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Férias de culto em modo hippie, aí vamos nós
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Férias de culto em modo hippie, aí vamos nós
Alugar uma carrinha pão de forma ou uma autocaravana e desbravar o País é um programa cada vez mais apetecível para portugueses e estrangeiros. Este verão, solte o hippie que há em si
Se, antigamente, ir de férias numa autocaravana podia ser visto como algo popularucho, com o passar do tempo tornou-se uma opção chique. Que o diga Ricardo Martins, 38 anos, dono da West Coast Campers, que nos últimos cinco anos assinou 1 400 contratos de aluguer de carrinhas comerciais adaptadas, que na legislação se chamam autovivendas. “Sempre fiz surf, e com 18 anos levava um garrafão de água para tomar banho e um colchão no carro para pernoitar na praia com os amigos”, recorda.
As viagens curtas evoluíram para fins de semana na Costa Vicentina, até que há sete anos, depois de um mês de férias na Nova Zelândia, dentro de uma autocaravana, começou a magicar a ideia de explorar Portugal numa “casa com rodas”, como define Ricardo, “sem estar limitado ao hotel com vista para a piscina”.
A empresa cresceu. Hoje, os 14 veículos dividem-se em dez de uma gama low cost, direcionada para a malta do surf, sem grandes mordomias e que obriga a dormir no parque de campismo. A novidade deste ano: a gama premium, já com água quente, painel solar, casa de banho completa e sala de estar para cinco pessoas.
Se ao início os principais clientes eram grupos de surfistas, agora já há casais em lua de mel, seniores que alugam durante um mês e famílias que fazem caminhadas, observação de aves e provas de vinhos pelo País. São da Costa Rica, Alemanha, Holanda, Inglaterra, França. E alguns de Portugal, estes em menor número) – por falta de dinheiro, na opinião de Ricardo Martins. “Entre gastar 55 euros por dia no inverno e 130 no verão, os portugueses comparam apenas com o custo do hotel, pois carro já têm.”
VEJA AS FOTOS E INSPIRE-SE:
Símbolo de paz e de liberdade muito ligado ao movimento hippie, a carrinha da Volkswagen de 1950 continua a ser a imagem de marca dos surfistas de prancha debaixo do braço. “Mais do que uma tendência, ir de férias numa pão de forma é um culto já com muitos anos, um pouco por toda a parte”, diz Manuel Moura, 37 anos, dono da Surf in Portugal, empresa de aluguer de carrinhas – que, até ter comprado a primeira, nunca tinha entrado numa. O culto adensou-se ainda mais, no fim de 2013, quando a obrigatoriedade de estes veículos terem travões ABS e airbag dianteiro ditou o fim da produção do Bay Window, o último modelo que ainda era fabricado no Brasil. A tudo isto, junta-se o regresso do vintage e um certo lifestyle associado.
A Surf in Portugal nasceu em plena crise. Em 2009, Manuel Moura deslumbrou-se com uma T1 de 1969, primeiro modelo da marca alemã, a que chamou Stacey. Na altura, gastou 17 mil euros, e a pão de forma, que só tinha três lugares à frente, ficou equipada com geleira, lava-loiça, fogão, conjunto completo de cozinha, kit de casa de banho, chuveiro de campismo e cama para dois. “Somos a única frota de carrinhas Volkswagen T1 do mundo”, assegurou Manuel, ao apresentar a ideia ao Turismo de Portugal, candidatando-se a um apoio financeiro. Começou com uma e agora já são seis, batizadas com nomes como Eleanor, Veronica ou Dorothy, todas com histórias ficcionadas.
É entre junho e setembro que vem a maior parte dos clientes: 70% estrangeiros (alemães, ingleses e franceses) e 30% portugueses. Em quatro anos já tiveram mil pessoas a desbravar, sobretudo, a costa alentejana. Têm entre 25 e 45 anos e, apesar de nem todos fazerem surf, “sentem uma ligação especial com a praia e o mar”. Ficam entre sete e dez dias, em média, e pagam até 1475 euros (10 dias). “Aviso-os sempre que só podem fazer 150 quilómetros por dia, a 85 km/h no máximo. São veículos com quase 60 anos, sem ar condicionado, ideais para conduzir pela fresca e desfrutar da paisagem”, explica Manuel Moura. A gastar 12 litros de gasolina aos 100 km, torna-se uma viagem lenta e cara, mas que pode bem ser a experiência de um belo verão.
