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Mais um factor de erosão da nossa competitividade?
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Mais um factor de erosão da nossa competitividade?
Cem mil euros. Este foi o valor estimado do prejuízo, a nível nacional, por cada dia de greve no porto de Lisboa – que quase ameaçou a sua viabilidade económica – e revela como estas infraestruturas são vitais para a economia de qualquer país.
Num estudo sobre a concorrência no setor portuário, publicado pela Autoridade da Concorrência em julho de 2015, afirmava-se que “é precisamente da importância dos portos para a competitividade internacional das empresas e produtos portugueses que resulta um dos principais contributos da atividade portuária para a criação de riqueza económica e geração de emprego”.
Na comparação com outros meios de transporte, o marítimo é o mais representativo no comércio internacional de mercadorias em Portugal. De acordo com dados divulgados pelo BPI num trabalho sobre a economia do mar no país, divulgado há menos de um ano, afirmava-se que nas entradas, o peso relativo situava-se ao nível de 65% e nas saídas em 58%. A este facto “não é alheio o comércio que o país estabelece com Angola, Brasil e EUA, para além de outros países do continente africano e americano”, referia o mesmo documento.
Os portos são estruturas vitais para a competitividade das empresas portuguesas e qualquer ineficiência portuária – quer ao nível da prestação de serviços quer ao nível da conflitualidade laboral – significa perdas para a economia. A Autoridade da Concorrência refere que um dia adicional de trânsito de mercadorias nos portos “pode reduzir os volumes de mercadoria comercializada em cerca de 1%. Em bens perecíveis ou sensíveis à passagem do tempo, este efeito negativo tenderá a ser significativamente superior”.
Nos últimos anos, os portos portugueses têm ganho relevância quer a nível nacional quer internacional. Em 2013 e 2014 registou-se um aumento significativo da atividade dos portos e, de acordo com dados divulgados pelo jornal Público em abril deste ano, há já 14 anos que, segundo o Banco Mundial, Portugal está entre os países cujos portos merecem nota máxima no ‘ranking’ que avalia anualmente o desempenho logístico de 144 países.
No mais recente Índice de Desempenho Logístico, o nosso país aparecia em 26º lugar, sendo a liderança assumida pela Alemanha e ocupando a Holanda e a Bélgica o 2º e o 3º lugares, respetivamente. A importância estratégica da nossa localização geográfica pode ainda reforçar-se consideravelmente com o alargamento do canal do Panamá (abertura do terceiro jogo de eclusas).
Porém, os conflitos laborais que se têm vivido nos últimos anos no setor portuário, principalmente no porto de Lisboa, ameaçam seriamente a boa performance dos portos portugueses, com carga a ser desviada para portos de outros países – designadamente, de Espanha – e operadores a ameaçarem sair de Lisboa. Em janeiro, a ministra do Mar anunciou que havia paz social nos portos, mas parece ter sido sol de pouca dura...
Espera-se que o acordo alcançado na sexta-feira seja de facto para valer e perdurar. É que as empresas exportadoras, que já enfrentam um abrandamento das exportações para mercados até agora pujantes, e a economia, em geral, só ficam a perder com portos ineficientes.
O autor escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico.
00:05 h
Jorge Jordão, Presidente da Confederação dos Serviços de Portugal
Económico
Num estudo sobre a concorrência no setor portuário, publicado pela Autoridade da Concorrência em julho de 2015, afirmava-se que “é precisamente da importância dos portos para a competitividade internacional das empresas e produtos portugueses que resulta um dos principais contributos da atividade portuária para a criação de riqueza económica e geração de emprego”.
Na comparação com outros meios de transporte, o marítimo é o mais representativo no comércio internacional de mercadorias em Portugal. De acordo com dados divulgados pelo BPI num trabalho sobre a economia do mar no país, divulgado há menos de um ano, afirmava-se que nas entradas, o peso relativo situava-se ao nível de 65% e nas saídas em 58%. A este facto “não é alheio o comércio que o país estabelece com Angola, Brasil e EUA, para além de outros países do continente africano e americano”, referia o mesmo documento.
Os portos são estruturas vitais para a competitividade das empresas portuguesas e qualquer ineficiência portuária – quer ao nível da prestação de serviços quer ao nível da conflitualidade laboral – significa perdas para a economia. A Autoridade da Concorrência refere que um dia adicional de trânsito de mercadorias nos portos “pode reduzir os volumes de mercadoria comercializada em cerca de 1%. Em bens perecíveis ou sensíveis à passagem do tempo, este efeito negativo tenderá a ser significativamente superior”.
Nos últimos anos, os portos portugueses têm ganho relevância quer a nível nacional quer internacional. Em 2013 e 2014 registou-se um aumento significativo da atividade dos portos e, de acordo com dados divulgados pelo jornal Público em abril deste ano, há já 14 anos que, segundo o Banco Mundial, Portugal está entre os países cujos portos merecem nota máxima no ‘ranking’ que avalia anualmente o desempenho logístico de 144 países.
No mais recente Índice de Desempenho Logístico, o nosso país aparecia em 26º lugar, sendo a liderança assumida pela Alemanha e ocupando a Holanda e a Bélgica o 2º e o 3º lugares, respetivamente. A importância estratégica da nossa localização geográfica pode ainda reforçar-se consideravelmente com o alargamento do canal do Panamá (abertura do terceiro jogo de eclusas).
Porém, os conflitos laborais que se têm vivido nos últimos anos no setor portuário, principalmente no porto de Lisboa, ameaçam seriamente a boa performance dos portos portugueses, com carga a ser desviada para portos de outros países – designadamente, de Espanha – e operadores a ameaçarem sair de Lisboa. Em janeiro, a ministra do Mar anunciou que havia paz social nos portos, mas parece ter sido sol de pouca dura...
Espera-se que o acordo alcançado na sexta-feira seja de facto para valer e perdurar. É que as empresas exportadoras, que já enfrentam um abrandamento das exportações para mercados até agora pujantes, e a economia, em geral, só ficam a perder com portos ineficientes.
O autor escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico.
00:05 h
Jorge Jordão, Presidente da Confederação dos Serviços de Portugal
Económico
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