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Política com memória
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Política com memória
No seu magnífico livro sobre a construção do império asiático português, entre Vasco da Gama e Afonso de Albuquerque, o historiador britânico Roger Crowley recorda como, ao mesmo tempo que Portugal se lançou para a costa ocidental de África, após a conquista de Ceuta (1415), o imperador chinês Yongle lançava sete grandiosas armadas para a costa oriental de África (entre 1405 e 1433). Essas frotas, em média, eram constituídas por 250 navios, transportando 28 mil homens. Se um novo imperador não tivesse rompido essa ambiciosa e dispendiosa política, deixando o caminho livre para Portugal chegar à Índia, a história mundial teria sido bem diferente. Portugal não será o melhor país do mundo, como no seu entusiasmo afirmava, na Suíça, o presidente Marcelo, mas também só é "um pequeno país" para quem tenha frequentado uma escolaridade imperfeita, como ocorre com tanta gente que governa por essa Europa fora, incluindo o nosso país. Para quem tenha nascido na Índia, no Japão, na China, na Malásia, no Sri Lanka, Portugal é inconfundível e faz parte da sua história profunda. No Sri Lanka, quando se quer dizer "ir de mal para pior", a expressão idiomática usada pode ser traduzida como "ir do português para o holandês"... A memória é um capital político, porque os povos, tal como os indivíduos, necessitam de âncoras e raízes para não se perderem no caos do tempo. A gravidade da crise europeia reside também no radical apagão da memória que representa. As grandes capitais europeias, feridas de amnésia, parecem já nem sequer saber calcular corretamente a álgebra dos seus interesses fundamentais. Seja qual for o nosso futuro, proteger e capitalizar estrategicamente a nossa memória comum de quase nove séculos é algo que não está proibido no Tratado Orçamental. Depende apenas da nossa determinação e inteligência.
21 DE OUTUBRO DE 2016
00:01
Viriato Soromenho Marques
Diário de Notícias
21 DE OUTUBRO DE 2016
00:01
Viriato Soromenho Marques
Diário de Notícias
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