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É justo
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É justo
Da CNN à BBC, da Folha de S. Paulo ao Times of India, a notícia da eleição de António Guterres para secretário-geral da ONU mereceu grande destaque mundo fora. É verdade que falta ainda a formalização da decisão do Conselho de Segurança e a aprovação pelos 193 membros da Assembleia Geral, mas as cinco vitórias prévias do antigo primeiro-ministro português somadas à de ontem, em que recebeu 13 votos de encorajamento, dois neutros e nenhum de desencorajamento, tornam irreversível a sua eleição. Será a mais transparente das sete décadas de história das Nações Unidas e por isso um triunfo pessoal sem par. Guterres era o mais bem preparado dos candidatos, o mais experiente, o mais capaz de liderar uma organização essencial ao mundo, mas muitas vezes vítima de bizantinices e jogos de bastidores.
Guterres ganhou apesar de não ser nem mulher nem de Leste. E foram muitas as pressões e movimentações para que um destes critérios ou até os dois fossem cumpridos. Mas a escolha tinha de ser do melhor, como propôs o Conselho de Segurança ao prometer transparência total pela primeira vez. E o melhor era o político português, socialista e católico, antigo chefe de governo e recente alto-comissário para os Refugiados. Nenhum dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança ousou vetar a escolha, uma decisão sábia para a defesa do seu próprio estatuto herdado de terem sido os vencedores de Segunda Guerra Mundial.
Mas se foi uma vitória de Guterres, também o foi de Portugal. E não por mero automatismo de ser cidadão português. Se o perfil humanista do candidato contou, a ajuda dada pelo profissionalismo e pelo prestígio da nossa diplomacia foi evidente. Noutras ocasiões, Portugal conseguira já resultados bem acima do seu peso, como quando foi eleito para membro não permanente do Conselho de Segurança. Agora, excedeu-se.
Recordo a fotografia, há umas semanas, na primeira página do DN com Guterres em frente à sede da ONU, em Nova Iorque, ladeado do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e do antigo presidente Jorge Sampaio, figura estimada nos círculos onusinos. Poucos países seriam capazes de juntar políticos atuais e do passado, de cores partidárias diferentes e em tempos até rivais, para um objetivo superior, de interesse nacional.
Guterres tem grandes desafios pela frente, a começar pelo drama dos refugiados, que tão bem conhece, e continuando com o combate às guerras e à pobreza que os geram. Terá também de estar na primeira linha de reorganização da ONU, de modo e torná-la mais coerente com os equilíbrios geopolíticos do século XXI. Já provou ter armas para isso. É justo que a 1 de janeiro suceda a Ban Ki-moon.
06 DE OUTUBRO DE 2016
00:00
Leonídio Paulo Ferreira
Diário de Notícias
Guterres ganhou apesar de não ser nem mulher nem de Leste. E foram muitas as pressões e movimentações para que um destes critérios ou até os dois fossem cumpridos. Mas a escolha tinha de ser do melhor, como propôs o Conselho de Segurança ao prometer transparência total pela primeira vez. E o melhor era o político português, socialista e católico, antigo chefe de governo e recente alto-comissário para os Refugiados. Nenhum dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança ousou vetar a escolha, uma decisão sábia para a defesa do seu próprio estatuto herdado de terem sido os vencedores de Segunda Guerra Mundial.
Mas se foi uma vitória de Guterres, também o foi de Portugal. E não por mero automatismo de ser cidadão português. Se o perfil humanista do candidato contou, a ajuda dada pelo profissionalismo e pelo prestígio da nossa diplomacia foi evidente. Noutras ocasiões, Portugal conseguira já resultados bem acima do seu peso, como quando foi eleito para membro não permanente do Conselho de Segurança. Agora, excedeu-se.
Recordo a fotografia, há umas semanas, na primeira página do DN com Guterres em frente à sede da ONU, em Nova Iorque, ladeado do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e do antigo presidente Jorge Sampaio, figura estimada nos círculos onusinos. Poucos países seriam capazes de juntar políticos atuais e do passado, de cores partidárias diferentes e em tempos até rivais, para um objetivo superior, de interesse nacional.
Guterres tem grandes desafios pela frente, a começar pelo drama dos refugiados, que tão bem conhece, e continuando com o combate às guerras e à pobreza que os geram. Terá também de estar na primeira linha de reorganização da ONU, de modo e torná-la mais coerente com os equilíbrios geopolíticos do século XXI. Já provou ter armas para isso. É justo que a 1 de janeiro suceda a Ban Ki-moon.
06 DE OUTUBRO DE 2016
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