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A ausência de avaliação
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A ausência de avaliação
O exercício profissional da enfermagem na realidade atual não é devidamente compensado nem é valorizado
A região dispõe de onze centros de saúde concelhios com varias valências, mais algumas dezenas de centros de saúde locais, uns a funcionar diariamente, outros a funcionar alternadamente durante a semana de acordo com as necessidades em cuidados de saúde da população local. A região dispõe ainda de três unidades hospitalares requerendo elevados recursos técnicos e humanos com avultados meios financeiros, entre outras instalações e diversos equipamentos.
O Serviço regional de saúde transformou-se em 2003 numa entidade publica empresarial juntando duas áreas complementares, os hospitais e os cuidados primários de saúde. Este estatuto traçou muitos objetivos que continuam por concretizar. Uma das recomendações antecipava que os responsáveis pelo serviço regional de saúde procedessem à realização de avaliações periódicas a fim de evitar constrangimentos e se possível quantificar os benefícios. Até ao presente não é conhecida qualquer avaliação oficial ao serviço regional de saúde, enquanto EPE, pelo que é legítimo questionar, se houve ou não ganhos para a população da região, se há ou não melhores indicadores de saúde, que metas foram atingidas e quais os resultados alcançados, que comparação é possível fazer com o modelo anterior, qual a real situação do SESARAM, EPE?
Perante este desconhecimento geral e sem um profícuo debate com os vários protagonistas sobre o futuro do serviço regional de saúde, qualquer reforma tende a ser uma copia imperfeita de outras realidades e modelos, que não se compagina com a realidade regional, aumentando as probalidades de insucesso.
Esta contingência é tanto mais evidente quando um dos principais grupos profissionais que todos os dias mais investe na profissão e nos serviços não é correspondido, nem são plenamente aproveitas as diferenciadas capacidades de intervenção e participação que detêm, os enfermeiros.
Os fins sociais que os cidadãos esperam dos serviços de saúde não são compatíveis com as repercussões decorrentes desta situação, ou seja, a falta de enfermeiros a segregação do seu papel traduz-se no aumento das respostas às necessidades básicas dos cidadãos, á desumanização dos cuidados, a constrangimentos e degradação dos serviços, representando um desperdício de conhecimentos e competências com impacto social e económico devastador para os serviços de saúde.
O exercício profissional da enfermagem na realidade atual não é devidamente compensado nem é valorizado, como um recurso valioso no sistema de saúde. Independentemente do contexto, o exercício profissional merece as melhores condições, para prosseguir o notável trabalho que todos os dias é desenvolvido pelos enfermeiros nos serviços e junto dos cidadãos.
Ao alterar a estrutura dos cuidados primários de saúde, introduzindo uma linha de comando unipessoal no agrupamento, nas direções e nas unidades de saúde, não acrescenta mais-valias ás rotinas diárias já instituídas, contrariando a logica assistencial de privilegiar a globalidade dos cuidados, aproveitando as sinergias e complementaridades que decorrem dos diferentes saberes e competências no seguimento de uma maior efetividade e utilidade social dos cuidados de saúde.
Juan Carvalho
Diário de Notícias da Madeira
Quarta, 3 de Agosto de 2016
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