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Petróleo no meu Algarve? Não, obrigado
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Petróleo no meu Algarve? Não, obrigado
Não quero entrar nas lutas políticas, pessoais ou processuais. Quem adjudicou o quê, em que data e a quem. Li com atenção as respostas do anterior Ministro da tutela, Jorge Moreira da Silva, no artigo que escreveu e em que procurou explicar todo o procedimento legal.
No entanto, a questão é maior do que a lisura dos processos e tem um impacto muito relevante, a vários níveis. Todos entendemos que precisamos de fontes de energia para fazer andar uma economia extremamente dependente como a nossa. O mundo é hoje uma manta de retalhos de guerras, bastantes delas por causa da ganância dos recursos entre os quais o “ouro negro”.
Apesar do interesse económico de fazer prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural) em terra e no oceano, ao largo da costa algarvia, temos de ponderar os riscos e medir bem os seus custos. Num sector propenso a risco elevado como é a exploração petrolífera onshore e particularmente offshore, basta recordar o que aconteceu nos EUA, com o incidente Deepwater Horizon no Golfo do México, para podermos ter como cenário possível um grave atentado a uma região que tem outro petróleo: o turismo. E esse crude é a base de uma região com excelentes condições geográficas e climatéricas. É um Algarve único, a que acorrem cada vez mais turistas, sobretudo quando os destinos alternativos estão em zonas do globo sob tensão, com conflitos de variada ordem.
Se há algo que o Algarve tem é potencial para exploração de outras fontes de energia. E não, não é um “conto de fadas verde” para contrapor ao “papão” da indústria petrolífera. E o Mar? Essa eterna promessa que não sai das Comissões Estratégicas e do estupor dos Gabinetes e Direcções-Gerais? Porque não é aproveitada a energia das Ondas e Marés? Ou então aproveitar a Serra do Caldeirão? E o grande número de horas de sol do Sul de Portugal potenciando a energia solar? É um leigo que escreve, mas é um algarvio que ama e defende a sua terra.
Bem sei que hoje os equipamentos utilizados pelas empresas do sector petrolífero são de ponta e que o planeamento é o mais rigoroso possível. Não obstante, os acidentes podem acontecer, como infelizmente nos demonstrou o passado recente, sendo possível matar toda uma costa repleta de biodiversidade, prejudicar gravemente actividades humanas como a pesca e o muito relevante turismo.
O grande investimento no presente do Algarve é nos serviços e nos recursos humanos. Na criação de uma cultura de turismo sénior, procurando também subir na cadeia de valor, mas também criando outras alternativas no campo. É uma região única. Digo muitas vezes, em tom de brincadeira, que se a Serra do Caldeirão tivesse mais mil metros em cima, teríamos neve e estâncias para ski. Seria uma região com um mix perfeito.
Não estraguem o que de bom temos, que deve ser valorizado, ao fazer perigar uma “galinha dos ovos de ouro” numa busca de proveitos com custos incertos. O nosso Mar, a nossa praia, a nossa areia e o nosso cheiro. Quem faz aquela A2, chega às portagens e abre o vidro, recebe aquele cheiro único e característico. O cheiro acolhedor do Algarve, que a todos os que o buscam procura bem receber.
Não há milhão futuro que pague a riqueza de hoje. Podem não querer ajudar, mas ao menos não estraguem. Já diz a sabedoria popular “Não deixes o certo pelo duvidoso”.
DIOGO AGOSTINHO
13.06.2016 às 7h006
Expresso
No entanto, a questão é maior do que a lisura dos processos e tem um impacto muito relevante, a vários níveis. Todos entendemos que precisamos de fontes de energia para fazer andar uma economia extremamente dependente como a nossa. O mundo é hoje uma manta de retalhos de guerras, bastantes delas por causa da ganância dos recursos entre os quais o “ouro negro”.
Apesar do interesse económico de fazer prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural) em terra e no oceano, ao largo da costa algarvia, temos de ponderar os riscos e medir bem os seus custos. Num sector propenso a risco elevado como é a exploração petrolífera onshore e particularmente offshore, basta recordar o que aconteceu nos EUA, com o incidente Deepwater Horizon no Golfo do México, para podermos ter como cenário possível um grave atentado a uma região que tem outro petróleo: o turismo. E esse crude é a base de uma região com excelentes condições geográficas e climatéricas. É um Algarve único, a que acorrem cada vez mais turistas, sobretudo quando os destinos alternativos estão em zonas do globo sob tensão, com conflitos de variada ordem.
Se há algo que o Algarve tem é potencial para exploração de outras fontes de energia. E não, não é um “conto de fadas verde” para contrapor ao “papão” da indústria petrolífera. E o Mar? Essa eterna promessa que não sai das Comissões Estratégicas e do estupor dos Gabinetes e Direcções-Gerais? Porque não é aproveitada a energia das Ondas e Marés? Ou então aproveitar a Serra do Caldeirão? E o grande número de horas de sol do Sul de Portugal potenciando a energia solar? É um leigo que escreve, mas é um algarvio que ama e defende a sua terra.
Bem sei que hoje os equipamentos utilizados pelas empresas do sector petrolífero são de ponta e que o planeamento é o mais rigoroso possível. Não obstante, os acidentes podem acontecer, como infelizmente nos demonstrou o passado recente, sendo possível matar toda uma costa repleta de biodiversidade, prejudicar gravemente actividades humanas como a pesca e o muito relevante turismo.
O grande investimento no presente do Algarve é nos serviços e nos recursos humanos. Na criação de uma cultura de turismo sénior, procurando também subir na cadeia de valor, mas também criando outras alternativas no campo. É uma região única. Digo muitas vezes, em tom de brincadeira, que se a Serra do Caldeirão tivesse mais mil metros em cima, teríamos neve e estâncias para ski. Seria uma região com um mix perfeito.
Não estraguem o que de bom temos, que deve ser valorizado, ao fazer perigar uma “galinha dos ovos de ouro” numa busca de proveitos com custos incertos. O nosso Mar, a nossa praia, a nossa areia e o nosso cheiro. Quem faz aquela A2, chega às portagens e abre o vidro, recebe aquele cheiro único e característico. O cheiro acolhedor do Algarve, que a todos os que o buscam procura bem receber.
Não há milhão futuro que pague a riqueza de hoje. Podem não querer ajudar, mas ao menos não estraguem. Já diz a sabedoria popular “Não deixes o certo pelo duvidoso”.
DIOGO AGOSTINHO
13.06.2016 às 7h006
Expresso
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