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O futuro do jornalismo: um jornalismo self-service?
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O futuro do jornalismo: um jornalismo self-service?
Num livro sobre redes sociais e movimentos de indignação, Manuel Castells analisa o fenómeno: do movimento Occupy às primaveras no mundo árabe, aquelas redes atuaram como forma de compartilhar dores e esperanças, conectar as pessoas e conceber projetos a partir de múltiplas fontes, com mais ou menos significado e consistência, dando forma à utopia das utopias e, nalguns casos, a um grande nada. Na segurança do ciberespaço, esse não lugar, os indivíduos uniram-se, desejosos de forjar e reconstruir a história.
Por cá, já nos vamos habituando, no conforto do sofá, da secretária ou até nas paragens do trânsito, num rápido check no “Face”, às “ondas de indignação nas redes sociais”. Quase todos os dias pela fresca ou depois do treino no ginásio, mentes articuladas, “em rede”, procuram preencher o vazio cultural e a desesperança pessoal com uma espécie de intervenção social, forjando falsas questões morais. São os trunfos pós-modernos de uma espécie de democracia direta contra o mundo. Todos vivemos melhor depois de vertermos uma lágrima pela cadela da atriz Maria João Bastos ou de nos revoltarmos com as declarações de José Cid. A semana passada lia nos jornais sobre a indignação da semana: a taróloga que aconselhou uma vítima de violência doméstica a mimar o marido. No caso de José Cid, o “Público” avançava que o Facebook o “punia”.
A importância crescente das redes levanta várias questões, entre elas o futuro do jornalismo. Atuando como uma nova espécie de democracia direta, as redes geraram um jornalismo self-service ou wash-and-go que abandonou o papel de intermediador entre o cidadão e a realidade dos factos e passou a ter por referência a triagem dos factos da realidade dos utilizadores do Facebook. Veja-se a notícia, na semana passada, dada como novidade pelo “Observador” sobre o navio Bom Jesus, uma notícia já com oito anos, mas ressuscitada naquela semana pelas redes.
Blogger. Escreve à terça-feira
14/06/2016
Graça Canto Moniz
opiniao@newsplex.pt
Jornal
Por cá, já nos vamos habituando, no conforto do sofá, da secretária ou até nas paragens do trânsito, num rápido check no “Face”, às “ondas de indignação nas redes sociais”. Quase todos os dias pela fresca ou depois do treino no ginásio, mentes articuladas, “em rede”, procuram preencher o vazio cultural e a desesperança pessoal com uma espécie de intervenção social, forjando falsas questões morais. São os trunfos pós-modernos de uma espécie de democracia direta contra o mundo. Todos vivemos melhor depois de vertermos uma lágrima pela cadela da atriz Maria João Bastos ou de nos revoltarmos com as declarações de José Cid. A semana passada lia nos jornais sobre a indignação da semana: a taróloga que aconselhou uma vítima de violência doméstica a mimar o marido. No caso de José Cid, o “Público” avançava que o Facebook o “punia”.
A importância crescente das redes levanta várias questões, entre elas o futuro do jornalismo. Atuando como uma nova espécie de democracia direta, as redes geraram um jornalismo self-service ou wash-and-go que abandonou o papel de intermediador entre o cidadão e a realidade dos factos e passou a ter por referência a triagem dos factos da realidade dos utilizadores do Facebook. Veja-se a notícia, na semana passada, dada como novidade pelo “Observador” sobre o navio Bom Jesus, uma notícia já com oito anos, mas ressuscitada naquela semana pelas redes.
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Graça Canto Moniz
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