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Eleições autárquicas
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Eleições autárquicas
Não existem fórmulas milagrosas
A dança das ‘cadeiras’ para as eleições autárquicas já começou e com elas as parvoíces do costume, com o lançamento de nomes para “queimar”, com outros a quererem posicionar-se ou com as notícias encomendadas a ver se alguém se lembra deles.
O que mais me dá vontade de rir, confesso, é quando se diz que pessoa “tal” tem uma palavra a dizer nas listas, não desmerecendo seja quem for, obviamente.
Será que ainda não aprendemos nada??? E que tal falarem com as pessoas reais e apolíticas, ou seja, com o comum dos eleitores? Que tal saírem dos gabinetes e fazerem sondagens informais e simples, perguntando, por exemplo, junto do comércio local, o que a população acha do indivíduo A ou B. O que realmente acha sobre a atuação dos seus “governantes” atuais, quem deveria continuar ou sair?
Prevejo que os próximos tempos serão duros para algumas pessoas, pela intriga, pelo medo de incumprimento de promessas feitas, pela guerra de bastidores, porque vai valer tudo.
Muitos, que no passado depositaram confiança nos membros da sua equipa, irão sentir a sensação amarga da “punhalada nas costas”. Se sobreviverem terão a árdua tarefa de limpar a casa.
A lógica de escolha das equipas nas eleições autárquicas, na maior parte das vezes, não assenta no princípio da competência, mas na popularidade dos membros das equipas e das freguesias de onde são originários (que terão de ser necessariamente as mais populosas) para garantirem o maior número de votos.
O resultado, pelo que se ouve dizer, é uma “guerra surda” na gestão autárquica, onde se perde muito tempo a apaziguar a necessidade de protagonismo dos vereadores, a rivalidade entre eles e muitas vezes até com o próprio Presidente.
A verdade nua e crua é que por vezes o Presidente tem de “comer e calar”, com uma equipa ou elementos que em outras circunstâncias nunca escolheria.
Obviamente, não posso esquecer que, independentemente de tudo, ainda tem de contar com os vereadores da oposição, que numa lógica partidária funcionam sempre como força de bloqueio.
É por isso que muitos advogam, inclusivamente eu, que nas eleições autárquicas deveríamos eleger apenas O PRESIDENTE (através do partido mais votado), e que depois este poderia escolher a sua equipa para a gestão autárquica. A Assembleia Municipal manteria a lógica existente.
É de notar que em democracia não existem fórmulas milagrosas para o bom governo, porque todas elas apresentam virtudes e falhas para o sistema, acima de tudo porque temos políticos e dirigentes políticos que entraram numa lógica de poder, onde vale tudo, descredibilizando o que deveria ser uma ação nobre ao serviço das populações: a arte de Governar e fazer política.
SARA ANDRÉ / 06 NOV 2016 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
A dança das ‘cadeiras’ para as eleições autárquicas já começou e com elas as parvoíces do costume, com o lançamento de nomes para “queimar”, com outros a quererem posicionar-se ou com as notícias encomendadas a ver se alguém se lembra deles.
O que mais me dá vontade de rir, confesso, é quando se diz que pessoa “tal” tem uma palavra a dizer nas listas, não desmerecendo seja quem for, obviamente.
Será que ainda não aprendemos nada??? E que tal falarem com as pessoas reais e apolíticas, ou seja, com o comum dos eleitores? Que tal saírem dos gabinetes e fazerem sondagens informais e simples, perguntando, por exemplo, junto do comércio local, o que a população acha do indivíduo A ou B. O que realmente acha sobre a atuação dos seus “governantes” atuais, quem deveria continuar ou sair?
Prevejo que os próximos tempos serão duros para algumas pessoas, pela intriga, pelo medo de incumprimento de promessas feitas, pela guerra de bastidores, porque vai valer tudo.
Muitos, que no passado depositaram confiança nos membros da sua equipa, irão sentir a sensação amarga da “punhalada nas costas”. Se sobreviverem terão a árdua tarefa de limpar a casa.
A lógica de escolha das equipas nas eleições autárquicas, na maior parte das vezes, não assenta no princípio da competência, mas na popularidade dos membros das equipas e das freguesias de onde são originários (que terão de ser necessariamente as mais populosas) para garantirem o maior número de votos.
O resultado, pelo que se ouve dizer, é uma “guerra surda” na gestão autárquica, onde se perde muito tempo a apaziguar a necessidade de protagonismo dos vereadores, a rivalidade entre eles e muitas vezes até com o próprio Presidente.
A verdade nua e crua é que por vezes o Presidente tem de “comer e calar”, com uma equipa ou elementos que em outras circunstâncias nunca escolheria.
Obviamente, não posso esquecer que, independentemente de tudo, ainda tem de contar com os vereadores da oposição, que numa lógica partidária funcionam sempre como força de bloqueio.
É por isso que muitos advogam, inclusivamente eu, que nas eleições autárquicas deveríamos eleger apenas O PRESIDENTE (através do partido mais votado), e que depois este poderia escolher a sua equipa para a gestão autárquica. A Assembleia Municipal manteria a lógica existente.
É de notar que em democracia não existem fórmulas milagrosas para o bom governo, porque todas elas apresentam virtudes e falhas para o sistema, acima de tudo porque temos políticos e dirigentes políticos que entraram numa lógica de poder, onde vale tudo, descredibilizando o que deveria ser uma ação nobre ao serviço das populações: a arte de Governar e fazer política.
SARA ANDRÉ / 06 NOV 2016 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
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