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Que liderança para o Norte?
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Que liderança para o Norte?
No momento presente, caracterizado por uma conhecida complexidade e turbulência da envolvente global, a difícil e instável conjuntura europeia e nacional exigem um olhar diferente, mesmo ao nível local.
O atual cenário a que se assiste na Europa pode abalar a sua coesão e mesmo a sua sustentação. Do lado Norte da Europa, a possibilidade do "Brexit" é sinónimo de saída da União Europeia, podendo pôr em causa não apenas a coesão do Reino Unido, mas ser também a semente para a fragmentação de outros países. Em contraste, os países da Europa do Sul têm vindo a convergir nas suas posições, tendo como denominador comum as questões de natureza orçamental e a defesa contra as sanções europeias por deficit excessivo. Como facilmente de depreende pelas opiniões de vários responsáveis europeus, este é mais um tema de contrastes, independentemente da origem política dos intervenientes.
Se olharmos para o cenário português, existem também contrastes de geometria variável. O Norte, tal como o país, tem sido pautado por uma redução da sua atividade económica, do emprego e, consequentemente, do bem-estar das populações. A crise económica, com sinais mais marcantes desde 2011, marcou o final da tendência de convergência económica com os padrões médios da União Europeia, revelando, ao mesmo tempo, que o país tinha adotado políticas erradas no passado e que a todo o custo devem ser evitadas.
Numa altura em que se avizinham mudanças na liderança da CCDR-N por razões públicas conhecidas, o Norte volta a encontrar-se numa encruzilhada, sendo oportuno uma reflexão crítica sobre a estratégia de desenvolvimento. Os indicadores mostram que no seu conjunto é uma região policêntrica pautada por fenómenos de crescente litoralização e metropolitanização, contrastando com o crescente esvaziamento dos territórios de baixa densidade. Este dualismo estrutural tem vindo a acentuar-se, em que a região urbana metropolitana contrasta com as áreas rurais, profundamente marcadas pelo envelhecimento e o êxodo populacional.
Neste quadro, o Futuro da Região exige potenciar a conhecida tradição industrial e empreendedora, associada a um forte vocação exportadora, recentrando a região numa trajetória de crescimento, o que significa puxar pelo desenvolvimento do país. Acresce ainda a necessidade de apostar, de forma estruturada e persistente, na massa crítica científica e tecnológica instalada nos domínios da estratégia de especialização inteligente.
O futuro do Norte convoca ao desenvolvimento de novas dinâmicas que ultrapassem a fragmentação e dispersão temática das entidades regionais do sistema científico e tecnológico, envolvendo programas integrados de I&D. Estes programas devem estar alinhados com as necessidades de formação avançada e com as questões da economia do território, ultrapassando o insuficiente investimento empresarial em inovação.
O exercício de políticas adequadas para o território convoca para a necessidade de liderança lúcida, pró-ativa e conhecedora da complexidade, das fraquezas, mas também das oportunidades do território no seu todo.
Caso contrário, assume o risco de correr de forma isolada e agravar a divisão da região, com potencial efeito nefasto no desenvolvimento do país, como um todo mais dinâmico e coeso.
REITOR DA UTAD
António Fontainhas Fernandes
Hoje às 00:00, atualizado às 00:15
Jornal de Notícias
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