Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 364 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 364 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
O mar, os negócios e a competitividade
Página 1 de 1
O mar, os negócios e a competitividade
A vocação atlântica sempre esteve presente mas, mais do que nunca, é preciso percebê-la e aproveitá-la de forma racional. Ter mais espaço territorial nada significa se não for convenientemente explorado
A economia do mar, ou economia azul, vale 8 mil milhões de euros, cerca de 3,1% do PIB e, esta semana, Miguel Albuquerque, o presidente do Governo Regional da Madeira, voltou – num evento do ICPT – a ligar o mar e o Atlântico ao desenvolvimento do país e á competitividade. Também recentemente o secretário de Estado da tutela, José Apolinário fala em economia azul e nos três grandes vetores e que para além da própria economia, envolve a soberania e o conhecimento. Mas o que está em causa?
Essencialmente o futuro do país e um potencial enorme para os próximos 30 a 40 anos. E o que é o Atlântico? Uma das maiores plataformas do mundo para a atividade comercial. E o que tem Portugal? Essencialmente uma mega plataforma de 3,8 milhões de Km2 a partir de 2018, onde é possível obter recursos minerais e alimentares, ou até farmacêuticos.
Ora Portugal tem uma posição central no Atlântico e tem de tirar vantagem dessa posição que, sendo periférica, pode ser usada como hub para a ligação ao Magreb, a África ou às Américas. Miguel Albuquerque defendia o posicionamento estratégico da Madeira, alargando as mesmas ideias a todo o território nacional.
Pode-se dizer que a ideia não é nova, mas é necessário insistir nela e ainda recentemente o mesmo governante dizia num seminário que uma das apostas para promover o setor “será o programa Mar 2020 e a criação de um Fundo Azul para alavancar investimentos ligados a start ups para a área do mar”.
E quando se fala em investimento e nas necessidades de grandes volumes de fundos é preciso aproveitar a massa continental alargada que ficará disponível. O objetivo é claro e ainda no início do ano, o economista e presidente do Fórum Atlântico, António Nogueira Leite, afirmava que a indústria do mar deve aumentar a contribuição para o PIB em 50% até 2020. Na altura e no âmbito de um roadshow da Aicep afirmava que o grande constrangimento para o crescimento é a “legislação excessiva”. De qualquer forma, o tema está relançado pelo repsosável da Madeira, que aproveitou o evento do ICPT para revelar uma série de iniciativas que estão a conduzir à diversificação da economia regional. Dentro dos pilares definidos pelo Governo é possível também construir novas áreas de negócio e deixemo-nos da ideia de que não somos capazes ou de que a economia ligada ao mar é difícil.
O desenvolvimento de projetos em águas ultra profundas é um dos temas fortes desta discussão, mas antes de chegarmos lá, há que apostar na indústria piscícola e conserveira, assim como em toda a indústira do turismo ligada ao mar. Antes dos grandes investimentos, há as opções mais baratas e fáceis. Passar do potencial à ação é a parte mais difícil e as palavras são do mesmo economista. Não tentar é um erro, não apostar é uma má decisão, e não aproveitar o que temos pela frente não faz sentido.
A vocação atlântica sempre esteve presente mas, mais do que nunca, é preciso percebê-la e aproveitá-la de forma racional. Ter mais espaço territorial nada significa se não for convenientemente explorado. Voltaremos ao tema com frequência.
Vítor Norinha
00:05
Jornal Económico
A economia do mar, ou economia azul, vale 8 mil milhões de euros, cerca de 3,1% do PIB e, esta semana, Miguel Albuquerque, o presidente do Governo Regional da Madeira, voltou – num evento do ICPT – a ligar o mar e o Atlântico ao desenvolvimento do país e á competitividade. Também recentemente o secretário de Estado da tutela, José Apolinário fala em economia azul e nos três grandes vetores e que para além da própria economia, envolve a soberania e o conhecimento. Mas o que está em causa?
Essencialmente o futuro do país e um potencial enorme para os próximos 30 a 40 anos. E o que é o Atlântico? Uma das maiores plataformas do mundo para a atividade comercial. E o que tem Portugal? Essencialmente uma mega plataforma de 3,8 milhões de Km2 a partir de 2018, onde é possível obter recursos minerais e alimentares, ou até farmacêuticos.
Ora Portugal tem uma posição central no Atlântico e tem de tirar vantagem dessa posição que, sendo periférica, pode ser usada como hub para a ligação ao Magreb, a África ou às Américas. Miguel Albuquerque defendia o posicionamento estratégico da Madeira, alargando as mesmas ideias a todo o território nacional.
Pode-se dizer que a ideia não é nova, mas é necessário insistir nela e ainda recentemente o mesmo governante dizia num seminário que uma das apostas para promover o setor “será o programa Mar 2020 e a criação de um Fundo Azul para alavancar investimentos ligados a start ups para a área do mar”.
E quando se fala em investimento e nas necessidades de grandes volumes de fundos é preciso aproveitar a massa continental alargada que ficará disponível. O objetivo é claro e ainda no início do ano, o economista e presidente do Fórum Atlântico, António Nogueira Leite, afirmava que a indústria do mar deve aumentar a contribuição para o PIB em 50% até 2020. Na altura e no âmbito de um roadshow da Aicep afirmava que o grande constrangimento para o crescimento é a “legislação excessiva”. De qualquer forma, o tema está relançado pelo repsosável da Madeira, que aproveitou o evento do ICPT para revelar uma série de iniciativas que estão a conduzir à diversificação da economia regional. Dentro dos pilares definidos pelo Governo é possível também construir novas áreas de negócio e deixemo-nos da ideia de que não somos capazes ou de que a economia ligada ao mar é difícil.
O desenvolvimento de projetos em águas ultra profundas é um dos temas fortes desta discussão, mas antes de chegarmos lá, há que apostar na indústria piscícola e conserveira, assim como em toda a indústira do turismo ligada ao mar. Antes dos grandes investimentos, há as opções mais baratas e fáceis. Passar do potencial à ação é a parte mais difícil e as palavras são do mesmo economista. Não tentar é um erro, não apostar é uma má decisão, e não aproveitar o que temos pela frente não faz sentido.
A vocação atlântica sempre esteve presente mas, mais do que nunca, é preciso percebê-la e aproveitá-la de forma racional. Ter mais espaço territorial nada significa se não for convenientemente explorado. Voltaremos ao tema com frequência.
Vítor Norinha
00:05
Jornal Económico
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin