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Nações Mais Unidas
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Nações Mais Unidas
Estamos tão habituados a que os noticiários sejam reportagens de tristes eventos que as boas notícias nos dão particular consolação e esperança. A eleição do eng.º António Guterres para secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) é uma especial boa notícia, que, além de tudo o mais, credibiliza a instituição a que presidirá. O título de "Nações Unidas", na prática com tantas contradições ao rótulo que aponta um programa entusiasmante, esperamos que passe a ser realmente: "Nações Mais Unidas" (ON+U).
O perfil do eleito, pela primeira vez por aclamação (sem abstenções nem votos contra), para secretário-geral da ONU, o nosso concidadão António Guterres, tem sido elogiado superlativamente, a nível nacional e internacional, pelas mais altas figuras da sociedade civil e da Igreja. Elogiado também pelos simples conterrâneos da aldeia que o viu crescer menino e jovem. Sendo tão comuns as atitudes de deita abaixo a quem sobe, mais nos alegra esta onda de aplauso, que une direitas e esquerdas, crentes e descrentes, portugueses e dos mais diversos países, incluindo dos seus diretos concorrentes ao mesmo cargo. Um exemplo a seguir.
Meios de Comunicação Social, apresentando as suas qualidades, têm explicitado que se trata de um católico praticante. Claro que acho bem indicar esta maisvalia de um homem que, vendo em cada pessoa (sobretudo nas que as injustiças desfiguram horrivelmente) a imagem de Deus, poderá mais solicitamente tratar de todos. É uma garantia de ser um eficaz secretário-geral praticante.
Nesse contexto, julgo oportuno recordar alguns pontos do discurso que o Papa Francisco fez há cerca de um ano (2015.09.15) na sede da ONU, em Nova Iorque, a convite do seu secretário-geral Ban Kimoon.
A defesa da vida humana, sobretudo dos mais frágeis, tem de ser uma prioridade. Por isso, Francisco sublinhou: "O Mundo pede vivamente a todos os governantes uma vontade efetiva, prática, constante, feita de passos concretos e medidas imediatas, para preservar e melhorar o ambiente natural e superar o mais rapidamente possível o fenómeno da exclusão social e económica, com suas tristes consequências de tráfico de seres humanos, tráfico de órgãos e tecidos humanos, exploração sexual de meninos e meninas, trabalho escravo, incluindo a prostituição, tráfico de drogas e de armas, terrorismo e criminalidade internacional organizada". Como comentário, assim parafraseio a sentença de George Orwell: Todos os homens são iguais, mas alguns (sobretudo algumas) são muito menos iguais do que outros. Urge dar dignidade a cada ser humano, porque ninguém é mais nem menos do que ninguém.
O autor da Encíclica "Louvado sejas", sobre o cuidado da nossa casa comum, quis também sublinhar: "É preciso afirmar a existência dum verdadeiro "direito do ambiente", por duas razões. Em primeiro lugar, porque como seres humanos fazemos parte do ambiente. Vivemos em comunhão com ele, porque o próprio ambiente comporta limites éticos que a ação humana deve reconhecer e respeitar. (...) Por conseguinte, qualquer dano ao meio ambiente é um dano à Humanidade. Em segundo lugar, porque cada uma das criaturas, especialmente seres vivos, possui em si mesma um valor de existência, de vida, de beleza e de interdependência com outras criaturas. (...) A defesa do ambiente e a luta contra a exclusão exigem o reconhecimento duma lei moral inscrita na própria natureza humana, que inclui a distinção natural entre homem e mulher e o respeito absoluto da vida em todas as suas fases e dimensões". A ecologia não é um mero assunto técnico, ligado à exploração dos recursos naturais e ao tratamento dos lixos... A ecologia é sobretudo uma questão humana em que a vida de todos nós ou é promovida e melhorada ou ferida e descartada.
Auguramos que o eng.º António Guterres, felizmente nomeado para secretário-geral da ONU, siga estes princípios de profundo humanismo, unindo sempre mais as nações e os corações.
* PADRE JESUÍTA
Manuel Morujão *
Hoje às 00:30, atualizado às 00:33
Jornal de Notícias
O perfil do eleito, pela primeira vez por aclamação (sem abstenções nem votos contra), para secretário-geral da ONU, o nosso concidadão António Guterres, tem sido elogiado superlativamente, a nível nacional e internacional, pelas mais altas figuras da sociedade civil e da Igreja. Elogiado também pelos simples conterrâneos da aldeia que o viu crescer menino e jovem. Sendo tão comuns as atitudes de deita abaixo a quem sobe, mais nos alegra esta onda de aplauso, que une direitas e esquerdas, crentes e descrentes, portugueses e dos mais diversos países, incluindo dos seus diretos concorrentes ao mesmo cargo. Um exemplo a seguir.
Meios de Comunicação Social, apresentando as suas qualidades, têm explicitado que se trata de um católico praticante. Claro que acho bem indicar esta maisvalia de um homem que, vendo em cada pessoa (sobretudo nas que as injustiças desfiguram horrivelmente) a imagem de Deus, poderá mais solicitamente tratar de todos. É uma garantia de ser um eficaz secretário-geral praticante.
Nesse contexto, julgo oportuno recordar alguns pontos do discurso que o Papa Francisco fez há cerca de um ano (2015.09.15) na sede da ONU, em Nova Iorque, a convite do seu secretário-geral Ban Kimoon.
A defesa da vida humana, sobretudo dos mais frágeis, tem de ser uma prioridade. Por isso, Francisco sublinhou: "O Mundo pede vivamente a todos os governantes uma vontade efetiva, prática, constante, feita de passos concretos e medidas imediatas, para preservar e melhorar o ambiente natural e superar o mais rapidamente possível o fenómeno da exclusão social e económica, com suas tristes consequências de tráfico de seres humanos, tráfico de órgãos e tecidos humanos, exploração sexual de meninos e meninas, trabalho escravo, incluindo a prostituição, tráfico de drogas e de armas, terrorismo e criminalidade internacional organizada". Como comentário, assim parafraseio a sentença de George Orwell: Todos os homens são iguais, mas alguns (sobretudo algumas) são muito menos iguais do que outros. Urge dar dignidade a cada ser humano, porque ninguém é mais nem menos do que ninguém.
O autor da Encíclica "Louvado sejas", sobre o cuidado da nossa casa comum, quis também sublinhar: "É preciso afirmar a existência dum verdadeiro "direito do ambiente", por duas razões. Em primeiro lugar, porque como seres humanos fazemos parte do ambiente. Vivemos em comunhão com ele, porque o próprio ambiente comporta limites éticos que a ação humana deve reconhecer e respeitar. (...) Por conseguinte, qualquer dano ao meio ambiente é um dano à Humanidade. Em segundo lugar, porque cada uma das criaturas, especialmente seres vivos, possui em si mesma um valor de existência, de vida, de beleza e de interdependência com outras criaturas. (...) A defesa do ambiente e a luta contra a exclusão exigem o reconhecimento duma lei moral inscrita na própria natureza humana, que inclui a distinção natural entre homem e mulher e o respeito absoluto da vida em todas as suas fases e dimensões". A ecologia não é um mero assunto técnico, ligado à exploração dos recursos naturais e ao tratamento dos lixos... A ecologia é sobretudo uma questão humana em que a vida de todos nós ou é promovida e melhorada ou ferida e descartada.
Auguramos que o eng.º António Guterres, felizmente nomeado para secretário-geral da ONU, siga estes princípios de profundo humanismo, unindo sempre mais as nações e os corações.
* PADRE JESUÍTA
Manuel Morujão *
Hoje às 00:30, atualizado às 00:33
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