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Mas afinal de quem é este OE?
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Mas afinal de quem é este OE?
Aprovado em Abril deste ano, o primeiro orçamento de estado aprovado pela atual maioria de esquerda ainda usufruiu do ambiente festivo que resultou das últimas eleições legislativas ocorridas há cerca de um ano.
Passados nessa altura apenas 6 meses, a celebração das eleições que libertaram o país da famigerada austeridade não podia ter sido mais animada. Um OE verdadeiramente de esquerda. De toda a esquerda. Contra a direita.
Todos reclamavam por isso a autoria de tão inovador documento. A austeridade ia dar finalmente lugar ao crescimento. Passados agora mais 6 meses, o segundo orçamento teria obrigatoriamente de ser mais realista, após o choque frontal com a dura realidade.
Afinal parece que a economia não cresce como os governos querem e o país precisa, pelo que os orçamentos são uma questão de escolhas. Sabemos agora.
Na oposição tudo parece mais fácil, pelo que a saudade já aperta e por isso mesmo o OE de 2017 já não parece ser de todos. Só a paternidade das partes boas é ainda disputada pelos partidos de esquerda. As partes más sobram para o governo, que ainda tenta explicar que não são assim tão más, porque com a direita no poder seria ainda pior.
O partido do governo tenta por seu lado assegurar a sua sobrevivência, explicando aos seus exigentes eleitores que afinal não podemos ter tudo.
Assim, um ano de governo apoiado pela maioria de esquerda já serviu para ensinar os partidos tipicamente de oposição que afinal o poder tem um custo. O enorme custo de decidir. Fazer escolhas quando não podemos ter tudo, é bastante mais desagradável do que fazer oposição e poder defender tudo e o seu contrário. Especialmente quando, por alguma razão ainda por muitos desconhecida, a economia não cresce o suficiente para criar a riqueza que todos querem redistribuir.
Ainda assim, este orçamento para 2017 ainda cumpre os poucos pontos que faltavam cumprir do acordo dos partidos da esquerda que suportam o atual governo. Mas para o OE de 2018 já não haverá muita coisa em comum, aumentando a instabilidade que agora se começa a notar.
Por tudo isto, o próximo ano será determinante para a sobrevivência da atual solução política. Enquanto o país e a economia continuarão a ser adiados.
PAULO BARRADAS
25.10.2016 às 8h000
Expresso
Passados nessa altura apenas 6 meses, a celebração das eleições que libertaram o país da famigerada austeridade não podia ter sido mais animada. Um OE verdadeiramente de esquerda. De toda a esquerda. Contra a direita.
Todos reclamavam por isso a autoria de tão inovador documento. A austeridade ia dar finalmente lugar ao crescimento. Passados agora mais 6 meses, o segundo orçamento teria obrigatoriamente de ser mais realista, após o choque frontal com a dura realidade.
Afinal parece que a economia não cresce como os governos querem e o país precisa, pelo que os orçamentos são uma questão de escolhas. Sabemos agora.
Na oposição tudo parece mais fácil, pelo que a saudade já aperta e por isso mesmo o OE de 2017 já não parece ser de todos. Só a paternidade das partes boas é ainda disputada pelos partidos de esquerda. As partes más sobram para o governo, que ainda tenta explicar que não são assim tão más, porque com a direita no poder seria ainda pior.
O partido do governo tenta por seu lado assegurar a sua sobrevivência, explicando aos seus exigentes eleitores que afinal não podemos ter tudo.
Assim, um ano de governo apoiado pela maioria de esquerda já serviu para ensinar os partidos tipicamente de oposição que afinal o poder tem um custo. O enorme custo de decidir. Fazer escolhas quando não podemos ter tudo, é bastante mais desagradável do que fazer oposição e poder defender tudo e o seu contrário. Especialmente quando, por alguma razão ainda por muitos desconhecida, a economia não cresce o suficiente para criar a riqueza que todos querem redistribuir.
Ainda assim, este orçamento para 2017 ainda cumpre os poucos pontos que faltavam cumprir do acordo dos partidos da esquerda que suportam o atual governo. Mas para o OE de 2018 já não haverá muita coisa em comum, aumentando a instabilidade que agora se começa a notar.
Por tudo isto, o próximo ano será determinante para a sobrevivência da atual solução política. Enquanto o país e a economia continuarão a ser adiados.
PAULO BARRADAS
25.10.2016 às 8h000
Expresso
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