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A verdadeira questão
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A verdadeira questão
Devido à obsessão com a restrição orçamental, o atraso na resolução da crise do sistema financeiro português e a utopia de se pretender mudar, num dia, uma Europa que leva tempo a seguir um novo rumo, pouco ou nada se faz em termos de reformas estruturais da economia portuguesa.
Para muitos, a grande questão com que nos confrontamos é a da restrição orçamental – a curto e a longo prazos –, a qual dificultaria a implementação de políticas macroeconómicas expansionistas. A rigidez da Comissão Europeia, ao impor sanções a Portugal, complexificaria, ainda mais, esta problemática.
E, de facto, a necessidade de redução da despesa pública produz um efeito contracionista na economia, "ceteris paribus".
Para outros, porventura, mais esclarecidos, a grande questão que se coloca, no imediato, é a da crise do nosso sector financeiro, tornando-se indispensável recapitalizar algumas instituições de crédito (a começar pela CGD) e solucionar a situação existente no Novo Banco.
E, de facto, a resolução dos problemas existentes no nosso sistema financeiro apresenta-se ainda mais premente do que a negociação com a Comissão Europeia do Orçamento para 2017.
Finalmente, para uma terceira categoria de analistas, a grande questão existente tem que ver com a necessidade de se reformar a Europa, tornando-a mais solidária e aprofundando-se o processo integracionista.
E, de facto, sem se aprofundar a União Bancária, reforçar o Orçamento Europeu, avançar no sentido da mutualização da dívida e de uma coordenação de políticas económicas, a UE não terá, muito provavelmente, um grande futuro.
Mas, a verdadeira questão está no facto de, por causa da obsessão com a restrição orçamental, do atraso na resolução da crise do sistema financeiro português e da utopia de se pretender mudar, num dia, uma Europa que leva tempo a seguir um novo rumo, pouco ou nada se fazer em termos de reformas estruturais da economia portuguesa. E não existe o engenho e a arte de se ser inovador, de se ser criativo, de se procurar melhorar, de forma significativa, as nossas vantagens competitivas dinâmicas. Isto quando se trata de uma questão de sobrevivência coletiva.
Tudo serve de pretexto para adiar o inadiável.
É um pouco como aquele aluno, que estando confrontado com dificuldades (que indiscutivelmente existem, limitando a sua capacidade interventora) as utiliza como argumento para a sua inépcia, que o mesmo é dizer, para o seu insucesso. Nem mais, nem menos...
O autor escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico.
00:05 h
António Rebelo de Sousa, Economista
Económico
Para muitos, a grande questão com que nos confrontamos é a da restrição orçamental – a curto e a longo prazos –, a qual dificultaria a implementação de políticas macroeconómicas expansionistas. A rigidez da Comissão Europeia, ao impor sanções a Portugal, complexificaria, ainda mais, esta problemática.
E, de facto, a necessidade de redução da despesa pública produz um efeito contracionista na economia, "ceteris paribus".
Para outros, porventura, mais esclarecidos, a grande questão que se coloca, no imediato, é a da crise do nosso sector financeiro, tornando-se indispensável recapitalizar algumas instituições de crédito (a começar pela CGD) e solucionar a situação existente no Novo Banco.
E, de facto, a resolução dos problemas existentes no nosso sistema financeiro apresenta-se ainda mais premente do que a negociação com a Comissão Europeia do Orçamento para 2017.
Finalmente, para uma terceira categoria de analistas, a grande questão existente tem que ver com a necessidade de se reformar a Europa, tornando-a mais solidária e aprofundando-se o processo integracionista.
E, de facto, sem se aprofundar a União Bancária, reforçar o Orçamento Europeu, avançar no sentido da mutualização da dívida e de uma coordenação de políticas económicas, a UE não terá, muito provavelmente, um grande futuro.
Mas, a verdadeira questão está no facto de, por causa da obsessão com a restrição orçamental, do atraso na resolução da crise do sistema financeiro português e da utopia de se pretender mudar, num dia, uma Europa que leva tempo a seguir um novo rumo, pouco ou nada se fazer em termos de reformas estruturais da economia portuguesa. E não existe o engenho e a arte de se ser inovador, de se ser criativo, de se procurar melhorar, de forma significativa, as nossas vantagens competitivas dinâmicas. Isto quando se trata de uma questão de sobrevivência coletiva.
Tudo serve de pretexto para adiar o inadiável.
É um pouco como aquele aluno, que estando confrontado com dificuldades (que indiscutivelmente existem, limitando a sua capacidade interventora) as utiliza como argumento para a sua inépcia, que o mesmo é dizer, para o seu insucesso. Nem mais, nem menos...
O autor escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico.
00:05 h
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