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Acabamos com os ricos? Ou com os pobres?
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Acabamos com os ricos? Ou com os pobres?
Tendencialmente os ricos criam riqueza à sua volta e postos de trabalho, e pagarão sempre mais impostos indiretos porque geralmente consomem mais. Se continuarmos a penalizar os ricos, hipotecaremos o nosso futuro enquanto nação.
Os contextos em que se faz propaganda de acabar com os ricos são sempre muito populares. Como a maioria das pessoas não detém uma enorme riqueza material (como é o meu caso), é sempre um discurso sociologicamente aceite. A razão deste discurso emocional é assente no argumentário de acabar de vez com os ricos e com a injustiça de uns terem muito e outros muito pouco.
No entanto, se recuarmos na História, verificaremos que sempre existiram ricos e pobres seja em que época for ou em que regime político for. Neste contexto, é uma utopia acabar com os ricos, ainda para mais quando existem regiões do mundo que criaram verdadeiros oásis económico-financeiros para que estes mesmos ricos estabeleçam lá as suas riquezas. Ou seja, não conseguiremos acabar hoje com os ricos, apenas os conseguiremos deslocalizar, o que é muito negativo para Portugal.
Hoje as fortunas são móveis e dinâmicas e não estanques. Se criarmos dificuldades para que um empresário estabeleça a sua empresa em Portugal, é simples, ele estabelecer-se-á noutro país qualquer, e não precisamos de ir muito longe, basta procurar dentro da União Europeia.
Sempre preferi outra filosofia que, em detrimento de querer acabar com os ricos, prefere acabar com os pobres, criando circunstâncias para que todos tenhamos acesso às condições de criação de riqueza.
A política fiscal que se vem praticando nos últimos anos de aumento de taxação direta de quem ganha mais e das grandes fortunas é uma semente terrível para a degradação económico-financeira do país. Outra falácia é cobrar mais percentagem de imposto a quem ganha mais, e neste momento, como consequência desta política, temos muitos talentos a sair de Portugal. Porquê? Porque Portugal não é atrativo fiscalmente. Até porque os ricos pagam sempre mais, não é necessária esta desproporção percentual que existe hoje. Ora vejamos, se a taxa de imposto for fixa, os ricos pagarão sempre mais, vejamos este exemplo: 10% de 10.000€ são 1.000€ e 10% de 600€ são 60€. Quem pagou mais imposto?
Pelo contrário, temos de ser um país atrativo para quem tem mais poderio económico e para quem tem maiores rendimentos. Mas atenção! Reconheço que nos últimos tempos existiu uma política neste sentido de atratividade, estabelecendo condições especiais para a atração de investimento e pessoas ricas através dos vistos "gold", no entanto, pouco se faz para que os nossos residentes ricos continuem a estabelecer-se por cá, a si e às sedes das suas empresas.
Tendencialmente os ricos criam riqueza à sua volta e postos de trabalho, e pagarão sempre mais impostos indiretos porque geralmente consomem mais. Se continuarmos a penalizar os ricos, hipotecaremos o nosso futuro enquanto nação.
Precisamos de políticos com uma visão moderna e de vanguarda, não podemos continuar a aplicar políticas fiscais da era industrial quando já estamos na era digital…
Gestor e Professor Universitário
Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico
ALEXANDRE REAL | 18 Setembro 2016, 19:00
Negócios
Os contextos em que se faz propaganda de acabar com os ricos são sempre muito populares. Como a maioria das pessoas não detém uma enorme riqueza material (como é o meu caso), é sempre um discurso sociologicamente aceite. A razão deste discurso emocional é assente no argumentário de acabar de vez com os ricos e com a injustiça de uns terem muito e outros muito pouco.
No entanto, se recuarmos na História, verificaremos que sempre existiram ricos e pobres seja em que época for ou em que regime político for. Neste contexto, é uma utopia acabar com os ricos, ainda para mais quando existem regiões do mundo que criaram verdadeiros oásis económico-financeiros para que estes mesmos ricos estabeleçam lá as suas riquezas. Ou seja, não conseguiremos acabar hoje com os ricos, apenas os conseguiremos deslocalizar, o que é muito negativo para Portugal.
Hoje as fortunas são móveis e dinâmicas e não estanques. Se criarmos dificuldades para que um empresário estabeleça a sua empresa em Portugal, é simples, ele estabelecer-se-á noutro país qualquer, e não precisamos de ir muito longe, basta procurar dentro da União Europeia.
Sempre preferi outra filosofia que, em detrimento de querer acabar com os ricos, prefere acabar com os pobres, criando circunstâncias para que todos tenhamos acesso às condições de criação de riqueza.
A política fiscal que se vem praticando nos últimos anos de aumento de taxação direta de quem ganha mais e das grandes fortunas é uma semente terrível para a degradação económico-financeira do país. Outra falácia é cobrar mais percentagem de imposto a quem ganha mais, e neste momento, como consequência desta política, temos muitos talentos a sair de Portugal. Porquê? Porque Portugal não é atrativo fiscalmente. Até porque os ricos pagam sempre mais, não é necessária esta desproporção percentual que existe hoje. Ora vejamos, se a taxa de imposto for fixa, os ricos pagarão sempre mais, vejamos este exemplo: 10% de 10.000€ são 1.000€ e 10% de 600€ são 60€. Quem pagou mais imposto?
Pelo contrário, temos de ser um país atrativo para quem tem mais poderio económico e para quem tem maiores rendimentos. Mas atenção! Reconheço que nos últimos tempos existiu uma política neste sentido de atratividade, estabelecendo condições especiais para a atração de investimento e pessoas ricas através dos vistos "gold", no entanto, pouco se faz para que os nossos residentes ricos continuem a estabelecer-se por cá, a si e às sedes das suas empresas.
Tendencialmente os ricos criam riqueza à sua volta e postos de trabalho, e pagarão sempre mais impostos indiretos porque geralmente consomem mais. Se continuarmos a penalizar os ricos, hipotecaremos o nosso futuro enquanto nação.
Precisamos de políticos com uma visão moderna e de vanguarda, não podemos continuar a aplicar políticas fiscais da era industrial quando já estamos na era digital…
Gestor e Professor Universitário
Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico
ALEXANDRE REAL | 18 Setembro 2016, 19:00
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