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Otimismo crónico e ligeiramente irritante?
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Otimismo crónico e ligeiramente irritante?
O Presidente da República dos afetos já é o líder popular dos portugueses e tem demonstrado que tudo fará para continuar a ser do agrado de todos, numa alegada tentativa de união do país.
Otimista por natureza, como já referiu várias vezes, acredita que o seu atual estado de graça se manterá por 5 anos, no mínimo. No entanto, sabe que para isso acontecer terá que evitar assumir posições de rutura com o Governo, sendo por isso a estabilidade o seu objetivo prioritário.
As suas recentes declarações sobre o potencial impacto dos resultados das eleições autárquicas de 2017 na estabilidade governativa geraram uma polémica indesejada, ao relembrar o fim do governo de Guterres em 2001.
A afetuosa relação entre a Presidência e o Governo ficou assim beliscada, pelo que o Presidente se apressou a justificar tão “despropositado” comentário com base na tradicional leitura nacional dos resultados das eleições autárquicas, garantindo que a maioria está estável e que não acredita que o Governo vá cair.
O otimismo do Presidente só encontra paralelo no otimismo do Primeiro-Ministro, que garante não haver “impossíveis”. Apesar de ser compreensível que alguém com o percurso profissional e político de Costa acredite não haver impossíveis, é difícil fazer os portugueses acreditarem que não é impossível que o futuro seja melhor que o passado e o presente.
O hilariante episódio em que a reforma Simplex do Estado e a futura relação do Estado com os cidadãos foram apresentados como um ato de fé e por isso baseadas na esperança que existam “vacas voadoras”, ilustra bem o elevado nível de exigência da sociedade atual.
O futuro de Portugal está assim entregue à magia da fé, porque apesar de parecer que tudo está a correr mal, não é impossível que tudo acabe bem. Os mercados financeiros, os investidores, a Comissão Europeia, os partidos que apoiam o Governo e os partidos da oposição acabarão por acreditar também.
Neste sentido, basta recordar um slogan publicitário de um banco nacional recentemente falido: “A força de acreditar”, para perceber que certamente faliu porque o símbolo era um Centauro em vez de uma “vaca voadora”. Ou porque não acreditaram com força suficiente.
Mas curiosamente, e apesar do esforço, a vaca que o Primeiro-Ministro apresentou com o Simplex bateu energicamente as asas mas não voou… certamente por falta de otimismo da vaca. Ou será que não basta bater as asas para voar?
PAULO BARRADAS
31.05.2016 às 7h00
Expresso
Otimista por natureza, como já referiu várias vezes, acredita que o seu atual estado de graça se manterá por 5 anos, no mínimo. No entanto, sabe que para isso acontecer terá que evitar assumir posições de rutura com o Governo, sendo por isso a estabilidade o seu objetivo prioritário.
As suas recentes declarações sobre o potencial impacto dos resultados das eleições autárquicas de 2017 na estabilidade governativa geraram uma polémica indesejada, ao relembrar o fim do governo de Guterres em 2001.
A afetuosa relação entre a Presidência e o Governo ficou assim beliscada, pelo que o Presidente se apressou a justificar tão “despropositado” comentário com base na tradicional leitura nacional dos resultados das eleições autárquicas, garantindo que a maioria está estável e que não acredita que o Governo vá cair.
O otimismo do Presidente só encontra paralelo no otimismo do Primeiro-Ministro, que garante não haver “impossíveis”. Apesar de ser compreensível que alguém com o percurso profissional e político de Costa acredite não haver impossíveis, é difícil fazer os portugueses acreditarem que não é impossível que o futuro seja melhor que o passado e o presente.
O hilariante episódio em que a reforma Simplex do Estado e a futura relação do Estado com os cidadãos foram apresentados como um ato de fé e por isso baseadas na esperança que existam “vacas voadoras”, ilustra bem o elevado nível de exigência da sociedade atual.
O futuro de Portugal está assim entregue à magia da fé, porque apesar de parecer que tudo está a correr mal, não é impossível que tudo acabe bem. Os mercados financeiros, os investidores, a Comissão Europeia, os partidos que apoiam o Governo e os partidos da oposição acabarão por acreditar também.
Neste sentido, basta recordar um slogan publicitário de um banco nacional recentemente falido: “A força de acreditar”, para perceber que certamente faliu porque o símbolo era um Centauro em vez de uma “vaca voadora”. Ou porque não acreditaram com força suficiente.
Mas curiosamente, e apesar do esforço, a vaca que o Primeiro-Ministro apresentou com o Simplex bateu energicamente as asas mas não voou… certamente por falta de otimismo da vaca. Ou será que não basta bater as asas para voar?
PAULO BARRADAS
31.05.2016 às 7h00
Expresso
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