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Voltamos a comemorar, e bem, a República
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Voltamos a comemorar, e bem, a República
A monarquia portuguesa nunca aceitou qualquer negociação. Mas hoje, sentam-se à mesa do poder
Hoje voltamos a comemorar a República Portuguesa de forma digna. Dirão alguns: é apenas um feriado. Pois claro.
Mas foi um daqueles feriados que a direita no poder decidiu eliminar do nosso calendário de comemorações. Talvez porque, para eles, já não fazia sentido explicar às novas gerações que, em Portugal, houve quem lutasse para derrubar a monarquia. Assim como houve quem lutasse para derrubar o fascismo.
Pensando na nossa História, e embora nos chamem um “povo de brandos costumes”, acho que soubemos, em cada momento, mesmo demorando, talvez mais tempo do que em outros países, encontrar as respostas certas para mudar o rumo dos destinos do nosso país.
Como já nasci na República, sempre me senti Republicana. Nunca senti a necessidade de questionar essa condição. Mas pelo que vejo à minha volta, há na República quem se considere monárquico e até esteja ocupar cargos que só a República lhe poderia “oferecer”. Somos realmente um povo muito tolerante e abrangente.
Confesso que, muitas vezes, questiono se a nossa República deveria ser tão tolerante. Sobretudo quando vejo as entidades públicas receberem com “honrarias” algumas “majestades” que por aí abundam. Ou então quando admitimos pessoas, que se confessam monárquicas, concorrerem aos cargos públicos da nossa República.
Coisa secundária dirão alguns. Talvez até possa parecer, mas gostava de ver se fosse ao contrário, como agiriam quem se diz defensor da monarquia. Realmente, é aqui que considero que somos, realmente, um povo de brandos costumes. Basta recordarmos a perseguição que foi feita aos Republicanos, antes da República ser instaurada a 5 de outubro de 1910. Muitas mortes e feridos. Famílias inteiras destroçadas.
A monarquia portuguesa nunca aceitou qualquer negociação pacífica sobre a transformação que era necessária ser feita. Mas hoje, sentam-se à mesa do poder com regalias, e mordomias, que a República lhes permite ter.
Se invoco neste artigo este assunto, é porque sendo hoje o nosso merecido feriado Republicano, devemos falar no seu significado, para que não nos venham “jogar na cara” que os nossos feriados não têm sentido, porque somos “um país de vadios, que não queremos trabalhar, que só queremos fazer ‘pontes’ e férias”, como nos foi dito pelos anteriores governantes de má memória.
Não podemos ignorar estas humilhações, até para que não deixemos que elas voltem a acontecer. Devemos ter orgulho em comemorar a nossa República, e neste dia, devemos passar a mensagens aos mais novos, que tivemos antepassados revolucionários, que lutaram com armas nas mãos, para que hoje Portugal seja um país que escolhe democraticamente os seus dirigentes.
Não podemos esquecer que a República foi apagada com a escuridão da ditadura fascista durante 48 anos, mas, com a primavera de Abril de 1974, voltamos a conquistá-la e alargar os seus poderes junto do povo, nomeadamente aprovando a nossa Constituição da República Portuguesa que consagrou o direito ao voto, para homens e mulheres.
Foi aqui que todas as mulheres tiveram, pela primeira vez, o direito ao voto.
VIVA A REPÚBLICA!
Guida Vieira
Diário de Notícias da Madeira
Quarta, 5 de Outubro de 2016
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