SÓNIA CALHEIROS
29.07.2016 às 19h25
Revista Visão
Se, antigamente, ir de férias numa autocaravana podia ser visto como algo popularucho, com o passar do tempo tornou-se uma opção chique. Que o diga Ricardo Martins, 38 anos, dono da West Coast Campers, que nos últimos cinco anos assinou 1 400 contratos de aluguer de carrinhas comerciais adaptadas, que na legislação se chamam autovivendas. “Sempre fiz surf, e com 18 anos levava um garrafão de água para tomar banho e um colchão no carro para pernoitar na praia com os amigos”, recorda.
As viagens curtas evoluíram para fins de semana na Costa Vicentina, até que há sete anos, depois de um mês de férias na Nova Zelândia, dentro de uma autocaravana, começou a magicar a ideia de explorar Portugal numa “casa com rodas”, como define Ricardo, “sem estar limitado ao hotel com vista para a piscina”.
A empresa cresceu. Hoje, os 14 veículos dividem-se em dez de uma gama low cost, direcionada para a malta do surf, sem grandes mordomias e que obriga a dormir no parque de campismo. A novidade deste ano: a gama premium, já com água quente, painel solar, casa de banho completa e sala de estar para cinco pessoas.
Se ao início os principais clientes eram grupos de surfistas, agora já há casais em lua de mel, seniores que alugam durante um mês e famílias que fazem caminhadas, observação de aves e provas de vinhos pelo País. São da Costa Rica, Alemanha, Holanda, Inglaterra, França. E alguns de Portugal, estes em menor número) – por falta de dinheiro, na opinião de Ricardo Martins. “Entre gastar 55 euros por dia no inverno e 130 no verão, os portugueses comparam apenas com o custo do hotel, pois carro já têm.”
VEJA AS FOTOS E INSPIRE-SE:
Símbolo de paz e de liberdade muito ligado ao movimento hippie, a carrinha da Volkswagen de 1950 continua a ser a imagem de marca dos surfistas de prancha debaixo do braço. “Mais do que uma tendência, ir de férias numa pão de forma é um culto já com muitos anos, um pouco por toda a parte”, diz Manuel Moura, 37 anos, dono da Surf in Portugal, empresa de aluguer de carrinhas – que, até ter comprado a primeira, nunca tinha entrado numa. O culto adensou-se ainda mais, no fim de 2013, quando a obrigatoriedade de estes veículos terem travões ABS e airbag dianteiro ditou o fim da produção do Bay Window, o último modelo que ainda era fabricado no Brasil. A tudo isto, junta-se o regresso do vintage e um certo lifestyle associado.
A Surf in Portugal nasceu em plena crise. Em 2009, Manuel Moura deslumbrou-se com uma T1 de 1969, primeiro modelo da marca alemã, a que chamou Stacey. Na altura, gastou 17 mil euros, e a pão de forma, que só tinha três lugares à frente, ficou equipada com geleira, lava-loiça, fogão, conjunto completo de cozinha, kit de casa de banho, chuveiro de campismo e cama para dois. “Somos a única frota de carrinhas Volkswagen T1 do mundo”, assegurou Manuel, ao apresentar a ideia ao Turismo de Portugal, candidatando-se a um apoio financeiro. Começou com uma e agora já são seis, batizadas com nomes como Eleanor, Veronica ou Dorothy, todas com histórias ficcionadas.
É entre junho e setembro que vem a maior parte dos clientes: 70% estrangeiros (alemães, ingleses e franceses) e 30% portugueses. Em quatro anos já tiveram mil pessoas a desbravar, sobretudo, a costa alentejana. Têm entre 25 e 45 anos e, apesar de nem todos fazerem surf, “sentem uma ligação especial com a praia e o mar”. Ficam entre sete e dez dias, em média, e pagam até 1475 euros (10 dias). “Aviso-os sempre que só podem fazer 150 quilómetros por dia, a 85 km/h no máximo. São veículos com quase 60 anos, sem ar condicionado, ideais para conduzir pela fresca e desfrutar da paisagem”, explica Manuel Moura. A gastar 12 litros de gasolina aos 100 km, torna-se uma viagem lenta e cara, mas que pode bem ser a experiência de um belo verão.
SÓNIA CALHEIROS
29.07.2016 às 19h25
Revista Visão
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