, assume o respeito e o incentivo para que seja a iniciativa privada determinante para a criação de riqueza, o dinamismo económico e a criação e manutenção de emprego. Ser-se social-democrata pelo território de Leiria é, acima de tudo, criar todas as condições para que a igualdade de oportunidades esteja na linha da frente da intervenção política, social e económica.
Escreve à segunda-feira
23/05/2016
Feliciano Barreiras Duarte
opiniao@newsplex.pt
Jornal i
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