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Movimento Erradicar a Pobreza
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Movimento Erradicar a Pobreza
“Onde os homens estão condenados a viver na miséria, aí os Direitos Humanos são violados. Unir-se para os fazer respeitar, é um dever sagrado.
”Padre Joseph Wresinski (1917-1988)
O “4.º mundo”, os afligidos pela pobreza, os invisíveis das sociedades modernas reganharam voz com o relatório “Grande Pobreza e Precariedade Económica e Social” da autoria do Pe. Joseph Wresinski, redigido a partir da sua longa experiência de trabalho com os mais desfavorecidos dos bairros de lata da periferia de Paris. Este relatório gerou um movimento de consciencialização, que nesse ano de 1987, no dia 17 de Outubro, reuniu, em Paris, numa enorme manifestação, uma multidão que reclamava a erradicação da pobreza como uma prioridade civilizacional.
A importância e, sobretudo a actualidade, desta causa deu origem à multiplicação do movimento cujo objectivo primeiro continua a ser o combate às causas da pobreza. E do que falamos quando falamos em pobreza? Falamos de privação em resultado da falta de recursos. Falamos da privação que compromete a dignidade humana, falamos da ausência de recursos que permitem a realização plena do ser humano. Falamos, no que respeita o nosso país e a nossa região, das condições de vida precárias em que vivem, pelo menos, 2,5 milhões de portugueses. Falamos das dificuldades no acesso à saúde, à educação e ao emprego que têm atingido portugueses, de todas as idades e origens, que todos os dias se cruzam connosco e que enfrentam o empobrecimento e o crescimento das desigualdades provocados pelas políticas de austeridade dos últimos anos.
Para o Pe. Wresinski, a pobreza e a exclusão social não se resolviam com acções de natureza assistencialista ou caritativa, que sendo necessárias para acorrer a situações urgentes, não atacam as causas estruturais do problema. Dizia ele que “não é de alimentos nem de roupa que mais precisam, mas sim de dignidade. Precisam, sobretudo, de não estarem dependentes do que querem ou não querem os outros, dependentes dos caprichos da boa vontade alheia”. As raízes profundas da pobreza decorrem do modo como a sociedade e a economia estão organizadas assentes num modelo económico baseado em baixos salários, que desvaloriza o factor trabalho e se sustenta na desigualdade com que se reparte a riqueza e o rendimento. Para acabar com a pobreza são necessárias políticas que no plano económico e social, do trabalho, da educação, da saúde garantam dignidade e futuro para todos.
Por tudo isto, o Movimento Erradicar a Pobreza promove hoje, a partir das 18h na Praça do Carmo, no Funchal, uma vigília que assinala o dia instituído pela Assembleia da Nações Unidas, pela erradicação da pobreza congregando todos quantos prosseguem este dever comum de combater as causas da pobreza. Estão todos convidados!
ISABEL CARDOSO / 16 OUT 2016 / 17:51 H.
Diário de Notícias da Madeira
”Padre Joseph Wresinski (1917-1988)
O “4.º mundo”, os afligidos pela pobreza, os invisíveis das sociedades modernas reganharam voz com o relatório “Grande Pobreza e Precariedade Económica e Social” da autoria do Pe. Joseph Wresinski, redigido a partir da sua longa experiência de trabalho com os mais desfavorecidos dos bairros de lata da periferia de Paris. Este relatório gerou um movimento de consciencialização, que nesse ano de 1987, no dia 17 de Outubro, reuniu, em Paris, numa enorme manifestação, uma multidão que reclamava a erradicação da pobreza como uma prioridade civilizacional.
A importância e, sobretudo a actualidade, desta causa deu origem à multiplicação do movimento cujo objectivo primeiro continua a ser o combate às causas da pobreza. E do que falamos quando falamos em pobreza? Falamos de privação em resultado da falta de recursos. Falamos da privação que compromete a dignidade humana, falamos da ausência de recursos que permitem a realização plena do ser humano. Falamos, no que respeita o nosso país e a nossa região, das condições de vida precárias em que vivem, pelo menos, 2,5 milhões de portugueses. Falamos das dificuldades no acesso à saúde, à educação e ao emprego que têm atingido portugueses, de todas as idades e origens, que todos os dias se cruzam connosco e que enfrentam o empobrecimento e o crescimento das desigualdades provocados pelas políticas de austeridade dos últimos anos.
Para o Pe. Wresinski, a pobreza e a exclusão social não se resolviam com acções de natureza assistencialista ou caritativa, que sendo necessárias para acorrer a situações urgentes, não atacam as causas estruturais do problema. Dizia ele que “não é de alimentos nem de roupa que mais precisam, mas sim de dignidade. Precisam, sobretudo, de não estarem dependentes do que querem ou não querem os outros, dependentes dos caprichos da boa vontade alheia”. As raízes profundas da pobreza decorrem do modo como a sociedade e a economia estão organizadas assentes num modelo económico baseado em baixos salários, que desvaloriza o factor trabalho e se sustenta na desigualdade com que se reparte a riqueza e o rendimento. Para acabar com a pobreza são necessárias políticas que no plano económico e social, do trabalho, da educação, da saúde garantam dignidade e futuro para todos.
Por tudo isto, o Movimento Erradicar a Pobreza promove hoje, a partir das 18h na Praça do Carmo, no Funchal, uma vigília que assinala o dia instituído pela Assembleia da Nações Unidas, pela erradicação da pobreza congregando todos quantos prosseguem este dever comum de combater as causas da pobreza. Estão todos convidados!
ISABEL CARDOSO / 16 OUT 2016 / 17:51 H.
Diário de Notícias da Madeira
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