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O desafio do crescimento, hoje como ontem
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O desafio do crescimento, hoje como ontem
1. José Gil publicou em 2004 uma obra notável de reflexão sobre os problemas existenciais portugueses, "Portugal hoje, o medo de existir", um livro denso, extraordinário no diagnóstico das nossas dificuldades. Na página 71 podemos ler uma frase marcante, das muitas que o livro contém: "...Mas, se a Europa entrou em nós, nós ainda não entramos na Europa...". Este é o cerne do tema desta crónica, hoje como há 12 anos.
2. Trinta anos após a integração europeia continuamos a falhar a desejada convergência para os níveis médios de desenvolvimento da União. É verdade que Portugal se desenvolveu muito no plano social, no conhecimento instalado nas instituições e empresas e, principalmente, no seu potencial humano afirmado e confirmado por tantos, novos e menos novos: é particularmente marcante a forma como milhares de jovens portugueses, que trabalham por todo esse Mundo desenvolvido, são respeitados e desejados, pela sua competência profissional e pela sua postura humana.
Mas tal capital humano, sendo condição necessária, não é condição suficiente para o crescimento competitivo da economia. Para caminharmos pelo trilho da convergência europeia falta-nos romper com a cultura de permissividade social e de organização corporativa ainda prevalecentes, que nos impedem ou atrasam a adoção das necessárias reformas de adaptação aos tempos: na adoção de modelos de organização e de formas de governação pública generalizadamente adotados pelos países europeus mais desenvolvidos; na reforma comportamental de exigência do cumprimento das obrigações sociais; na reforma laboral de melhor organização e de mais rigor de trabalho. Em alguns aspetos essenciais, nós ainda não entramos na Europa.
3. Todos percebemos que os tempos vão duros. O Orçamento para 2017 está por aí...Este fim de semana foi pródigo em artigos do "bota abaixo", de quadrantes distintos e distantes (haja democracia...) e foi também pródigo em "avisos à navegação" dos partidos que apoiam a atual solução de Governo. Radicaliza-se o discurso, fomenta-se a instabilidade social, abala-se a necessária confiança na economia, torna-se mais difícil aquela que me parece ser a solução necessária para Portugal - uma política que resulte de um entendimento de base alargada, geradora de confiança, com preocupações sérias de solidariedade social, com uma visão de políticas competitivas no plano internacional.
* PROFESSOR CATEDRÁTICO, REITOR DA UNIVERSIDADE DO PORTO
Sebastião Feyo De Azevedo*
Hoje às 00:36
Jornal de Notícias
2. Trinta anos após a integração europeia continuamos a falhar a desejada convergência para os níveis médios de desenvolvimento da União. É verdade que Portugal se desenvolveu muito no plano social, no conhecimento instalado nas instituições e empresas e, principalmente, no seu potencial humano afirmado e confirmado por tantos, novos e menos novos: é particularmente marcante a forma como milhares de jovens portugueses, que trabalham por todo esse Mundo desenvolvido, são respeitados e desejados, pela sua competência profissional e pela sua postura humana.
Mas tal capital humano, sendo condição necessária, não é condição suficiente para o crescimento competitivo da economia. Para caminharmos pelo trilho da convergência europeia falta-nos romper com a cultura de permissividade social e de organização corporativa ainda prevalecentes, que nos impedem ou atrasam a adoção das necessárias reformas de adaptação aos tempos: na adoção de modelos de organização e de formas de governação pública generalizadamente adotados pelos países europeus mais desenvolvidos; na reforma comportamental de exigência do cumprimento das obrigações sociais; na reforma laboral de melhor organização e de mais rigor de trabalho. Em alguns aspetos essenciais, nós ainda não entramos na Europa.
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