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Será que queremos?
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Será que queremos?
Habituadas a gerir os parcos recursos financeiros e cada vez mais focadas em identificar oportunidades que acelerem a dinâmica económica e captem investimento para os territórios sob sua gestão, autarquias e Comunidades Intermunicipais têm vindo a ganhar maior sensibilidade para a importância de bons, eficazes e sustentáveis sistemas de mobilidade de pessoas e bens.
Ao olhar de forma mais atenta para o valor económico que as cadeias logísticas e de transporte podem trazer, as regiões têm posto a nu algumas das fragilidades, e por vezes clamorosas falhas, que os planos estratégicos elaborados no “Terreiro do Paço” comportam, ao não sinalizar localizações de elevado potencial e/ou onde os agentes económicos já estão presentes ou estão a investir. O conhecimento profundo da realidade económica regional e local e o reconhecimento do valor da iniciativa privada, por parte do universo autárquico, demonstra a importância da economia de mercado como via para o desenvolvimento e crescimento.
Num setor totalmente liberalizado como é o da logística e do transporte de mercadorias, onde a procura/oferta, a eficiência/competitividade, são variáveis incontornáveis e determinantes, deveriam remeter o Estado para o importante papel de estratega, de concertação institucional, de facilitador nos custos de contexto e de regulação.
Só com mais competitividade é possível crescer e criar riqueza, mas para tal, as cadeias logísticas e de transporte têm de ser ágeis, eficientes e apresentar custos competitivos. Ora isso só é possível se o Estado interiorizar e incorporar na sua matriz o papel que lhe compete, apoiando a iniciativa privada que cria valor, que investe e cria emprego.
O exemplo da dinâmica que o transporte ferroviário de mercadorias está a viver, fruto da privatização da CP Carga, é bem o exemplo de como os agentes económicos reagem à concorrência, identificam novas oportunidades e encontram alternativas para solucionar as suas necessidades.
No momento em que o investimento público é reduzido, o privado é pouco e a aposta no modelo de alavancar a economia através do consumo, prova, uma vez mais, não ser a solução para o crescimento, resta o esforço de reforçar a competitividade do setor exportador. Mas também aqui, o País, pode ir bem mais longe. Se o caminho da reindustrialização exige investimentos e esses não abundam – importa perceber as razões – existem outras atividades económicas que podem ser potenciadoras de exportação. Portugal tem condições geográficas, conhecimentos, inovação e experiência para trilhar o caminho da exportação de serviços logísticos, valorizando o território, otimizando as capacidades instaladas, rentabilizando as infraestruturas existentes e incorporando valor nas cadeias. Queremos isso, mesmo sabendo que o caminho não é fácil e comporta riscos? O exemplo de algumas empresas nacionais com rasgo, visão e dinâmica, demonstram-nos que isso é possível e viável, porque simplesmente, quiseram.
Querer é poder, não só porque há coisas que não se conseguem
sem que sejam realmente queridas, mas porque é realmente
um «poder». Quem não quer nada sofre, por definição,
de uma fraqueza. Por outras palavras, quem não quer nada
a não ser o que tem, não avança – tem uma situação
que não arrisca, que não aquece nem arrefece.
Miguel Esteves Cardoso
por José Monteiro Limão, Transportes em Revista
06-10-2016
Transportes em Revista
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