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Afinal, os estivadores tinham razão?
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Afinal, os estivadores tinham razão?
Fazendo contas de merceeiro, sem qualquer desprimor para a classe, chega-se à conclusão de que as longas greves dos estivadores do Porto de Lisboa não fizeram qualquer sentido para a economia nacional. Dando de barato que, cada dia em que os barcos não descarregavam ou carregavam as mercadorias que ali chegavam, os operadores perdiam 100 mil euros por dia, como foi então possível deixar este conflito prolongar-se por tantos anos quando um dos pontos centrais era um ordenado mínimo – e penso que muito justo – de 850 euros?
Se as contas agora apresentadas se resumem a esse indicador, é fácil concluir que os estivadores tinham toda a razão. É óbvio que se a atividade portuária desse prejuízo, seria lógico que os responsáveis pelo porto não quisessem aumentar o salário mínimo. Como não é assim e a profissão não é das mais fáceis, parece-me legítimo que os atuais trabalhadores se recusassem a aceitar a concorrência de novos empregados com remunerações bem mais baixas.
Não acredito que esta fixação de uma remuneração mínima, com a bênção do governo, torne inviável a atividade portuária, pois se assim fosse seria um sinal de que alguém caminhou em direção ao abismo e deu um passo em frente. Acho mesmo muito estranho que estas longas guerras, que têm mais de dez anos, se devessem ao tal salário de 850 euros. Pelo que foi escrito, o número de estivadores do Porto de Lisboa não chega aos 400 e entre o valor agora acertado e o salário mínimo falamos de uma verba que ronda os 350 euros por cada novo trabalhador, já que os atuais não devem ganhar menos do que agora foi aprovado.
Posto isto, justificou-se perder tanto dinheiro e descredibilizar completamente o Porto de Lisboa? Justificou--se mandar a Força Aérea levar medicamentos às ilhas? Como digo, fazendo contas de merceeiro, esta guerra foi um pequeno escândalo. A não ser que haja outras “contas” que desconheço e que expliquem a razão de os sucessivos governos e administrações do Porto de Lisboa não terem cedido às exigências dos estivadores.
02/06/2016
Vítor Rainho
vitor.rainho@newsplex.pt
Jornal i
Se as contas agora apresentadas se resumem a esse indicador, é fácil concluir que os estivadores tinham toda a razão. É óbvio que se a atividade portuária desse prejuízo, seria lógico que os responsáveis pelo porto não quisessem aumentar o salário mínimo. Como não é assim e a profissão não é das mais fáceis, parece-me legítimo que os atuais trabalhadores se recusassem a aceitar a concorrência de novos empregados com remunerações bem mais baixas.
Não acredito que esta fixação de uma remuneração mínima, com a bênção do governo, torne inviável a atividade portuária, pois se assim fosse seria um sinal de que alguém caminhou em direção ao abismo e deu um passo em frente. Acho mesmo muito estranho que estas longas guerras, que têm mais de dez anos, se devessem ao tal salário de 850 euros. Pelo que foi escrito, o número de estivadores do Porto de Lisboa não chega aos 400 e entre o valor agora acertado e o salário mínimo falamos de uma verba que ronda os 350 euros por cada novo trabalhador, já que os atuais não devem ganhar menos do que agora foi aprovado.
Posto isto, justificou-se perder tanto dinheiro e descredibilizar completamente o Porto de Lisboa? Justificou--se mandar a Força Aérea levar medicamentos às ilhas? Como digo, fazendo contas de merceeiro, esta guerra foi um pequeno escândalo. A não ser que haja outras “contas” que desconheço e que expliquem a razão de os sucessivos governos e administrações do Porto de Lisboa não terem cedido às exigências dos estivadores.
02/06/2016
Vítor Rainho
vitor.rainho@newsplex.pt
Jornal i
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