Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!
Olhar Sines no Futuro
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Procurar
 
 

Resultados por:
 


Rechercher Pesquisa avançada

Entrar

Esqueci-me da senha

Palavras-chaves

2010  tvi24  2015  cais  2014  2017  2012  2018  2016  2011  cmtv  2013  2023  2019  

Últimos assuntos
» Sexo visual mental tens a olhar fixamente o filme e ouvi fixamente
                     Sines EmptyQui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin

» Apanhar o comboio
                     Sines EmptySeg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin

» O que pode Lisboa aprender com Berlim
                     Sines EmptySeg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin

» A outra austeridade
                     Sines EmptySeg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin

» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
                     Sines EmptySeg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin

» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
                     Sines EmptySeg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin

» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
                     Sines EmptySeg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin

» Pelos caminhos
                     Sines EmptySeg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin

» Alta velocidade: o grande assunto pendente
                     Sines EmptySeg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin

Galeria


                     Sines Empty
novembro 2024
DomSegTerQuaQuiSexSáb
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

Calendário Calendário

Flux RSS


Yahoo! 
MSN 
AOL 
Netvibes 
Bloglines 


Quem está conectado?
327 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 327 visitantes :: 1 motor de busca

Nenhum

O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm

Sines

Ir para baixo

                     Sines Empty Sines

Mensagem por Admin Qui Ago 18, 2016 11:07 am

Pela primeira vez na história, o Porto de Sines faz parte dos cem portos mundiais que movimentam mais contentores, hierarquia dominada pelas infraestruturas chinesas. Na Europa, Sines está em 17.º lugar, tendo sido o porto, entre os vinte primeiros, com maior aumento de carga entre 2014 e 2015 (8%). No quadro peninsular, só Algeciras e Valência apresentam melhores resultados em total de mercadorias mobilizadas. A sua localização geográfica liga-o semanalmente a 73 países, 173 portos, percorrendo 23 linhas regulares de navegação, tendo 68% da carga distribuída enquanto hub mundial concentrada na Europa e na América do Norte e Central, numa gestão exemplar que colocou a empresa crescentemente sustentável e sem necessidade de recorrer à banca.

Vale a pena aprofundar um pouco mais. 80% da atividade de Sines é transferência de carga, em trânsito, de um navio para outro, com estada intermédia no cais (transhipment), e à medida que o mercado internacional cresce, o porto português necessita de acompanhar a dinâmica global para não perder competitividade. O facto de 60% da frota europeia passar pela nossa costa, a posição no mercado atlântico de contentores e dado que tem o único terminal de GNL em Portugal, tornam o complexo portuário estratégico para a economia portuguesa, colocando--se ainda na linha da frente de uma possível rota de exportação do gás de xisto americano, dado que dos doze terminais da UE, sete estão na Península Ibérica, um deles em Sines. Se essa estratégica nos afirmar no Atlântico, podemos aliar geografia, logística e capacidade política no contexto da União Europeia, reposicionando-nos enquanto médio Estado e como alternativa à dependência energética europeia do regime autoritário russo.

Mas Sines não pode ser dissociado de uma leitura mais alargada sobre infraestruturas portuárias, segurança marítima e comércio contemporâneo. Se as longas guerras territoriais (Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria) esconderam a importância das faixas costeiras, através de rotas que perfazem 90% do comércio global, a verdade é que tem sido nas zonas litorais que o crescimento demográfico, as alterações climáticas, a elevação dos níveis do mar, a escassez de água potável e os extremismos políticos têm feito sentir-se, sobretudo no cruzamento entre o Índico e o Pacífico Ocidental. Esta alteração gradual do poder não poderia surgir numa época mais turbulenta dos territórios que ladeiam as duas metades do Índico, o mar Arábico e o golfo de Bengala. Além disso, o futuro político do mundo islâmico, num arco que vai da Somália à Indonésia, permanece alvo de incerteza. Além de ser próxima do Índico, é uma região caracterizada por instituições tíbias, infraestruturas débeis e populações jovens e inquietas seduzidas pelo extremismo, numa geografia que abrange o mar Vermelho, o mar Arábico, o golfo de Bengala e os mares de Java e do Sul da China. Nestes situam-se os Estados violentos e famintos do Corno de África, os desafios geopolíticos do Iraque e do Irão, o caldeirão fundamentalista fissurado do Paquistão, a Índia emergente e os vizinhos Sri Lanka e Bangladesh, a Birmânia em transformação (onde concorrem China, Índia e EUA) a Tailândia, onde a China quer ligar o golfo da Tailândia ao mar de Andaman através do canal Kra, e o estratégico porto de Gwadar no Paquistão. No Índico também se encontram as principais rotas de transporte de petróleo, como os pontos de estrangulamento da navegação do comércio mundial - estreitos de Bab el Mandeb, Ormuz e Malaca: 40% dos hidrocarbonetos passam por Ormuz e 50% das frotas mercantes circulam por Malaca, tornando o Índico o mais ocupado ponto interestadual do globo. Além disso, conta com 70% do tráfego de produtos petrolíferos para todo o mundo, e como a procura mundial de energia crescerá 50% até 2030 e mais de metade desse consumo virá da Índia e da China, percebemos o potencial de sobre-esgotamento destas rotas tradicionais.

Esta dinâmica de integração comercial global tem levado vários países do Atlântico a modernizarem e expandirem as suas infraestruturas aeroportuárias, terrestres ou marítimas, como o canal do Panamá, Lobito, em Angola, Walvis Bay, na Namíbia, e Tanger-Med, em Marrocos. A concorrência entre grandes plataformas da logística mundial mostra como no Atlântico se percebem os riscos de falhar o roteiro da globalização e integrar os fluxos económicos e financeiros internacionais. Sines é a chave para Portugal se consolidar em todos estes eixos e fortalecer-se na Europa.

18 DE AGOSTO DE 2016
00:01
Bernardo Pires de Lima
Diário de Notícias
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 16761
Pontos : 49160
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/12/2013
Idade : 37
Localização : Sines

http://olharsinesnofuturo.criarforum.com.pt

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos