Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 41 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 41 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
A transição
Página 1 de 1
A transição
Metade das empresas do principal índice bolsista espanhol, o Ibex 35, tem ex-políticos nos seus conselhos de administração. Da ministra da Economia de Felipe González, Elena Salgado (na Abertis), ao ex-eurodeputado do PP Marcelino Oreja Arburúa (na Enagás), há 36 ex-governantes na folha de pagamentos das maiores companhias espanholas. Em Portugal, a percentagem é significativamente menor (tal como o volume das empresas), mas nem por isso a passagem da experiência governativa para a vida empresarial é vista com melhores olhos. Dos Estados Unidos à Austrália, passando por todos os países europeus, a discussão é recorrente. No entanto, ainda não se conseguiu tomar a decisão de assumir que os políticos têm de ficar fora das empresas ou aceitar de uma vez que esta passagem é natural. Mesmo que sejam respeitados os períodos de nojo e as condições impostas para evitar que alguém esteja num dia a decidir como deve funcionar um setor económico e no seguinte a trabalhar numa empresa dessa área, há sempre o argumento do costume: sim, é legal, mas não está certo, não é bonito. E aponta-se falhas éticas, denuncia-se pretensos favorecimentos, revela-se relações de trabalho promíscuas. Imunes ao debate, as empresas continuam no mercado à procura de ex-políticos para contratar. Segundo um estudo da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, a entrada de um ex-governante para um cargo de liderança de uma companhia privada é capaz de produzir pequenos milagres como provocar uma valorização média de 3,6 pontos percentuais nas ações. Os autores, Reza Houston e Stephen Ferris, que analisaram durante 15 anos o percurso de mais de 300 antigos senadores, ministros, deputados e gestores públicos, concluíram também que o valor criado para a empresa é muito maior do que a mais-valia gerada por um gestor privado para o setor público quando faz o percurso inverso. Enquanto houver resultados, o setor privado há de continuar a aliciar ex-políticos - e sendo a remuneração no serviço púbico uma fração do que se paga nas empresas, eles continuarão a aceitar fazer a transição.
Editorial
20 DE JUNHO DE 2016
00:00
Joana Petiz
Diário de Notícias
Editorial
20 DE JUNHO DE 2016
00:00
Joana Petiz
Diário de Notícias
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin