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Quente e frio
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Quente e frio
A incapacidade de criar um diálogo político razoável e fortes consensos é endémica.
Portugal parece por estes dias um país esquizofrénico: entre os polos positivo e negativo, entre a união coletiva e a fratura mais extrema. Destaco hoje dois exemplos - e passo de fininho pela lamentável telenovela da rebelião dos taxistas no ‘Caso Uber’. Como diria o outro, "a bem da Nação".
1. A indicação de António Guterres para secretário-geral da ONU é uma conquista extraordinária do próprio e do País, da diplomacia portuguesa e do melhor da capacidade coletiva dos agentes políticos. Construímos em uníssono uma candidatura ‘germânica’ (ironia das ironias!) – organizada, com uma estratégia sólida, no tempo certo. Aqui, os atores políticos assumiram as suas responsabilidades e interpretaram o chamado ‘interesse nacional’. Vendo bem, António Guterres não seria o candidato natural de grande parte do espectro político interno, nem é um caso de orgulho da história governativa. Todavia, as suas qualidades e um sentido de responsabilidade nacional levantaram barreiras e abriram caminho. Desejamos-lhe todos muito boa sorte!
2. A política fiscal portuguesa entrou em convulsão – comporta-se como uma criança mal-educada que esperneia por todo o sítio e divide o País. Com os seus experimentalismos, a imaginação fiscal já não parece ter limites. Vale tudo: taxar as boas vistas das varandas, o sal na comida, o açúcar nos doces, o vinho de produção nacional ou descer a sobretaxa do IRS só para alguns. Esta ferramenta da política económica, da justiça social e da coesão territorial (não, não deveria ser uma arma de assalto!) precisa de estabilidade e de consensos.
A incapacidade de criar um diálogo político razoável e fortes consensos nacionais é endémica e tornou-se uma das razões do divórcio dos cidadãos com a política. Os temas de prioridade colecionam-se: a natalidade, o Interior, a fiscalidade, as grandes infraestruturas… O que é que ainda não aprendemos?
Por Almeida Henriques|00:30
Presidente de Câmara Municipal de Viseu
Correio da Manhã
Portugal parece por estes dias um país esquizofrénico: entre os polos positivo e negativo, entre a união coletiva e a fratura mais extrema. Destaco hoje dois exemplos - e passo de fininho pela lamentável telenovela da rebelião dos taxistas no ‘Caso Uber’. Como diria o outro, "a bem da Nação".
1. A indicação de António Guterres para secretário-geral da ONU é uma conquista extraordinária do próprio e do País, da diplomacia portuguesa e do melhor da capacidade coletiva dos agentes políticos. Construímos em uníssono uma candidatura ‘germânica’ (ironia das ironias!) – organizada, com uma estratégia sólida, no tempo certo. Aqui, os atores políticos assumiram as suas responsabilidades e interpretaram o chamado ‘interesse nacional’. Vendo bem, António Guterres não seria o candidato natural de grande parte do espectro político interno, nem é um caso de orgulho da história governativa. Todavia, as suas qualidades e um sentido de responsabilidade nacional levantaram barreiras e abriram caminho. Desejamos-lhe todos muito boa sorte!
2. A política fiscal portuguesa entrou em convulsão – comporta-se como uma criança mal-educada que esperneia por todo o sítio e divide o País. Com os seus experimentalismos, a imaginação fiscal já não parece ter limites. Vale tudo: taxar as boas vistas das varandas, o sal na comida, o açúcar nos doces, o vinho de produção nacional ou descer a sobretaxa do IRS só para alguns. Esta ferramenta da política económica, da justiça social e da coesão territorial (não, não deveria ser uma arma de assalto!) precisa de estabilidade e de consensos.
A incapacidade de criar um diálogo político razoável e fortes consensos nacionais é endémica e tornou-se uma das razões do divórcio dos cidadãos com a política. Os temas de prioridade colecionam-se: a natalidade, o Interior, a fiscalidade, as grandes infraestruturas… O que é que ainda não aprendemos?
Por Almeida Henriques|00:30
Presidente de Câmara Municipal de Viseu
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