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“Engolir sapos!”
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“Engolir sapos!”
Para quem, ao ler esta minha forma de partilha de visão da nossa realidade, sentiu estranheza perante a expressão utilizada, vou mudar o título deste artigo para “Será que sabe lidar com críticas na sua vida profissional?”.
Agora que a mensagem deste artigo ficou um pouco mais clara, pode ser que muita gente tenha uma resposta na ponta da língua: “claro que sim!”; “diariamente o faço!”; “quem na vida nunca teve que engolir sapos?”. A expressão “engolir sapos” remonta à antiga Roma onde os cidadãos que não se sentiam à vontade com as ordens do imperador Júlio César tinham de as seguir à risca.
No nosso dia normal de trabalho, existe um conjunto de problemas para enfrentarmos e resolvermos a fim de podermos alcançar os nossos objetivos profissionais ou pessoais. Desta forma, necessariamente, temos de “engolir sapos”, principalmente nas situações em que a crítica é feita de forma injusta, contrária à nossa posição ou até mesmo com o intuito de nos prejudicar, mas que é condição “sine qua non” para o sucesso.
Com quem assistimos a estas situações? Será com o nosso chefe, pessoa por quem não nutrimos bons sentimentos, mas perante quem temos de ser cordiais e responder “sim” a tudo o que determine, só porque ele é o chefe? Poderá ser com um funcionário nosso, problemático, com quem temos de lidar com todo o cuidado para não causarmos um problema ainda maior e gerarmos um boicote na nossa empresa? Poderá ainda ser com aquela pessoa, cliente ou fornecedora de serviços, com quem temos de saber laborar para não criarmos problemas comerciais?
Um outro aspeto será a realização de tarefas que vão contra os nossos desejos, valores ou crenças e que nos fazem vivenciar sensações de falta de liberdade, de direitos ou de coragem para respondermos à altura, perante uma determinada solicitação inadequada ou até mesmo uma humilhação. No trabalho, tal como em outras vertentes do nosso dia-a-dia, é fundamental desenvolvermos “tato”, ou seja, é preciso percebermos se a cultura da empresa ou serviço permite que o nível de comunicação entre o líder ou chefe e os seus colaboradores os obrigam a “engolir o sapo”. Normalmente, esse tipo de decisão provém do nível de ameaça que se percebe no ambiente. Porém, sentir-se coagido a não ser assertivo pode provocar doenças. Entre estas, temos gastrite, depressão e problemas afetivos, que, para além de gerarem angústia, diminuição da autoestima e frustração, poderão conduzir-nos ao nosso limite!
Um exemplo real e motivador deste artigo, prendeu-se com uma chamada de um amigo, hoje, que me revelou ter sido convidado a assumir um cargo importante numa instituição pública, que aceitou de imediato. No seu primeiro dia de trabalho, os colegas deram-lhe os bons dias, revelando-lhe que seria muito difícil suportar o presidente da referida instituição. A resposta do meu amigo foi pronta: “aceitei, sim, pois sei engolir sapos e até uma lagoa, se for preciso, para atingir os meus objetivos. A minha passagem por esta instituição será uma excelente oportunidade para eu poder testar o meu grau de encaixe com as pessoas, concretizando algo produtivo nesta instituição centenária”.
Esta resposta imediata e positiva do meu amigo pode servir de exemplo para nós! Ao contrário de tentarmos fugir de uma situação menos boa, que possa surgir no nosso caminho e desta forma impedir ou limitar a nossa caminhada em busca dos nossos objetivos, devemos assumir uma atitude positiva, ainda que a nossa decisão possa parecer uma loucura para aquelas pessoas que nos acompanham no dia-a-dia.
Perceba o que quer e onde quer chegar! Depois, com estas questões clarificadas, posicione-se de maneira efetiva sem sofrer ou sacrificar os seus próprios valores. É preciso desenvolver três competências, bem como usá-las a seu favor: a capacidade de controlar o seu comportamento no seu ambiente de trabalho; a inteligência emocional, ou seja, a capacidade de perceber, ajustar e reconhecer os seus próprios sentimentos e os dos outros; a competência técnica e o seu papel na empresa. Depois, esteja preparado(a) para ser mais assertivo ainda que tenha que “engolir alguns sapos”!
João Miguel Freitas Médico
Diário de Notícias da Madeira
Domingo, 5 de Junho de 2016
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